Hail, Caesar!
Diretores: Joel Coen e Ethan Coen.
Elenco: Josh Brolin, George Clooney, Alden Ehrenreich, Ralph Fiennes, Scarlett Johansson, Tilda Swinton, Frances McDormand, Channing Tatum, Jonah Hill, Veronica Osorio, Heather Goldenhersh, Alison Pill, Max Baker, Clancy Brown, Fisher Stevens, Patrick Fischler, Tom Musgrave, David Krumholtz, Greg Baldwin, Patrick Carroll, John Bluthal, Alex Karpovsky, Aramazd Stepanian, Allan Havey, Robert Pike Daniel, Robert Picardo, Ian Blackman, Geoffrey Cantor, Christopher Lambert, Robert Trebor, Michael Yama, Ming Zhao, Helen Siff, Basil Hoffman, Luke Spencer Roberts, Ralph P. Martin, Natasha Bassett, Fred Melamed, Mather Zickel, Tiffany Lonsdale, Clement von Franckenstein, Peter Jason, Stephen Ellis, Jillian Armenante, Jacob Witkin, Emily Beecham, J.R. Horne, Michael Gambon, Nuno Branco, Chris Harrison, Karen E. Wright.
Ano: 2016
Sinopse: Situado em 1950, o filme acompanha um único dia de um assistente de estúdio que se vê cheio de problemas para solucionar. Quando estão prestes a lançar o maior sucesso de todos os tempos, o grande astro do estúdio é sequestrado. Agora, todos se mobilizam para que o desaparecimento de Baird Whitlock não vaze na imprensa.
Crítica do CINEVITOR: A carreira dos irmãos Coen é repleta de sucessos que se destacam em diversos gêneros. No novo trabalho da dupla, eles trazem Hollywood como pano de fundo mais uma vez. Em 1991, no filme Barton Fink – Delírios de Hollywood, contaram a história de um roteirista, que, ao chegar à capital do cinema, passa por um complicado bloqueio criativo. Agora, em Ave, César!, a trama se passa na década de 1950 e mostra os bastidores da era de ouro hollywoodiana. Com uma direção de arte impecável, que retrata perfeitamente a época situada, o filme mais parece uma brincadeira dos irmãos Coen, sem a pretensão de serem levados a sério. Pelo menos dessa vez. E isso não é ruim. Os diretores carregam essa intenção muito bem e conseguem, ao mesmo tempo, criticar e homenagear a indústria cinematográfica. Seus personagens estereotipados propositalmente, como o galã que não sabe atuar e a atriz que precisa aparecer com um namorado, se encaixam no contexto proposto. A história principal de Ave, César! é sobre o sequestro de um ator, mas o roteiro intercala outras situações para mostrar os bastidores da fama. Por conta disso, alguns momentos ficam muitos soltos na trama e parecem desnecessários, como por exemplo, a participação de Tilda Swinton, que interpreta as gêmeas Thora e Thessaly Thacker, jornalistas que estão sempre em busca de um furo de reportagem (leia-se fofoca). Que fique claro que isso nada tem a ver com a atuação da atriz, mas sim, com sua personagem. Mesmo com um elenco estelar de coadjuvantes mal aproveitados, a intenção dos irmãos em retratar a época dourada de Hollywood funciona. O tom sombrio de Onde os Fracos Não Têm Vez e Bravura Indômita, por exemplo, não aparece nessa comédia que mistura suspense com musical. O humor negro também passa longe e as risadas ficam mais contidas. Mas nem por isso Ave, César! não merece elogios. O ponto alto do filme é a direção dos irmãos Coen, que mostram, mais uma vez, que conseguem entreter o público com qualquer gênero. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: