Vladimir Brichta em cena: o palhaço mais famoso dos anos 1980 na disputa pelo Oscar!
A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta sexta-feira, 15/09, na Cinemateca, em São Paulo, o longa brasileiro que vai disputar uma vaga entre os cinco finalistas na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar 2018.
Entre 23 inscritos, o escolhido foi Bingo: O Rei das Manhãs, dirigido por Daniel Rezende, que conta a história de Augusto, um artista que sonha com seu lugar sob os holofotes. A grande chance surge ao se tornar Bingo, um palhaço apresentador de um programa infantil na televisão que é sucesso absoluto. Porém, uma cláusula no contrato não permite revelar quem é o homem por trás da máscara e Augusto se torna o anônimo mais famoso do Brasil.
A definição dos membros da comissão ficou a critério da Academia Brasileira de Cinema, entidade formada por mais de 200 profissionais da área cinematográfica nacional. O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual, fez o acompanhamento. A comissão foi presidida pelo diretor vice-presidente da Academia, Jorge Peregrino, e por seis membros da ABC: André Carreira, produtor; Iafa Britz, produtora; David Schurmann, cineasta; Doc Comparato, roteirista; João Daniel Tikhomiroff, cineasta; e Miguel Faria Jr., cineasta.
Em dezembro, antes do anúncio final, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood selecionará nove produções estrangeiras. Desse grupo, saem os cinco finalistas. A lista com os indicados ao Oscar 2018 será divulgada no dia 23 de janeiro e a cerimônia está marcada para o dia 4 de março, em Los Angeles.
O representante brasileiro disputará uma vaga na 90ª edição da premiação mais importante do cinema com produções de outros países, como: Uma Mulher Fantástica, de Sebastián Lelio (Chile); On Body and Soul, de Ildikó Enyedi (Hungria); Thelma, de Joachim Trier (Noruega); São Jorge, de Marco Martins (Portugal); The Square, de Ruben Östlund (Suécia); In the Fade, de Fatih Akin (Alemanha); Happy End, de Michael Haneke (Áustria); The Insult, de Ziad Doueiri (Líbano); Carpinteros, de José María Cabral (República Dominicana); entre outros.
Vale lembrar que a última vez que o Brasil concorreu na categoria de melhor filme estrangeiro foi em 1999, com Central do Brasil. No ano passado, Pequeno Segredo, de David Schurmann, foi escolhido para representar o país, mas ficou de fora da disputa pela estatueta dourada.
Recentemente, Bingo foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma vaga entre os quatro finalistas na categoria de melhor filme ibero-americano na 32ª edição do Prêmio Goya, conhecido como o Oscar espanhol. O longa, inspirado na vida de Arlindo Barreto, que interpretou o palhaço Bozo na TV, é dirigido por Daniel Rezende, premiado montador indicado ao Oscar por Cidade de Deus, com roteiro de Luiz Bolognesi, de Bicho de Sete Cabeças, fotografia de Lula Carvalho, de Tropa de Elite, e é estrelado por Vladimir Brichta, Leandra Leal, Emanuelle Araújo e Tainá Müller.
Estavam na disputa: A Família Dionti, de Alan Minas; A Glória e a Graça, de Flávio Ramos Tambellini; Café, um Dedo de Prosa, de Maurício Squarisi; Cidades Fantasmas, de Tyrell Spencer; Como Nossos Pais, de Laís Bodansky; Corpo Elétrico, de Marcelo Caetano; Divinas Divas, de Leandra Leal; Elis, de Hugo Prata; Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé; Fala Comigo, de Felipe Sholl; Gabriel e a Montanha, de Fellipe Barbosa; História Antes de uma História, de Wilson Lazaretti; Joaquim, de Marcelo Gomes; João, o Maestro, de Mauro Lima; La Vingança, de Fernando Fraiha; Malasartes e o Duelo com a Morte, de Paulo Morelli; O Filme da Minha Vida, de Selton Mello; Polícia Federal – A Lei é Para Todos, de Marcelo Antunez; Por Trás do Céu, de Caio Sóh; Quem é Primavera das Neves, de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado; Real – O Plano por Trás da História, de Rodrigo Bittencourt; e Vazante, de Daniela Thomas.
Foto: Alisson Louback.