15º Curta Taquary: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Diego Francisco no filme Depois Quando, de Johnny Massaro.

A 15ª edição do Curta Taquary, festival de cinema sediado em Taquaritinga do Norte, Pernambuco, acontecerá entre os dias 16 e 22 de março. Neste ano, 777 filmes foram inscritos, sendo selecionados 113 curtas-metragens.

Foram contemplados projetos de todas as regiões do Brasil, além de filmes de cinco países, incluindo o chileno Bestia, de Hugo Covarrubias, indicado ao Oscar de melhor curta de animação. As atividades, como exibições de filmes, oficinas e intervenções artísticas, acontecerão de forma híbrida, presenciais e on-line.

Após a última edição, bem-sucedida, realizada em formato virtual por conta da pandemia de Covid-19, o Curta Taquary retorna este ano com o objetivo de reocupar também o espaço público, seguindo todos os protocolos e regras para a prevenção da pandemia. Uma das novidades desta 15ª edição é a reativação do Cine Teatro Santo Amaro, que irá receber algumas sessões da maratona cinematográfica. O projeto também ocupará outros espaços na zona rural de Taquaritinga do Norte, onde serão exibidos filmes e também realizadas oficinas, como a de cinema de animação ministrada por Renata Claus.

Dos filmes submetidos, a curadoria selecionou 113 curtas-metragens que oferecem um panorama multifacetado da produção nacional, uma vez que há representantes das cinco regiões do Brasil. Também destaca-se a forte presença feminina nesta edição, com 51 obras dirigidas por mulheres. A diversidade de gênero e sexualidade está entre os pilares do Curta Taquary desde sua fundação.

Outro fato interessante é o número de produções fomentadas pela Lei Aldir Blanc, cujo aporte financeiro ajudou a amenizar a forte crise instaurada no setor cultural após a eclosão da pandemia de Covid-19. Entre as obras que contaram com o fomento está Sideral, dirigido por Carlos Segundo, que representou o país na Competição Oficial do Festival de Cannes

Ao todo, são dez mostras competitivas: Brasil, com obras de temática livre; Primeiros Passos, voltada para os primeiros filmes de novos realizadores; Dália da Serra, com filmes produzidos em atividades pedagógicas, projetos de formação e oficinas; Universitária, direcionada para produções oriundas de estudantes de graduação; Diversidade, com obras que abordem questões de sexualidade e de gênero. Completam ainda a programação: Curtas Fantásticos, com foco no horror, ficção científica e fantasia; Criancine, para o público infantojuvenil; Pernambucana, com trabalhos produzidos no Estado; Por Um Mundo Melhor, focada na educação ambiental; e a Mostra Internacional. Além delas, o festival promoverá sessões fora de competição, como a Mostra Agreste e Sessão Especial. No âmbito internacional, serão exibidos filmes de cinco países: Argentina, Chile, França, Peru e México. 

“Estamos muito orgulhosos do formato que esta edição está tomando. É muito recompensador observar a potência das diretoras e dos diretores, de diferentes idades e com histórias de vidas múltiplas, que lançam olhares sensíveis sobre o nosso tempo. O número recorde de inscrições que recebemos mostra como, apesar das dificuldades, temos uma pulsão criativa em constante movimento e esperamos conseguir ecoar essas vozes para que elas atinjam o maior número de pessoas, inspirando e transformando”, disse Alexandre Soares, coordenador do Curta Taquary.

O 15º Curta Taquary contará ainda com várias ações complementares, entre elas, uma masterclass ministrada pela atriz Zezita Matos. A artista paraibana é uma presença marcante na cinematografia nacional e já participou de filmes como O Céu de Suely, Baixio das Bestas, A História da Eternidade, Pacarrete, Deserto Particular, entre muitos outros.

Engajado no fomento do audiovisual de Pernambuco e de todo o país, o Curta Taquary reforça nesta edição outro pilar caro à sua história: o destaque para pautas sociais e a conscientização sobre a importância do cuidado com a natureza. O evento acontece em datas simbólicas: 16 de março é o Dia Nacional da Conscientização das Mudanças Climáticas, enquanto 22 de março, encerramento do festival, é o Dia da Água. Além da programação, o compromisso com o meio ambiente também estará expresso no plantio de 1.298 plantas, sendo 777 relativas aos inscritos em 2022 e 521 aos filmes submetidos na última edição.

Conheça os filmes selecionados para a 15ª edição do Festival Curta Taquary:

BRASIL

A Gente Foi Feliz Aqui, de Renata Baracho e Paulo Accioly (AL)
Adão, Eva e o Fruto Proibido, de R.B. Lima (PB)
Animais na Pista, de Otto Cabral (PB)
Cem Pilum, de Thiago Morais (AM)
Central de Memórias, de Rayssa Coelho e Filipe Gama (BA)
Chão de Fábrica, de Nina Kopko (SP)
Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio (PE)
Depois Quando, de Johnny Massaro (RJ)
Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry (CE)
Mensagem de uma Noite Sem Fim, de Tiago Minamisawa e Barcabogante (SP)
Nunca Pare na Pista, de Thamires Vieira (BA)
Sideral, de Carlos Segundo (RN)
Wherá Tupã e o Fogo Sagrado, de Rafael Coelho (SC)

MOSTRA INTERNACIONAL

68 Voces – Akateko/chuj/kiliwa/kuahl/ngiwa/qanjobal, de Gabriela Badillo (México)
Bosquecito, de Paulina Muratore (Argentina)
La Creación Segun La Madre Tierra, de Aldana Loiseau (Argentina)
13 Grados Sur, de Francesco Garello e Manuel Peluso (Peru)
Ambar, de Melina Menendez e María Belén Tagliabue (Argentina)
Bestia, de Hugo Covarrubias (Chile)
Choyün, Brotes de La Tierra, de Sebastián Pinto e Rosario López (Chile)
Ley de Humedales, de Marina Lisasuain e Mauricio Manassero (Argentina)
Mamapara, de Alberto Flores Vilca (Peru)
Migrants, de Hugo Caby, Antoine Dupriez, Aubin Kubiak, Lucas Lermytte e Zoé Devise (França)
Una Carta de Leticia, de Irene Blei (Argentina)

CRIANCINE

Entre Muros, de Gleison Mota (BA)
Eu me Chamo Darwin, de Well Darwin (SP)
Lucy Solta os Bichos, de Sergio Martinelli e Billy Fernandes (SP)
Meu Nome é Maalum, de Luísa Copetti (RJ)
Nazaré: do Verde ao Barro, de Juraci Júnior (RO)
Piruetas, de Luiz Lepchak (PR)
Tig e Papy – O Café da Manhã, de Sergio Martinelli (SP)
Traços, de Carol Moraes (RJ)

POR UM MUNDO MELHOR

Água, Awe’ete, de Claudia Bortolato e Mauro Guari (SP)
Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio, de Radhi Meron (SP)
Cósmica, de Ana Bárbara Ramos (PB)
Ewé de Òsányìn: O Segredo das Folhas, de Pâmela Peregrino (AL)
Fôlego Vivo, de Juma Jandaíra (CE)
Fragmentos de Gondwana, de Adalberto Oliveira (PE)
Ibira-Çari Curumim, de Jackson Abacatu (MG)
Nonna, de Maria Augusta V. Nunes (SC)
Vazanteiros, de Tiago Carvalho (MG)
Wuitina Numiá (Meninas Coragem), de Rita de Cácia Oenning da Silva e Kurt Shaw (AM)

MOSTRA UNIVERSITÁRIA 

Cidade Sempre Nova, de Jefferson Cabral (RN)
Crescer Onde Nasce o Sol, de Xulia Doxágui (PE)
El Hábito de Habitar, de Nicolás Pérez (PR)
Estas Lápides Onde Habitamos, de Ana Machado e Vitor Artese (SP)
O Templo do Rei, de Verônica Cabral (SP)
Meu Coração é um Pouco Mais Vazio na Cheia, de Sabrina Trentim (TO)
Para as Gerações que Vieram Antes de Mim, de Filipe Bretas Lucas (MG)
Praia dos Tempos, de Luan Santos (BA)
Quando Eu Soltar a Minha Voz, de Guilherme Telles (RJ)
Tempo de Derruba, de Gabriela Daldegan (DF)

MOSTRA DIVERSIDADE

Hortelã, de Thiago Furtado (PI)
Lebara, de Sérgio Ferro (PB)
Mãe Solo, de Camila de Moraes (BA)
Meu Arado, Feminino, de Marina Polidoro (MG)
Mormaço, de Carol Lima (PE)
Nazo Dia e Noite Maria, de Andréa Paiva (AL)
O Fundo dos Nossos Corações, de Letícia Leão (RJ)
Pokett Nery – Rainha do Samba Junino, de Rick Caldas (BA)
Sangoma, de Aline Fernandes, Nathalia Freitas, Talita Araujo e Terená Kanouté (SP)
Time de Dois, de André Santos (RN)

CURTAS FANTÁSTICOS

Castelo da Xelita, de Iara Ovídio (RN)
Colares, Talvez, de Sandro Vilanova (DF)
Eu Não Sou um Robô, de Gabriela Lamas (RS)
Jamary, de Begê Muniz (AM)
Magnético, de Cassemiro Vitorino e Ilka Goldschmidt (SC)
Os Demônios Menores, de Iuri Minfroy (RS)
Solum, de Vitória Vasconcellos (PE)
Un, de Paulo Leonardo (PE)
Yabá, de Rodrigo Sena (RN)

DÁLIA DA SERRA

A Espera de Ludy, de Maria Alice Carvalho e Santiago Lemos (GO)
Difícil Falar Dela, de Carlos Muniz (RJ)
Fuligem de Cubatão, de Sandy Andrade e Sander Newton (SP)
Marécife, de Direção Coletiva (Oficina Documentando) (PE)
Mitomania, de Coletivo Ovo Frito no Asfalto (RJ)
Para Além das Tragédias, de Rafael Oliveira (BA)
Tatá e os Amigos do Cerrado, de Julio Quinan (GO)

MOSTRA PERNAMBUCANA 

Angustura, de Caio Sales
Disputa, de William Tenório
Dona Dora. A Mística do Boi, de Adalberto Oliveira
Ethxô Nandudya, de Fernando Matos, Narriman Kauane, Raryson Freitas, Tayho Fulni-ô e Thales Matos
Eu Faço a Minha Sambada, de Juliana Lima
Eu Sou Raiz, de Cíntia Lima e Lílian de Alcântara
Insurreição, de Okado do Canal e Rita de Cácia Oenning da Silva
O Movimento dos Pássaros, de Bako Machado
Per Capita, de Lia Letícia
Vivências, de Everton Amorim

PRIMEIROS PASSOS

[O Vazio Que Atravessa], de Fernando Moreira (MG)
Aluísio, o Silêncio e o Mar, de Luiz Carlos Vasconcelos (PB)
Antes de Falar de Amor, de Sarah Tavares (MG)
Debaixo do Arvoredo, de Janaína Lacerda (CE)
Do Nascente ao Poente – Como Nasce uma Parteira Pankararu, de Thays Venâncio (PE)
Essa Saudade, de Yan Araújo (PB)
O Crime da Penha, de Daniel Souza Ferreira e Dudu Marella (SP)
Peda para Torre, Espaço para Terra, de Vinícius Tavares (PE)
Penélope, de Luciana Jacob (SP)
Planta Baixa, de Clara Martins Hermeto (SP)

MOSTRA AGRESTE | SESSÃO ESPECIAL (fora de competição)

A Botija, o Beato e a Besta-Fera, de Túlio Beat (PE)
As Peripécias do Boi Surubim (Re)contando a História de Seu Povo, de Rafaela Marcos e Adriele Silva (PE)
Cabocolino, de João Marcelo (PE)
Cine Aurélio, de Kennel Rógis (PE)
Chaves da Confecção, de Hércules Monteiro (PE)
Normandia, de Marlom Meirelles (PE)
Taquaritinga e o Vento do Norte, de Antonio Fargoni (PE)

SESSÃO ESPECIAL

A Caatinga Vive!, de Helder Marreta (PB)
Canários x Canalhas, de Leonardo Gonçalves (PB)
Cercas, de Ismael Moura (PB)
Doc Poética, de Manu Dias (PE)
Incúria, de Tiago A. Neves (PB)
Raphael e Nain, de Durval Cristóvão (PE)
Regresso ou Alguma Coisa que Criamos Sobre Nós, de Maycon Carvalho (PB)
Vila de Bilros, de Dênia Cruz (RN)

Foto: Divulgação.

Comentários