Michel Franco entrega o prêmio de melhor direção para Dea Kulumbegashvili.
Foram anunciados neste sábado, 26/09, os vencedores da 68ª edição do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián. O drama Dasatskisi (Beginning), de Dea Kulumbegashvili, recebeu a Concha de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento, e ainda foi consagrado em outras três categorias.
O Júri Oficial foi presidido pelo cineasta italiano Luca Guadagnino e contou também com: Joe Alwyn, ator britânico; Marisa Fernández Armenteros, produtora; Michel Franco, cineasta mexicano; e Lena Mossum, figurinista.
A cerimônia de premiação foi apresentada por Edurne Ormazabal e Juan Diego Botto, que agradeceram o apoio do público: “Cada edição do festival é, por definição, única e irrepetível, mas a deste ano tem sido ainda mais. Não houve festas e nem multidões, nem mesmo para sussurrar algo no ouvido de nossos companheiros de assento, e temos que dizer que nos comove com o comportamento exemplar do público. Obrigado pelo seu apoio incondicional”, comentaram.
O evento aconteceu de forma presencial, porém seguiu todos os protocolos de segurança por conta da pandemia de Covid-19. O cineasta francês Eugène Green, que estava com o filme Atarrabi & Mikelats, foi expulso pela organização do evento durante a apresentação do seu longa por se recusar a usar máscara.
O cinema brasileiro marcou presença nesta edição com Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, na mostra Horizontes Latinos; e Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, na seção New Directors.
Além dos filmes, o festival também presta homenagens a grandes nomes da sétima arte. O Prêmio Donostia foi entregue para o ator americano Viggo Mortensen; já o Zinemira Award foi para Sara Bilbatua, diretora de elenco.
Conheça os vencedores do Festival Internacional de Cinema de San Sebastián 2020:
CONCHA DE OURO | MELHOR FILME:
Dasatskisi (Beginning), de Dea Kulumbegashvili (França/Geórgia)
CONCHA DE PRATA | MELHOR DIREÇÃO:
Dea Kulumbegashvili, por Dasatskisi (Beginning)
CONCHA DE PRATA | MELHOR ATRIZ:
Ia Sukhitashvili, por Dasatskisi (Beginning)
CONCHA DE PRATA | MELHOR ATOR:
Mads Mikkelsen, Thomas Bo Larsen, Magnus Millang e Lars Ranthe, por Druk (Another Round)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI:
Crock of Gold: A Few Rounds with Shane MacGowan, de Julien Temple (Reino Unido)
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR ROTEIRO:
Dasatskisi (Beginning), escrito por Dea Kulumbegashvili e Rati Oneli
PRÊMIO DO JÚRI | MELHOR FOTOGRAFIA:
Nakuko wa ineega (Any Crybabies Around?), por Yuta Tsukinaga
PRÊMIO NOVOS DIRETORES:
La última primavera (Last Days of Spring), de Isabel Lamberti (Holanda/Espanha)
Menção Especial: Gē shēng yuán hé màn bàn pāi (Slow Singing), de Xingyi Dong (China)
PRÊMIO HORIZONTES:
Sin señas particulares (Identifying Features), de Fernanda Valadez (México/Espanha)
Menção Especial: Las mil y una (One in a Thousand), de Clarisa Navas (Argentina/Alemanha)
PRÊMIO ZABALTEGI-TABAKALERA:
A Metamorfose dos Pássaros, de Catarina Vasconcelos (Portugal)
Menção Especial: Domangchin yeoja (The Woman Who Ran), de Hong Sang-soo (Coreia do Sul)
JÚRI POPULAR | MELHOR FILME | CITY OF DONOSTIA:
The Father, de Florian Zeller (Reino Unido)
JÚRI POPULAR | MELHOR FILME EUROPEU | CITY OF DONOSTIA:
El agente topo (The Mole Agent), de Maite Alberdi (Chile/EUA/Alemanha/Holanda/Espanha)
PRÊMIO FIPRESCI:
Wuhai, de Zhou Ziyang (China)
IRIZAR BASQUE FILM AWARD:
Ane (Ane Is Missing), de David Pérez Sañudo (Espanha)
Menção Especial: Non Dago Mikel? (Where Is Mikel?), de Amaia Merino e Miguel Angel Llamas (Espanha)
SIGNIS AWARD:
Druk (Another Round), de Thomas Vinterberg (Dinamarca/Suécia/Holanda)
SEBASTIANE AWARD:
Falling, de Viggo Mortensen (Canadá/Reino Unido)
YOUTH AWARD:
Limbo, de Ben Sharrock (Reino Unido)
Foto: Montse Castillo.