Protagonista: Carol Duarte em cena do filme.
Depois de ser exibido no Festival de Cannes e premiado na mostra Un Certain Regard, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, foi escolhido para abrir a 29ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema, em Fortaleza, que acontecerá entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro.
Além da consagração em Cannes, sendo o primeiro filme brasileiro a receber o prêmio máximo na categoria, o longa foi contemplado com o CineCoPro Award no Filmfest München, na Alemanha. O filme conta a história das irmãs inseparáveis Guida, que sonha em casar e ter uma família, e Eurídice, a mais nova, pianista prodígio. Um dia, as duas são separadas para sempre e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.
“É uma felicidade imensa realizar a primeira exibição nacional de A Vida Invisível de Eurídice Gusmão na minha cidade natal, e no Nordeste, uma região catalisadora do cinema e da cultura brasileira, e estou ansioso para ver e ouvir as reações do público cearense. A trajetória internacional deste longa tem me emocionado muito também, com ótima receptividade dos espectadores em diversos países, que estão abraçando o filme de uma forma muito especial. A participação em alguns dos mais importantes festivais do mundo e a conquista do prêmio inédito em Cannes comprovam a sua força e universalidade”, revelou o diretor.
“Estou ansioso para acompanhar a recepção do público brasileiro e começar essa história em Fortaleza na abertura do 29º Cine Ceará é muito especial. O filme aborda um assunto urgente, sobre como o patriarcado pode ser tóxico na sociedade, e tenho certeza de que será uma sessão muito acolhedora e importante para o projeto”, afirmou o produtor Rodrigo Teixeira, da RT Features.
O longa é uma livre adaptação da obra homônima de Martha Batalha e traz Fernanda Montenegro, Carol Duarte, Júlia Stockler, Gregorio Duvivier, Maria Manoella, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Flavio Bauraqui no elenco. Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa, ambientado majoritariamente na década de 1950, foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão. A direção de fotografia é da francesa Hélène Louvart, de As Praias de Agnès e Lazzaro Felice, que assina seu primeiro longa brasileiro, e a alemã Heike Parplies, de Toni Erdmann, assina a montagem.
Além de Cannes e Munique, o filme esteve nas seleções oficiais dos festivais de Sydney, do Midnight Sun, na Finlândia, e de Karlovy Vary, na República Tcheca, e será exibido no Transatlantyk Festival, na Polônia, e no Festival de Cinema da Nova Zelândia; e nas próximas semanas novos anúncios virão.
Em cartaz no circuito comercial a partir do dia 31 de outubro, A Vida Invisível de Eurídice Gusmão é uma produção da RT Features, de Rodrigo Teixeira, em coprodução com a alemã Pola Pandora, braço de produção da The Match Factory, de Michael Weber e Viola Fügen, além da Sony Pictures Brasil, Canal Brasil e Naymar (infraestrutura audiovisual), e conta com o financiamento do fundo alemão Medienboard Berlin Brandenburg e do Fundo Setorial do Audiovisual/Ancine.
Foto: Bruno Machado.