Willem Dafoe em Siberia, de Abel Ferrara: drama, fantasia e terror.
A 44ª edição da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo acontecerá entre os dias 22 de outubro e 4 de novembro. A seleção de filmes deste ano traz 198 títulos, de 71 países, que serão apresentados nas seções Perspectiva Internacional, Competição Novos Diretores, Mostra Brasil e Apresentação Especial.
Por conta da pandemia de Covid-19, pela primeira vez, a Mostra Internacional de Cinema em São Paulo ocorrerá majoritariamente de forma virtual, por meio de uma plataforma exclusiva, a Mostra Play. Todos os filmes desta edição poderão ser acessados pelo site da Mostra, que irá direcionar para as plataformas. Os títulos disponibilizados na Mostra Play custarão R$ 6,00 por visualização. Este ano, dada as diferentes formas de exibição (plataformas Sesc Digital e Spcine Play também) e ao valor reduzido dos ingressos, a Mostra não oferecerá pacotes e haverá número limitado de visualizações por filme.
Também ocorrerão sessões no Belas Artes Drive-in e no CineSesc Drive-in (na unidade Sesc Parque Dom Pedro II). Tendo em vista que, este ano, a Mostra não trará seus convidados para São Paulo, a presença dos diretores e profissionais da área se dará por meio de vídeos enviados previamente, entrevistas especiais gravadas e lives.
Dentre os 198 títulos da seleção, cerca de 25% contam com mulheres assinando a direção, entre eles: Gato na Parede (Cat In the Wall), de Vesela Kazakova e Mina Mileva, exibido nos festivais de Locarno e Sarajevo; Impedimento em Cartum (Khartoum Offside), de Marwa Zein, que passou no Cairo International Film Festival; A Arte de Derrubar (The Art of Fallism), de Aslaug Aarsæther e Gunnbjörg Gunnarsdóttir; o brasileiro Mulher Oceano, de Djin Sganzerla; Rebeldes de Verão (Summer Rebels), de Martina Saková; Irmãs Separadas (Sisters Apart), de Daphne Charizani; entre outros.
Irina Atanasova no drama Gato na Parede, de Vesela Kazakova e Mina Mileva.
Neste ano, o filme de abertura será Nova Ordem (Nuevo orden), do cineasta mexicano Michel Franco. Vencedor do Grande Prêmio do Júri (Leão de Prata) e do Leoncino d’Oro Agiscuola no Festival de Veneza deste ano e exibido nos festivais de San Sebastián, Toronto e Chicago, o thriller é ambientado em uma Cidade do México que ferve com protestos, em que uma revolta inesperada abre caminho para um violento golpe de Estado. Na história, um casamento luxuoso da classe alta dá errado. Visto pelos olhos de Marian, a jovem e simpática noiva, e dos criados que trabalham para, e contra, sua família rica, o filme traça o colapso de um sistema político enquanto uma substituição mais angustiante surge em seu rastro.
A seleção da 44ª edição da Mostra conta também com filmes premiados e exibidos em festivais internacionais, além de títulos inéditos como: o documentário Kubrick por Kubrick (Kubrick by Kubrick), de Gregory Monro, exibido em Tribeca; o português O Ano da Morte de Ricardo Reis, de João Botelho, baseado no livro homônimo de José Saramago e protagonizado pelo brasileiro Chico Díaz; Berlin Alexanderplatz, de Burhan Qurbani, que disputou o Urso de Ouro no Festival de Berlim e foi premiado em Roterdã; Araña, do chileno Andrés Wood, indicado ao Prêmio Goya e apresentado em San Sebastián e Toronto; o drama Vencidos da Vida, de Rodrigo Areias; O Paraíso da Serpente (El Paraiso de La Serpiente), de Bernardo Arellano, exibido no Festival de Beijing; o português Ordem Moral, de Mário Barroso e protagonizado por Maria de Medeiros; entre outros.
Do Festival de Veneza, a Mostra exibe filmes como: o documentário Sportin’ Life, de Abel Ferrara, também diretor de Sibéria, protagonizado por Willem Dafoe e apresentado na Competição Oficial de Berlim; o documentário City Hall, de Frederick Wiseman; Entre Mortes (In Between Dying), de Hilal Baydarov; A Herdade, de Tiago Guedes; além dos premiados Crianças do Sol (Khorshid), de Majid Majidi, que rendeu a Rouhollah Zamani o prêmio de melhor ator jovem; Miss Marx, de Susanna Nicchiarelli; Gênero, Pan (Lahi, Hayop), de Lav Diaz; Zanka Contact, de Ismaël El Iraki; e o documentário Notturno, de Gianfranco Rosi.
Naian González Norvind em Nova Ordem, de Michel Franco: filme de abertura.
A seleção do Festival de Cannes também marca presença com diversos títulos que receberam um selo especial do festival, como: Fevereiro (February), de Kamen Kalev; Nadia, Borboleta (Nadia, Butterfly), de Pascal Plante; a animação Josep, de Aurel, também exibida no Festival de Annecy; Dezesseis Primaveras (Spring Blossom), de Suzanne Lindon; Suor (Sweat), de Magnus von Horn; o brasileiro Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria; Mães de Verdade (True Mothers), de Naomi Kawase; A Morte do Cinema e do Meu Pai Também (The Death of Cinema and My Father Too), de Dani Rosenberg; Caminhando Contra o Vento (Ye Ma Fen Zong), de Wei Shujun; e Ao Entardecer (In the Dusk), de Sharunas Bartas.
Do Festival de Berlim, integram a programação da Mostra os premiados: Não Há Mal Algum (Sheytan vojud nadarad), de Mohammad Rasoulof e vencedor do Urso de Ouro; Fábulas Ruins (Favolacce), de Fabio e Damiano D’Innocenzo, premiado como melhor roteiro; Sem Ressentimentos (Wir), de Faraz Shariat, vencedor do Teddy Award de melhor filme; Malmkrog, de Cristi Puiu; Nossa Senhora do Nilo (Notre-Dame Du Nil), de Atiq Rahimi, vencedor do Urso de Cristal da mostra Geração 14plus; Pai (Otac/Father), de Srdan Golubović, consagrado na mostra Panorama; Dias (Rizi), de Tsai Ming-Liang, também exibido no IndieLisboa e San Sebastián; Welcome To Chechnya, de David France e vencedor do prêmio do público de melhor documentário da mostra Panorama; Mamãe, Mamãe, Mamãe (Mamá, Mamá, Mamá), de Sol Berruezo Pichon-Rivière; O Problema de Nascer (The Trouble With Being Born), de Sandra Wollner; Desenterrar (Digger), de Georgis Grigorakis; e O Século 20 (The Twentieth Century), de Matthew Rankin.
Além dos premiados, a Mostra também conta com títulos exibidos na Berlinale, entre eles: o espanhol Lua Vermelha, de Lois Patiño; Animais Nus (Nackte Tiere), de Melanie Waelde; Minha Jovem Irmã (Schwesterlein), de Stéphanie Chuat e Véronique Reymond; A Deusa dos Vagalumes (Goddess Of The Fireflies), de Anaïs Barbeau-Lavalette; o nigeriano Eyimofe (Esse É o Meu Desejo), de Arie Esiri e Chuko Esiri; A Pastora e as Sete Canções (Laila Aur Satt Geet), de Pushpendra Singh; As Veias do Mundo (Die Adern Der Welt), de Byambasuren Davaa; A Saída dos Trens (Ieşirea Trenurilor Din Gară), de Radu Jude e Adrian Cioflâncă
E mais de Berlim: a coprodução entre Argentina, Brasil e Suíça, Um Crime em Comum (Un Crime Común), de Francisco Márquez; Números (Nomery), de Oleg Sentsov e Akhtem Seitablaev; Assim Como Acima, Abaixo (Kama Fissamaa’ Kathalika Ala Al-ard), de Sarah Francis; o drama Pari, de Siamak Etemadi; o indiano Eeb Allay Ooo!, de Prateek Vats; Casulo (Kokon), de Leonie Krippendorff; O Charlatão, de Agnieszka Holland, representante da República Tcheca para a categoria de melhor filme internacional do Oscar; e Dau Degeneration, de Ilya Khrzhanovskiy e Ilya Permyakov e Dau Natasha, de Ilya Khrzhanovskiy e Jkaterina Oertel, projeto de Ilya Khrzhanovskiy que simula o sistema soviético, combinando cinema, ciência, performance, espiritualidade, experimentação social e artística, literatura e arquitetura para falar do uso totalitário do poder.
Baran Rasoulof em Não Há Mal Algum: Urso de Ouro no Festival de Berlim.
A 44ª edição da Mostra de São Paulo, como de costume, fortalece o olhar para o cinema brasileiro. Mais de 30 títulos nacionais integram a seleção da Mostra Brasil. Os longas estão divididos nas seções Apresentação Especial, Competição Novos Diretores e Perspectiva Internacional. Destacam-se na programação: o documentário Candango: Memórias do Festival, de Lino Meireles; Filho de Boi, de Haroldo Borges e exibido no Festival de Busan, na Coreia do Sul; #Eagoraoque, de Jean-Claude Bernardet e Rubens Rewald; Entre Nós um Segredo, de Beatriz Seigner e Toumani Kouyaté; a animação O Pergaminho Vermelho, de Nelson Botter Jr; Cidade Pássaro, de Matias Mariani e exibido em Berlim; Glauber, Claro, de César Meneghett sobre o cineasta Glauber Rocha e os tempos de exílio na Itália; Um Dia com Jerusa, de Viviane Ferreira; Verlust, de Esmir Filho; Todas as Melodias, de Marco Abujamra sobre Luiz Melodia; entre outros.
Os diretores com filmes selecionados para a Mostra Brasil poderão concorrer a uma vaga na Incubadora Paradiso, programa de apoio ao desenvolvimento de longas de ficção do Projeto Paradiso, iniciativa filantrópica de apoio ao audiovisual do Instituto Olga Rabinovich, que é parceiro da Mostra pelo terceiro ano consecutivo.
A Mostra de São Paulo conta também com uma seleção de cerca de 25 títulos produzidos ou coproduzidos por outros países latino-americanos, como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Cuba e Uruguai, entre os quais alguns que participaram e foram premiados em festivais internacionais, como: Nem Herói, Nem Traidor, de Nicolás Savignone; Piedra Sola, de Alejandro Telémaco Tarraf e exibido em Roterdã; Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino, de Alex Piperno, exibido em Berlim; Uma Máquina para Habitar, de Yoni Goldstein, documentário americano rodado em Brasília; Uivos São Ouvidos, de Julio Hernández Cordón, exibido no FID Marseille; Entre Cão e Lobo, de Irene Gutiérrez, seleção da mostra Forum de Berlim; Entre Mortes, de Hilal Baydarov; e Panquiaco, de Ana Elena Tejera, exibido em Roterdã.
Cena do filme brasileiro Mulher Oceano, de Djin Sganzerla.
Outros eventos internacionais importantes também marcam presença na 44ª edição da Mostra de São Paulo. Do Festival de Sundance, destacam-se: Shirley, de Josephine Decker e protagonizado por Elisabeth Moss, que recebeu Menção Especial do Júri e também foi exibido em Berlim; A Terra é Azul como uma Laranja, de Iryna Tsilyk, vencedor do prêmio de melhor direção e também exibido em Berlim; o drama Farewell Amor, de Ekwa Msangi; Feels Good Man, de Arthur Jones, vencedor do Prêmio Especial do Júri de melhor documentário de diretor estreante; de Lesoto, o drama Isso Não É um Enterro, É uma Ressurreição, de Lemohang Jeremiah Mosese, vencedor do Prêmio Especial do Júri da seção World Cinema Dramatic; Jantar na América, de Adam Rehmeier; do Egito, o drama Luxor, de Zeina Durra, também exibido no Karlovy Vary; a comédia musical Summertime, de Carlos López Estrada; Verão Branco, de Rodrigo Ruiz Patterson; entre outros.
Do Festival de Roterdã, a programação traz: Calazar (Kala Azar), de Janis Rafa, vencedor do Prêmio KNF; Cozinhar F*der Matar (Cook F**k Kill), de Mira Fornay; o português Mosquito, de João Nuno Pinto; O Despertar de Fanny Lye, de Thomas Clay e protagonizado por Maxine Peake, também exibido no Festival de Londres; o drama dinamarquês Problemas com a Natureza, de Illum Jacobi; e Quando Anoitece, de Braden King, também exibido em Sundance.
O prestigiado Festival de Busan também traz representantes entre os selecionados da Mostra, como: Assim Desse Jeito (Aise Hee), de Kislay; e Correndo para o Céu (Jo Kuluk), de Mirlan Abdykalykov, vencedor do Prêmio da Crítica. Do Festival de Tóquio, destaque para Cavaleiro de Verão, de Xing You. Já o drama O Nome Encravado em Seu Coração, de Kuang-Hui Liu, foi exibido nos festivais de Taipei e Golden Horse, e é baseado em uma história real sobre a luta pelo amor verdadeiro e as mudanças emblemáticas em Taiwan, o primeiro país asiático a legalizar o casamento gay.
Michael Stuhlbarg e Elisabeth Moss em Shirley, de Josephine Decker.
A seleção da Mostra também apresenta títulos do Festival de Cinema de Tribeca, entre eles: 17 Quadras (17 Blocks), de Davy Rothbart, indicado ao Spirit Awards e também exibido em Zurique, Telluride e Melbourne; 499, de Rodrigo Reyes, premiado como melhor fotografia e vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival Hot Docs; Lorelei, de Sabrina Doyle; Meu Coração Só Irá Bater se Você Pedir, de Jonathan Cuartas, que recebeu Menção Especial do Júri em fotografia; e Stardust, de Gabriel Range, com Jena Malone e Johnny Flynn como David Bowie.
O renomado Visions du Réel, festival de documentários realizado na Suíça, está representado com: A Arte de Derrubar (The Art of Fallism), de Aslaug Aarsæther e Gunnbjörg Gunnarsdóttir; e Anerca, Respiração da Vida, de Johannes Lehmuskallio e Markku Lehmuskallio, vencedor do prêmio de longa-metragem mais inovador.
O Festival de Cinema de Animação de Annecy também marca presença na 44ª edição da Mostra com: o polonês Mate-o e Deixe Esta Cidade (Zabij To I Wyjedz Z Tego Miasta), de Mariusz Wilczynski, vencedor do Prêmio Especial do Júri e exibido em Berlim; e O Nariz ou a Conspiração dos Dissidentes, de Andrey Khrzhanovskiy, também vencedor do Prêmio Especial do Júri e exibido em Roterdã.
Além disso, a seleção traz mais destaques internacionais, como: Beans, de Tracey Deer, vencedor do Rising Stars Award no Festival de Toronto; Contos da Prisão, de Ábel Visky, exibido no FIPA e no Hot Docs; De Volta para Casa – Marina Abramovic e Seus Filhos, de Boris Miljkovic; Espacate, de Christian Johannes Koch, exibido nos festivais de Zurique e San Sebastián; o drama canadense Estava Chovendo Pássaros, de Louise Archambault, exibido em Toronto e San Sebastián; Exílio, de Visar Morina, premiado nos festivais de Sarajevo e Taipei e exibido nos festivais de Sundance e Berlim; Mãe de Aluguel (The Surrogate), de Jeremy Hersh, que participou do SXSW; o holandês Meu Rembrandt, de Oeke Hoogendijk, exibido no IDFA, Festival Internacional de Documentários de Amsterdã.
E mais: Murmúrio, de Heather Young, da seleção de Toronto; Nariz Sangrando, Bolsos Vazios, de Bill Ross IV e Turner Ross, premiado no Champs-Élysées Film Festival e exibido em Sundance e Berlim; o português Prazer, Camaradas!, de José Filipe Costa, exibido no Festival de Locarno; Rose Interpreta Julie, de Joe Lawlor e Christine Molloy, destaque do Festival de Londres; o francês Walden, de Bojena Horackova, exibido no Festival de Locarno e parte da seleção da L’ACID do Festival de Cannes; e o curta-metragem Os Caçadores de Coelhos, de Evan Johnson, Galen Johnson e Guy Maddin, com Isabella Rossellini, em homenagem ao centenário de Federico Fellini.
Johnny Flynn é David Bowie em Stardust, de Gabriel Range.
Há 17 anos, a Mostra presta homenagens a grandes nomes do cinema com o Prêmio Humanidade. Nesta edição, duas desta honraria serão entregues: a primeira será aos funcionários da Cinemateca Brasileira e a segunda ao conceituado documentarista americano Frederick Wiseman. O Prêmio Leon Cakoff será entregue à produtora Sara Silveira. Em homenagem a ela, a Mostra irá exibir sua mais recente produção, o longa Todos os Mortos, de Marco Dutra e Caetano Gotardo, no CineSesc Drive-in (unidade Sesc Parque Dom Pedro II) no dia 2 de novembro, onde a produtora receberá o prêmio.
E mais: o documentário Coronation, do artista Ai Weiwei, que retrata o confinamento em Wuhan, na China, durante o início do surto de Covid-19 no começo do ano, será exibido durante o evento. Ai Weiwei apresenta um segundo filme na Mostra: o longa Vivos, sobre um grupo de estudantes mexicanos que foram brutalmente atacados por forças policiais e outros agressores mascarados.
Também ganha sessão especial o curta Escondida (Hidden), do iraniano Jafar Panahi, que segue o cineasta, sua filha e seu amigo a uma remota vila curda para visitar uma cantora sobrenaturalmente talentosa, que é proibida de se apresentar publicamente. Outro curta que integra a programação é Uma Noite na Ópera, do renomado diretor ucraniano Sergei Loznitsa. Baseado em imagens de arquivo dos anos 1950 e 1960, o filme revisita as noites de gala na Ópera de Paris.
Além disso, Jia Zhangke, que assina o pôster desta edição, apresenta seu longa Nadando até o Mar Se Tornar Azul e também o seu mais recente trabalho, o curta A Visita (Visit), gravado com o celular. O filme retrata uma reunião entre dois parceiros de trabalho que acaba revelando os rígidos protocolos de cuidados impostos pela epidemia do novo coronavírus.
Cena do curta Uma Noite na Ópera, de Sergei Loznitsa.
O brasileiro Fernando Coni Campos (1933-1988) ganha homenagem póstuma nesta edição do evento com a apresentação especial de três de seus sete longas-metragens: Viagem ao Fim do Mundo (1968), vencedor do Leopardo de Prata no Festival de Locarno; Ladrões de Cinema (1977); e O Mágico e o Delegado, melhor filme no Festival de Brasília, em 1983. A Mostra proporciona uma rara oportunidade de revisitar o universo desse autor original e originário do Recôncavo Baiano.
O júri deste ano será formado por: Cristina Amaral, uma das principais e mais importantes montadoras do país; Felipe Hirsch, diretor, dramaturgo, cenógrafo e produtor de teatro; e Sara Silveira, nome fundamental da produção cinematográfica brasileira.
Além dos filmes, a 44ª edição da Mostra de São Paulo apresenta diversas atividades paralelas, como: a segunda edição do Fórum Nacional Lideranças Femininas no Audiovisual; o Fórum Mostra, que será virtual; o evento Memórias do Cinema, que reúne depoimentos de artistas e personalidades sobre os filmes que exerceram alguma influência em suas vidas (e estarão disponíveis na plataforma e no site da Mostra); e um curso de cinema com o cineasta Ruy Guerra e participação do historiador Adilson Mendes.
Fotos: Cosmopol Film/Divulgação.