A 11ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema acontecerá em formato híbrido, entre os dias 27 de julho e 17 de agosto, em mais de 30 cinemas e espaços culturais de São Paulo e on-line com programação totalmente gratuita.
A seleção do mais importante evento audiovisual sul-americano dedicado às temáticas socioambientais conta com 107 filmes, de 35 países, entre eles: os indicados ao Oscar 2022, na categoria de melhor documentário, Ascensão (Ascension), de Jessica Kingdon, e Escrevendo com Fogo (Writing with Fire), de Sushmit Ghosh e Rintu Thomas; além de Mil Incêndios (A Thousand Fires), de Saeed Taji Farouky, premiado no Festival de Locarno; Birds of America, de Jacques Loeuille, selecionado para o Festival de Roterdã; entre outros.
A Mostra abre no dia 27/07, quarta-feira, com o inédito Animal, a mais recente obra do diretor e escritor francês Cyril Dion, que foi exibida no Festival de Cannes e indicada ao César 2022. O longa mostra como dois jovens ativistas fazem parte de uma geração convencida de que seu futuro está em perigo. Entre a emergência climática e a sexta extinção em massa, seu mundo pode ser inabitável daqui 50 anos.
Presente na Mostra Ecofalante desde 2014, a Competição Latino-Americana premia os melhores filmes de temática socioambiental da América Latina. Para esta edição, foram selecionados 35 títulos, entre longas e curtas-metragens, produzidos na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e México. O júri será formado por: Amaranta Cesar, professora e programadora do festival CachoeiraDoc; Ceci Alves, cineasta e jornalista; e Tetê Mattos, curadora, professora e documentarista.
Produções de alunos de ensino superior, ensino médio, cursos técnicos e cursos livres de cinema participam do Concurso Curta Ecofalante. As temáticas dos filmes devem estar relacionadas a pelo menos um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas para tornar as cidades mais inclusivas e sustentáveis. As quinze obras selecionadas concorrem a um prêmio no valor de R$ 4 mil e ao Prêmio do Público. Nesta 11ª edição do evento, o júri será formado pela pesquisadora e professora da UFMG Cláudia Mesquita, por Joyce Cursino, jornalista e diretora do festival Telas em Movimento, e pelo cineasta Gabriel Martins.
Reunindo em 2022 um total de 45 produções, representando 29 países, o Panorama Internacional Contemporâneo está organizado nos seguintes eixos temáticos: Ativismo, Biodiversidade, Economia, Emergência Climática, Povos & Lugares e Trabalho.
Escrevendo com Fogo, de Sushmit Ghosh e Rintu Thomas: indicado ao Oscar.
Destacam-se na programação: Demônios Invisíveis, exibido no Festival de Cannes, que trata dos efeitos do aquecimento global em Delhi, capital da Índia; é o segundo longa-metragem dirigido por Rahul Jain, cuja estreia, Máquinas, foi premiada no Festival de Sundance, em 2017. No eixo Economia, A Rota do Mármore (A Marble Travelogue), de Sean Wang, que passou em festivais como IDFA, Visions du Réel, CPH:DOX e Hot Docs; o curta Drama Telúrico (Tellurian Drama), de Riar Rizaldi, no eixo Povos & Lugares, que foi premiado no Festival de Singapura; Jobs For All! (Arbete åt alla!), de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck, consagrado no Festival de Clermont-Ferrand; Regresso a Reims (Fragmentos), de Jean-Gabriel Périot, exibido na Quinzena dos Realizadores, em Cannes; entre outros.
O festival exibirá também a série aclamada e inédita no Brasil, Uprising, de Steve McQueen e James Rogan. Com exibição de seus três episódios, a trama examina eventos passados no Reino Unido em 1981: o fogo de New Cross, que vitimou 13 jovens negros; o primeiro protesto de massas organizado por cidadãos britânicos negros, no seguimento desse fogo, que ficou conhecido como Black People’s Day of Action e que juntou 20 mil pessoas; e os motins de Brixton, uma série de confrontos entre jovens negros e a polícia metropolitana de Londres.
Além disso, a programação conta com uma homenagem a Jacques Perrin com quatro de seus sucessos; uma retrospectiva da obra de Sarah Maldoror, que se dá no marco dos 50 anos de Sambizanga, premiado no Festival de Berlim; a exibição do clássico contemporâneo e marco do cinema socioambiental, o longa Koyaanisqatsi, de Godfrey Reggio, que celebra 40 anos de sua realização; e uma sessão especial de Adeus, Capitão, o mais recente longa do cineasta Vincent Carelli.
A 11ª Mostra Ecofalante apresenta também debates que reúnem ativistas, especialistas e outros convidados especiais para discutir as seis temáticas do Panorama Internacional Contemporâneo, além da obra da cineasta Sarah Maldoror e da sessão especial Sociedade e Redes; e também uma série de entrevistas exclusivas com realizadores e protagonistas dos filmes.
O evento exibirá parte de sua programação em cidades do interior paulista como Piracicaba, entre os dias 2 e 20 de agosto, e Lorena, entre 16 e 26 agosto; e também em Belo Horizonte, entre 10 e 31 de agosto, e Porto Alegre, entre 25 de agosto e 7 de setembro.
Conheça os filmes selecionados para a 11ª Mostra Ecofalante de Cinema:
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | LONGAS
A Mãe de Todas as Lutas, de Susanna Lira (Brasil, RJ)
A Opção Zero, de Marcel Beltrán (Cuba/Colômbia)
A Praia do Fim do Mundo, de Petrus Cariry (Brasil, CE)
Borom Taxi, de Andrés Guerberoff (Argentina)
Cruz, de Teresa Camou Guerrero (México)
Esqui, de Manque La Banca (Argentina/Brasil)
Husek, de Daniela Seggiaro (Argentina)
Lavra, de Lucas Bambozzi (Brasil, MG)
Muribeca, de Alcione Ferreira e Camilo Soares (Brasil, PE)
Ninho, de Josefina Pérez-García e Felipe Sigala (Chile)
O Bem Virá, de Uilma Queiroz (Brasil, PE)
Panorama, de Alexandre Leco Wahrhaftig (Brasil, SP)
Pobo ‘Tzu’ – Noite Branca, de Tania Ximena e Yollotl Alvarado (México)
Rolê – Histórias dos Rolezinhos, de Vladimir Seixas (Brasil, RJ)
Vai Acabar, de David Blaustein e Andrés Cedrón (Argentina)
COMPETIÇÃO LATINO-AMERICANA | CURTAS
0,2 Miligramas de Ouro, de Diego Quindere de Carvalho (Brasil, RJ)
A Felicidade do Motociclista Não Cabe em Seu Traje, de Gabriel Herrera (México)
A Montanha Lembra, de Delfina Carlota Vazquez (Argentina/México)
Aurora – A Rua Que Queria Ser um Rio, de Radhi Meron (Brasil, SP)
Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci (Brasil, SP)
Chichiales, de José López Arámburo (México)
Curupira e a Máquina do Destino, de Janaina Wagner (Brasil, AM)
Flores da Planície, de Mariana Xochiquétzal Rivera (México)
Kaapora – O Chamado das Matas, de Olinda Muniz Silva Wanderley (Brasil, BA)
LOOP, de Pablo Polledri (Argentina/Espanha)
Mar Concreto, de Julia Naidin (Brasil, RJ)
Mensageiras da Amazônia: Jovens Munduruku usam Drone e Celular para Resistir às Invasões, de Joana Moncau, Elpida Nikou e Coletivo Audiovisual Munduruku Daje Kapap Eypi (Brasil, PA)
Montanha Dourada, de Cassandra Oliveira (Brasil, AP)
Natureza Moderna, de Maia Gattás Vargas (Argentina/Colômbia)
O Elemento Tinta, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (Brasil, SP)
Ocupagem, de Joel Pizzini (Brasil, SP)
Portugal Pequeno, de Victor Quintanilha (Brasil, RJ)
Ser Feliz no Vão, de Lucas H. Rossi dos Santos (Brasil, RJ)
Terra Nova, de Diego Bauer (Brasil, AM)
Two-Spirit, de Mónica Taboada-Tapia (Colômbia)
CONCURSO CURTA ECOFALANTE
[O Vazio que Atravessa], de Fernando Moreira (SP)
Como Respirar Fora d’Água, de Júlia Fávero e Victoria Negreiros (SP)
Crescer Onde Nasce o Sol, de Xulia Doxágui (PE)
Elos Positivos, de Eduardo Oliveira (SP)
Lua, Mar, de Agua (SP)
Meu Arado, Feminino, de Marina Polidoro Marques (MG)
Não Me Chame Assim, de Diego Migliorini (SP)
Neguinho, de Marçal Vianna (RJ)
O Abebé Ancestral, de Paulo Ferreira (BA)
O Andar de Cima, de Tomás Fernandes da Silva (SP)
Okofá, de Pedro Henrique Martins, Rafael Rodrigues, Daniela Caprine, Mariana Bispo e Thamires Case (SP)
Papa-Jerimum, de Harcan Costa e Clara Leal (RN)
Quem Saiu para Entrega?, de Evaldo Cevinscki Neto, Leonardo Roque Machado e Paula Roberta de Souza (SC)
Tá Foda, de Aline Golart, Denis Souza, Fernanda Maciel, Icaro Castello, Ligia Torres e Victoria Sugar (RS)
Yãy Tu Nunãhã Payexop: Encontro de Pajés, de Sueli Maxakali (MG)
SESSÕES ESPECIAIS
Adeus, Capitão, de Vincent Carelli e Tita (Brasil)
Koyaanisqatsi, de Godfrey Reggio (EUA)
Lixo Mutante, de Dani Minussi e Adriano Caron (Brasil)
Uprising, de Steve McQueen e James Rogan (série) (Reino Unido)
Zarafa, de Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lie (França)
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | ATIVISMO
As Formigas e o Gafanhoto (The Ants and the Grasshopper), de Raj Patel e Zak Piper (Malawi)
As Sementes de Vandana Shiva (The Seeds of Vandana Shiva), de Camilla Becket e James Becket (EUA/Austrália)
Até o Fim (To the End), de Rachel Lears (EUA)
Escrevendo com Fogo (Writing With Fire), de Rintu Thomas e Sushmit Ghosh (Índia)
O Território (The Territory), de Alex Pritz (Brasil/Dinamarca/EUA)
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | BIODIVERSIDADE
Animal, de Cyril Dion (França)
Birds of America, de Jacques Lœuille (França)
Do Mar Selvagem (From the Wild Sea), de Robin Petré (Dinamarca)
Gritos de Nossos Ancestrais (Cries of Our Ancestors), de Rebecca Kormos e Kalyanee Mam (EUA/México)
Naya: A Floresta Tem Olhos (Naya: The Forest Has a Thousand Eyes), de Sebastian Mulder (Holanda)
Nosso Planeta, Nosso Legado (Legacy), de Yann Arthus-Bertrand (França)
O Leopardo das Neves (La panthère des neiges), de Marie Amiguet e Vincent Munier (França)
Tengefu Tengefu, de Jessey Dearing (EUA/Quênia)
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | ECONOMIA
A Rota do Mármore (A Marble Travelogue), de Sean Wang (Holanda/Hong Kong/França/Grécia)
Ascensão (Ascension), de Jessica Kingdon (EUA)
Desperdício Vol. 1 (Waste Vol. 1), de Jan Ijäs (Finlândia)
O Grande Vazio (The Great Void), de Sebastian Mez (Alemanha)
Olho de Peixe (Fish Eye), de Amin Behroozzadeh (Irã)
Ostrov: A Ilha Perdida (Ostrov: Lost Island), de Svetlana Rodina e Laurent Stoop (Suíça)
Se Você a Vir, Mande Lembranças (If You See Her, Say Hello), de Jiajun Oscar Zhang e Hee Young Pyun (China)
Um Céu Tão Nublado (So Foul a Sky), de Alvaro Fernandez-Pulpeiro (Colômbia/Espanha/Reino Unido/Venezuela)
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | EMERGÊNCIA CLIMÁTICA
Aasivissuit, de Jasper Coppes (Holanda)
Caminhando sobre as Águas (Marcher sur l’eau), de Aïssa Maïga (França/Bélgica)
Demônios Invisíveis (Invisible Demons – Tuhon merkit), de Rahul Jain (Índia/Finlândia/Alemanha)
Escola da Esperança (School of Hope), de Mohamed El Aboudi (Finlândia/França/Marrocos)
Holgut: O Primeiro Mamute, de Liesbeth De Ceulaer (Bélgica)
Por Dentro do Gelo (Rejsen til isens indre), de Lars Henrik Ostenfeld (Dinamarca/Alemanha)
Primeiros Habitantes: Uma Perspectiva Indígena (Inhabitants: An Indigenous Perspective), de Costa Boutsikaris e Anna Palmer (EUA)
Sam e a Usina Nuclear (Sam & the Plant Next Door), de Ömer Sami (Dinamarca/Reino Unido)
Uma Vez que Você Sabe (Une fois que tu sais), de Emmanuel Cappellin (França)
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | POVOS E LUGARES
Apenas um Movimento (Juste un mouvement), de Vincent Meessen (Bélgica/França)
Domando o Jardim (Taming the Garden), de Salomé Jashi (Suíça/Alemanha/Geórgia)
Drama Telúrico (Tellurian Drama), de Riar Rizaldi (Indonésia)
Landfall: Depois do Furacão, de Cecilia Aldarondo (EUA)
Mar Sem Lei (The Outlaw Ocean: Trouble in West Africa), de Ryan Ffrench (EUA)
Mil Incêndios (A Thousand Fires), de Saeed Taji Farouky (França/Suíça/Holanda/Palestina)
Ouça a Batida das Nossas Imagens (Écoutez le battement de nos images), de Audrey Jean-Baptiste e Maxime Jean-Baptiste (Guiana Francesa/França)
PANORAMA INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEO | TRABALHO
A Fábrica dos Trabalhadores (Factory to the Workers), de Srđan Kovačević (Croácia)
Cold Stack: Um Mundo à Deriva, de Frank Eli Martin (Reino Unido)
Jobs for All!, de Axel Danielson e Maximilien Van Aertryck (Suécia)
Quarto de Empregada (Room Without a View), de Roser Corella (Áustria/Alemanha)
Regresso a Reims (Fragmentos) (Retour à Reims (Fragments)), de Jean-Gabriel Périot (França)
The Gig is Up: O Mundo é uma Plataforma, de Shannon Walsh (Canadá/França)
PROGRAMA ESPECIAL: SOCIEDADE E REDES
Geração Z (I Am Generation Z), de Liz Smith (Reino Unido/EUA)
Searchers: O Amor Está nas Redes, de Pacho Velez (EUA)
RETROSPECTIVA SARAH MALDOROR
Aimé Césaire, A Máscara das Palavras (Aimé Césaire, The Mask of Words) (1987) (Martinica/EUA)
Monangambé (1968) (Argélia)
Retrato de uma Mulher Africana (Portrait de Madame Diop) (1985) (França)
Sambizanga (1972) (Angola/França)
Uma Sobremesa para Constance (Un dessert pour Constance) (1980) (França)
HOMENAGEM A JACQUES PERRIN
As Estações (Les saisons), de Jacques Perrin, Alexandre Poulichot e Jacques Cluzaud (França/Alemanha) (2015)
Microcosmos (Microcosmos: Le peuple de l’herbe), de Claude Nuridsany e Marie Pérennou (França/Suíça/Itália) (1996)
Migração Alada (Le peuple migrateur), de Jacques Perrin, Jacques Cluzaud e Michel Debats (França) (2001)
Oceanos (Océans), de Jacques Perrin e Jacques Cluzaud (França/EUA) (2009)
PROGRAMA ECOFALANTE UNIVERSIDADES
A Grande Ceia Quilombola, de Ana Stela Cunha e Rodrigo Sena (Brasil) (2017)
Água Mole Pedra Dura, de James Robert Lloyd e Flavia Angelico (Brasil) (2017)
Amazônia Sociedade Anônima, de Estêvão Ciavatta (Brasil) (2019)
Auto-Fitness (Automatic Fitness), de Alejandra Tomei e Alberto Couceiro (Alemanha) (2015)
BR Acima de Tudo, de Fred Rahal Mauro (Brasil) (2021)
Cidade de Quem Corre, de Fernando Martins (Brasil) (2019)
Cor de Pele, de Larissa Barbosa (Brasil) (2019)
Descarte, de Leonardo Brant (Brasil) (2021)
Desculpe Interromper o Silêncio de Sua Viagem, de Maiara Astarte (Brasil) (2018)
GIG: A Uberização do Trabalho, de Carlos Juliano Barros, Caue Angeli e Maurício Monteiro Filho (Brasil) (2019)
Krenak, de Rogério Corrêa (Brasil) (2017)
Mãe do Mangue, de Isabella Cruvinel Santiago e Jonas Torralba Batista (Brasil) (2018)
Mata, de Fábio Nascimento e Ingrid Fadnes (Brasil) (2020)
Mesmo com Tanta Agonia, de Alice Andrade Drummond (Brasil) (2018)
O Fio da Meada, de Sílvio Tendler (Brasil) (2019)
Osiba Kangamuke – Vamos Lá, Criançada, de Haja Kalapalo, Tawana Kalapalo, Thomaz Pedro e Veronica Monachini (Brasil) (2016)
Pajeú, de Pedro Diogenes (Brasil) (2020)
Sob a Pata do Boi, de Márcio Isensee e Sá (Brasil) (2018)
Substantivo Feminino, de Daniela Sallet e Juan Zapata (Brasil) (2016)
Tapajós Ameaçado, de Thomaz Pedro (Brasil) (2021)
Yaõkwa: Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli (Brasil) (2020)
Foto: Divulgação.