Silvero Pereira em Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles.
A Academia Brasileira de Cinema divulgou nesta quinta-feira, 27/08, a lista com os finalistas ao 19º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que este ano acontecerá no dia 10 de outubro com cerimônia transmitida pela TV Cultura.
Ainda que sem a tradicional festa que anualmente reúne o setor, o GP resiste para, mais uma vez, celebrar a diversidade da nossa indústria, representada por todas as gerações de realizadores do país inteiro. A abertura dos envelopes com os vencedores será ao vivo, auditada pela PwC (a mesma que faz a apuração do Oscar), e o Troféu Grande Otelo será entregue diretamente na casa de cada um deles, depois da premiação. Os finalistas concorrem em 32 categorias e foram escolhidos em votação pelos sócios da Academia, que, por abarcar produções de todo o setor, este ano passa a se chamar Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais.
Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, é o longa com maior número de indicações (dezessete em 15 categorias), seguido por A Vida Invisível, de Karim Aïnouz e Simonal, de Leonardo Domingues. A lista de finalistas reúne mais de 200 profissionais indicados, 35 longas-metragens brasileiros e 10 longas estrangeiros (21 de ficção, 8 documentários, 3 infantis, 3 de animação, 5 internacionais e 5 ibero-americanos). Ao todo, este ano também estão na disputa 15 curtas brasileiros e 20 séries.
“Mesmo diante de tantas adversidades, estamos realizando o Grande Prêmio. E este ano vamos homenagear o trabalho dos milhares de profissionais que dedicam suas vidas a encantar as nossas vidas. Não foi fácil, mas o Grande Prêmio tinha que acontecer”, diz Jorge Peregrino, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é votado por profissionais das mais diversas áreas do setor que são associados à Academia, entidade aberta a toda a classe.
No ano em que o Grande Prêmio homenageia coletivamente a indústria audiovisual, foram inscritos mais de 1.300 profissionais nas diferentes categorias, 81 longas de ficção (incluindo infantis e animação), 56 longas documentais, 64 curtas-metragens, 82 séries brasileiras, 37 longas-metragens internacionais e 14 longas ibero-americanos. “O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro celebra novamente a excelência artística e a relevância cultural do cinema brasileiro, destacando os expoentes de uma safra de grande qualidade e repercussão”, afirma Sérgio Sá Leitão, Secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo. “A parceria com a TV Cultura e o Governo de São Paulo amplia o alcance e o impacto desta celebração, valorizando ainda mais, a despeito do contexto adverso, a nossa produção cinematográfica”.
Os vencedores serão escolhidos no segundo turno, que começa no dia 31 de agosto, com votação entre os sócios da Academia. Em data que será divulgada em breve, a votação popular pela internet será iniciada para que o público eleja seu filme favorito entre os 15 longas brasileiros finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário.
“É com muita alegria que a TV Cultura abriga, neste ano, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro em sua programação. Em um momento tão conturbado da cultura e, em especial, da cadeia do audiovisual em nosso país, é fundamental que instituições como a nossa, os parceiros do prêmio e a Academia Brasileira de Cinema estejam unidos no reconhecimento do cinema nacional”, diz o diretor de programação da TV Cultura, Enéas Carlos Pereira.
Conheça os indicados ao 19º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:
MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO:
A Vida Invisível, de Karim Aïnouz
Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Divino Amor, de Gabriel Mascaro
Hebe: A Estrela do Brasil, de Maurício Farias
Simonal, de Leonardo Domingues
MELHOR LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO:
Alma Imoral, de Silvio Tendler
Amazônia Groove, de Bruno Murtinho
Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman
Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar, de Marcelo Gomes
O Barato de Iacanga, de Thiago Mattar
MELHOR LONGA-METRAGEM | COMÉDIA:
Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral, de Halder Gomes
De Pernas Pro Ar 3, de Julia Rezende
Eu Sou Mais Eu, de Pedro Amorim
Maria do Caritó, de João Paulo Jabur
Minha Mãe é uma Peça 3, de Susana Garcia
Socorro, Virei uma Garota!, de Leandro Neri
MELHOR LONGA-METRAGEM | INFANTIL:
Cinderela Pop, de Bruno Garotti
Sobre Rodas, de Mauro D’Addio
Turma da Mônica – Laços, de Daniel Rezende
MELHOR LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO:
A Cidade dos Piratas, de Otto Guerra
A Princesa de Elymia, de Silvio Toledo
Tito e os Pássaros, de Gustavo Steinberg, Gabriel Bitar e André Catoto
MELHOR DIREÇÃO:
Daniel Rezende, por Turma da Mônica – Laços
Flavia Castro, por Deslembro
Gabriel Mascaro, por Divino Amor
Karim Aïnouz, por A Vida Invisível
Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, por Bacurau
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM:
Alexandre Moratto, por Sócrates
Armando Praça, por Greta
Claudia Castro, por Ela Disse, Ele Disse
Dennison Ramalho, por Morto Não Fala
Leonardo Domingues, por Simonal
MELHOR ATRIZ:
Andrea Beltrão, por Hebe: A Estrela do Brasil
Bárbara Colen, por Bacurau
Carol Duarte, por A Vida Invisível
Dira Paes, por Divino Amor
Julia Stockler, por A Vida Invisível
MELHOR ATOR:
Daniel de Oliveira, por Morto Não Fala
Fabrício Boliveira, por Simonal
Gregorio Duvivier, por A Vida Invisível
Marco Nanini, por Greta
Silvero Pereira, por Bacurau
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:
Alli Willow, por Bacurau
Bárbara Santos, por A Vida Invisível
Fernanda Montenegro, por A Vida Invisível
Karine Teles, por Bacurau
Sonia Braga, por Bacurau
MELHOR ATOR COADJUVANTE:
Antonio Saboia, por Bacurau
Caco Ciocler, por Simonal
Chico Diaz, por Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral
Flávio Bauraqui, por A Vida Invisível
Julio Machado, por Divino Amor
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA:
Azul Serra, por Turma da Mônica – Laços
Bárbara Alvarez, por A Sombra do Pai
Hélène Louvart, por A Vida Invisível
Heloisa Passos, por Deslembro
Nonato Estrela, por Kardec
Pedro Sotero, por Bacurau
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL:
Bacurau, escrito por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Deslembro, escrito por Flavia Castro
Divino Amor, escrito por Gabriel Mascaro, Rachel Ellis, Esdras Bezerra e Lucas Paraizo
Hebe: A Estrela do Brasil, escrito por Carolina Kotscho
Los Silencios, escrito por Beatriz Seigner
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO:
A Alma Imoral, escrito por Silvio Tendler e Nilton Bonder
A Vida Invisível, escrito por Karim Aïnouz e Inés Bortagaray
Carcereiros – O Filme, escrito por Marçal Aquino, Fernando Bonassi, Dennison Ramalho e Marcelo Starobinas
Greta, escrito por Armando Praça
Minha Fama de Mau, escrito por L.G. Bayão, Lui Farias e Letícia Mey
Turma da Mônica – Laços, escrito por Thiago Dottori
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE:
A Vida Invisível, por Rodrigo Martirena
Bacurau, por Thales Junqueira
Kardec, por Claudio Amaral Peixoto e Helcio Pugliese
Simonal, por Yurika Yamazaki
Turma da Mônica – Laços, por Cassio Amarante e Mariana Falvo
MELHOR FIGURINO:
A Vida Invisível, por Marina Franco
Bacurau, por Rita Azevedo
Hebe: A Estrela do Brasil, por Antônio Medeiros
Kardec, por Kika Lopes e Rosangela Nascimento
Simonal, por Kika Lopes
MELHOR MAQUIAGEM:
A Vida Invisível, por Rosemary Paiva
Bacurau, por Tayce Vale
Hebe: A Estrela do Brasil, por Simone Batata
Kardec, por Anna Van Steen
Morto Não Fala, por Britney Federline
Simonal, por Rose Verçosa
MELHOR EFEITO VISUAL:
Bacurau, por Mikaël Tanguy e Thierry Delobel
Carcereiros – O Filme, por Hugo Gurgel, Guilherme Ramalho e Eduardo Schaal
Kardec, por Claudio Peralta
Morto Não Fala, por Guilherme Ramalho
Turma da Mônica – Laços, por Marco Prado
MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO:
A Vida Invisível, por Heike Parplies
Bacurau, por Eduardo Serrano
Greta, por Karen Harley
Simonal, por Pedro Bronz e Vicente Kubrusly
Turma da Mônica – Laços, por Marcelo Junqueira e Sabrina Wilkins
MELHOR MONTAGEM | DOCUMENTÁRIO:
Amazônia Groove, por Bruno Murtinho
Bixa Travesty, por Olivia Brenga
Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar, por Karen Harley
Fevereiros, por Diana Vasconcelos
Meu Amigo Fela, por Isabel Castro
Torre das Donzelas, por Célia Freitas e Paulo Mainhard
MELHOR SOM:
A Vida Invisível, por Laura Zimmerman, Waldir Xavier e Björn Wiese
Bacurau, por Nicolas Hallet, Ricardo Cutz e Cyril Holtz
Kardec, por Evandro Lima, Tomás Alem, Bernardo Uzeda, Rodrigo Noronha e Gustavo Loureiro
Simonal, por Marcel Costa, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond, Armando Torres Jr. e Renan Deodato
Turma da Mônica – Laços, por Jorge Rezende, Miriam Biderman, Toco Cerqueira e Reilly Steele
MELHOR TRILHA SONORA:
A Vida Invisível, por Benedikt Schiefer, Guilherme Garbato e Gustavo Garbato
Bacurau, por Mateus Alves e Tomaz Alves
Bixa Travesty , por Linn da Quebrada
O Juízo, por Antonio Pinto
Simonal, por Wilson Simoninha e Max de Castro
MELHOR FILME INTERNACIONAL:
Cafarnaum (Capernaum), de Nadine Labaki (Líbano)
Coringa (Joker), de Todd Phillips (EUA)
Dor e Glória (Dolor y Gloria), de Pedro Almodóvar (Espanha)
Era uma Vez em… Hollywood (Once Upon a Time in Hollywood), de Quentin Tarantino (EUA)
Parasita (Gisaengchung), de Bong Joon-Ho (Coreia do Sul)
MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO:
A Odisseia dos Tontos (La Odisea de los Giles), de Sebastián Borensztein (Argentina/Espanha)
As Filhas do Fogo (Las Hijas del Fuego), de Albertina Carri (Argentina)
Família Submersa (Familia Sumergida), de Maria Alché (Argentina/Brasil)
O Tradutor (Un traductor), de Rodrigo Barriuso e Sebastián Barriuso (Cuba/Canadá)
Vermelho Sol (Rojo), de Benjamin Naishtat (Argentina/Brasil)
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO:
Alfazema, de Sabrina Fidalgo (RJ)
Angela, de Marília Nogueira (MG)
Baile, de Cíntia Domit Bittar (SC)
Rã, de Ana Flavia Cavalcanti e Julia Zakia (SP)
Sem Asas, de Renata Martins (SP)
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO:
Amnestia, de Susanna Lira (RJ)
Extratos, de Sinai Sganzerla (SP)
Fartura, de Yasmin Thayná (RJ)
Olhos D´Água, de Daniela Thomas (RJ)
Viva Alfredinho!, de Roberto Berliner (RJ)
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO:
Apneia, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Céu da Boca, de Amanda Treze (SP)
Poética de Barro, de Giuliana Danza (MG)
Ressurreição, de Otto Guerra (RS)
Só Sei que Foi Assim, de Giovanna Muzel (RS)
MELHOR SÉRIE ANIMAÇÃO TV PAGA/ OTT:
Bobolândia Monstrolândia (1ª temporada) (Nickelodeon e TV Cultura)
Charlie, o Entrevistador de Coisas (1ª temporada) (Discovery Kids)
Lupita no Planeta de Gente Grande (1ª temporada) (TV Brasil e TV Cultura)
Turma da Mônica Jovem (1ª temporada) (Cartoon Network)
Zuzubalândia (1ª temporada) (Cartoon Network, Boomerang e Tooncast América Latina)
MELHOR SÉRIE DOCUMENTÁRIO TV PAGA/OTT:
#OFuturoÉFeminino (1ª temporada) (GNT)
1968 – O Despertar (1ª temporada) (Canal Curta)
Bandidos na TV (1ª temporada) (Netflix)
Diálogo Sobre o Cinema (1ª temporada) (Cine Brasil TV)
Quebrando o Tabu (2ª temporada) (GNT)
MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV PAGA/ OTT
Aruanas (1ª temporada) (Globoplay)
Coisa Mais Linda (1ª temporada) (Netflix)
Detetives do Prédio Azul (DPA) (12ª temporada) (Gloob)
Sessão de Terapia (4ª temporada) (Globoplay e GNT)
Sintonia (1ª temporada) (Netflix)
MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV ABERTA
Carcereiros (2ª temporada) (Globo)
Cine Holliúdy (1ª temporada) (Globo)
Elis – Viver é Melhor que Sonhar (1ª temporada) (Globo)
Segunda Chamada (1ª temporada) (Globo)
Sob Pressão (3ª temporada) (Globo)
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, criada no dia 20 de maio de 2002, foi reconhecida este ano pela AMPAS, Academy of Motion Picture Arts and Sciences, como a única entidade credenciada para indicar o filme que representa o cinema brasileiro na categoria de melhor longa-metragem internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder.
Profissionais do setor, das mais diversas áreas, podem se associar à Academia, adquirindo assim não apenas o direito de votar no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, mas de participar das assembleias e eventos que acontecem ao longo do ano, como a eleição para a comissão que escolhe o filme brasileiro indicado para representar o país no Oscar.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Jorge Peregrino e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (diretor vice-presidente), Alexandre Duvivier, Bárbara Paz, Iafa Britz e Renata Almeida Magalhães.
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