Cassia Gil em Pacificado, de Paxton Winters: na disputa pela Concha de Ouro.
Considerado o mais importante festival de cinema da Espanha e um dos mais antigos da Europa, o Festival Internacional de Cinema de San Sebastián é também um dos mais prestigiados do mundo. Seu principal prêmio, a Concha de Ouro, é concedido ao melhor filme em competição da Seleção Oficial.
Os selecionados da 67ª edição, que acontecerá entre os dias 20 e 28 de setembro, foram anunciados nesta semana. O cinema brasileiro está na disputa pelo prêmio máximo com o drama Pacificado, coprodução americana dirigida por Paxton Winters. O cineasta Darren Aronofsky assina como um dos produtores do filme.
Na trama, Zé, é um ex-traficante que é solto da prisão durante os dias que antecedem as Olimpíadas Rio 2016. Respeitado pela comunidade, muitos acreditam que ele novamente assumirá o posto de dono do morro, mas a jovem Tati aparece com outros planos. Uma improvável amizade cresce entre eles, e, juntos, lutam para superar um futuro incerto enquanto as tensões sociais, tanto dentro e fora da comunidade, entram em ebulição. O longa conta com Débora Nascimento, Cassia Gil, Bukassa Kabengele, Léa Garcia, José Loreto e Shirley Cruz no elenco.
O suspense Araña, de Andrés Wood, uma coprodução entre Chile, Argentina e Brasil, se destaca na mostra Horizontes Latinos. The Lighthouse, de Robert Eggers, e Wasp Network, de Olivier Assayas, ambos produzidos pelo brasileiro Rodrigo Teixeira, da RT Features, também serão exibidos no festival.
O júri da Seleção Oficial será presidido pelo cineasta irlandês Neil Jordan e formado por: Pablo Cruz, ator mexicano; Lisabi Fridell, diretora de fotografia; Bárbara Lennie, atriz espanhola; Mercedes Morán, atriz argentina; e Katriel Schory, produtor. Em outras mostras, duas brasileiras farão parte do júri: Silvia Cruz, fundadora da Vitrine Filmes, na Zabaltegi-Tabakalera; e a produtora Vania Catani, na Europe-Latin America Co-Production Forum.
Neste ano, o cineasta mexicano Roberto Gavaldón ganhará uma retrospectiva. Além dos filmes, o festival também presta homenagens a grandes nomes da sétima arte com o Prêmio Donostia, que será entregue para: a atriz espanhola Penélope Cruz, que estampa o pôster desta edição; o cineasta grego Costa-Gavras; e o ator canadense Donald Sutherland. O produtor cinematográfico espanhol Jose María ‘Txepe’ Lara receberá o Lara Zinemira Award.
Conheça os filmes selecionados para o Festival de San Sebastián 2019:
SELEÇÃO OFICIAL:
Blackbird, de Roger Michell (EUA) (filme de abertura)
The Song of Names, de François Girard (filme de encerramento) (fora de competição)
A Dark-Dark Man, de Adilkhan Yerzhanov (Cazaquistão)
Das Vorspiel (The Audition), de Ina Weisse (Alemanha/França)
Il pleuvait des oiseaux (And the Birds Rained Down), de Louise Archambault (Canadá)
La hija de un ladrón (A thief’s daughter), de Belén Funes (Espanha)
La trinchera infinita, de Aitor Arregi, Jon Garaño e Jose Mari Goenaga (França/Espanha)
Lhamo and Skalbe, de Sonthar Gyal (China)
Mano de obra, de David Zonana (México)
Mientras dure la guerra, de Alejandro Amenábar (Espanha/Argentina)
Pacificado, de Paxton Winters (Brasil/EUA)
Patrick, de Gonçalo Waddington (Portugal)
Proxima, de Alice Winocour (França/Alemanha)
Rocks, de Sarah Gavron (Reino Unido)
Thalasso, de Guillaume Nicloux (França)
The Other Lamb, de Małgorzata Szumowska (Irlanda/Bélgica/EUA)
Vendrá la muerte y tendrá tus ojos, de José Luis Torres Leiva (Chile/Alemanha/Argentina)
Zeroville, de James Franco (EUA)
Diecisiete, de Daniel Sánchez Arévalo (Espanha) (fora de competição)
La odisea de los giles, de Sebastián Borensztein (Argentina/Espanha) (fora de competição)
HORIZONTES LATINOS:
La cordillère des songes, de Patricio Guzmán (França/Chile) (filme de abertura)
La llorona, de Jayro Bustamante (Guatemala/França) (filme de encerramento)
Agosto, de Armando Capó (Cuba/Costa Rica/França)
Araña (Spider), de Andrés Wood (Chile/Argentina/Brasil)
Así habló el cambista, de Federico Veiroj (Uruguai/Argentina/Alemanha)
Chicuarotes, de Gael García Bernal (México)
De Nuevo Otra Vez, de Romina Paula (Argentina)
El Príncipe, de Sebastián Muñoz (Chile/Argentina/Bélgica)
La bronca, de Daniel Vega e Diego Vega (Peru)
Los sonámbulos, de Paula Hernández (Argentina/Uruguai)
Los tiburones, de Lucía Garibaldi (Uruguai/Argentina/Espanha)
Monos, de Alejandro Landes (Colômbia/Argentina/Holanda/Alemanha/Suécia/Uruguai/EUA/Suíça/Dinamarca)
Nuestras madres, de César Díaz (Guatemala/Bélgica/França)
Temblores, de Jayro Bustamante (Guatemala/França/Luxemburgo)
Que Sea Ley, de Juan Solanas (Argentina/França/Uruguai)
NEW DIRECTORS:
Africa, de Oren Gerner (Israel)
Algunas Bestias, de Jorge Riquelme Serrano (Chile)
Disco, de Jorunn Myklebust Syversen (Noruega)
La inocencia, de Lucía Alemany (Espanha)
Las Buenas Intenciones, de Ana García Blaya (Argentina)
Las letras de Jordi, de Maider Fernández Iriarte (Espanha)
Le milieu de l’horizon, de Delphine Lehericey (Suíça/Bélgica)
Le Rêve de Noura, de Hinde Boujemaa (Tunísia/França/Bélgica/Qatar)
Lynn + Lucy, de Fyzal Boulifa (Reino Unido/França)
Nematoma, de Ignas Jonynas (Lituânia/Ucrânia/Letônia)
Scattered Night (Heuteojin Bam), de Sol Kim e Jihyoung Lee (Coreia do Sul)
Sestra (Sister), de Svetla Tsotsorkova (Bulgária/Qatar)
The Giant, de David Raboy (EUA/França)
Bonfire at Dawn, de Koichi Doi (Japão)
ZABALTEGI TABAKALERA:
Atlantique, de Mati Diop (França/Senegal/Bélgica)
Blue Boy, de Manuel Abramovich (Argentina/Alemanha) (curta)
Delphine et Carole, insoumuses, de Callisto McNulty (França/Suíça)
El fiscal, la presidenta y el espia, de Justin Webster (Espanha/Alemanha)
Ficción Privada, de Andrés Di Tella (Argentina)
Giraffe, de Anna Sofie Hartmann (Alemanha/Dinamarca)
Hatsukoi, de Takashi Miike (Japão/Reino Unido)
Ich war zuhause, aber, de Angela Schanelec (Alemanha/Sérvia)
L’Île aux oiseaux (Bird Island), de Maya Kosa e Sergio da Costa (Suíça)
Les enfants d’Isadora, de Damien Manivel (França/Coreia do Sul)
Leyenda dorada, de Ion De Sosa e Chema García Ibarra (Espanha) (curta)
Lursaguak, de Izebene Oñederra (Espanha) (curta)
Nan Fang Che Zhan De Ju Hui (The Wild Goose Lake), de Diao Yinan (China/França)
Nimic, de Yorgos Lanthimos (Alemanha/EUA/Reino Unido) (curta)
Nos défaites, de Jean-Gabriel Périot (França)
Play, de Anthony Marciano (França)
Répertoire des villes disparues, de Denis Côté (Canadá)
Shakti, de Martín Rejtman (Argentina/Chile) (curta)
Urpean Lurra, de Maddi Barber (Espanha)
Zombi Child, de Bertrand Bonello (França)
PERLAK:
Seberg, de Benedict Andrews (EUA/Reino Unido) (filme de abertura)
The Climb, de Michael Angelo Covino (filme de encerramento) (fora de competição)
Alice et le maire, de Nicolas Pariser (França/Bélgica)
Amazing Grace, de Alan Elliott e Sydney Pollack (EUA)
Dylda (Beanpole), de Kantemir Balagov (Rússia)
Di jiu tian chang (So Long, My Son), de Wang Xiaoshuai (China)
Ema, de Pablo Larraín (Chile)
Parasita (Gisaengchung/Parasite), de Bong Joon-ho (Coreia do Sul)
Hors normes, de Olivier Nakache e Éric Toledano (França)
La Vérité (The Truth), de Hirokazu Kore-eda (França/Japão)
Les misérables, de Ladj Ly (França)
A Luz no Fim do Mundo (Light of My Life), de Casey Affleck (EUA)
O que arde, de Oliver Laxe (Espanha/França/Luxemburgo)
Retrato de uma Jovem em Chamas (Portrait de la jeune fille en feu), de Céline Sciamma (França)
Sorry We Missed You, de Ken Loach (Reino Unido/França/Bélgica)
Tenki no ko (Weathering with You), de Makoto Shinkai (Japão)
A Lavanderia (The Laundromat), de Steven Soderbergh (EUA)
The Lighthouse, de Robert Eggers (EUA/Canadá)
Waiting for the Barbarians, de Ciro Guerra (Itália/EUA)
DONOSTIA AWARD SCREENINGS:
Adults in the Room, de Costa-Gavras (França/Grécia)
The Burnt Orange Heresy, de Giuseppe Capotondi (Reino Unido/Itália)
Wasp Network, de Olivier Assayas (França/Espanha/Bélgica/Brasil)
Foto: Divulgação.