Discurso divertido e bem-humorado.
A última sessão da noite de quarta-feira, 13/08, era uma das mais aguardadas do 42º Festival de Cinema de Gramado. O filme A Luneta do Tempo, dirigido pelo cantor Alceu Valença, faz parte da Mostra Competitiva de longas brasileiros e foi muito aplaudido após sua exibição no Palácio dos Festivais.
Antes da sessão começar, o diretor subiu ao palco junto com parte da equipe. Começou seu discurso lamentando a morte de Eduardo Campos, pernambucano candidato à presidência do Brasil, que faleceu em um acidente aéreo na manhã de quarta-feira, 13/08: “Dudu era uma grande figura. Implementou mudanças no governo de Pernambuco e em todas as áreas: educação, cultura, desenvolvimento. E hoje, como vocês sabem, foi embora de uma forma trágica. Quando a gente está precisando de homens públicos verdadeiros, acontece isso”.
Elenco e equipe no palco do Palácio dos Festivais.
Depois, Alceu Valença falou sobre seu primeiro filme como diretor de uma forma bem-humorada: “A Luneta do Tempo, enfim, saiu. Este filme esteve na minha cabeça durante quatorze anos. De dez anos pra cá eu comecei a estudar cinema, porque era eu quem tinha que dirigir esse filme, porque estava dentro de mim, dentro da minha alma. E eu tenho uma coisa que acho que é necessário para um diretor de cinema e para qualquer artista, que é um pouco de loucura. Todo artista tem que ser meio doido e eu sou um pouquinho doidinho”.
O cantor, e agora diretor, elogiou sua equipe: “Ninguém acreditava que eu iria fazer, que iria realizar esse filme. Foram surgindo pessoas maravilhosas e montamos uma equipe fantástica, que conviveu conosco, com nosso sonho e com a nossa loucura”. Alceu também agradeceu aos amigos que o acompanharam nessa trajetória: “Queria agradecer, sobretudo, àquelas pessoas que eu enchi o saco durante dez anos mostrando o roteiro”.
Alceu Valença falou sobre sua experiência como diretor.
No final do discurso fez mais agradecimentos e foi aplaudido pelo público presente: “Queria declarar que é uma honra e um prazer participar deste Festival com um filme que tem uma linguagem brasileira, apesar de ser um filme de autor, mas, com estética brasileira. Acho que o Brasil precisa tomar vergonha na cara para não virar sempre uma coisinha de imitação. Precisamos mergulhar na nossa cultura, para que sejamos verdadeiros e criativos”, finalizou.
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Fotos: Vitor Búrigo.