A Bruxa

por: Cinevitor

abruxaposterThe Witch

Diretor: Robert Eggers

Elenco: Anya Taylor-Joy, Ralph Ineson, Kate Dickie, Harvey Scrimshaw, Ellie Grainger, Lucas Dawson, Bathsheba Garnett, Sarah Stephens, Julian Richings, Wahab Chaudhry, Brooklyn Herd, Derek Herd, Viv Moore, Jeff Smith, Madlen Sopadzhiyan, Ron G. Young.

Ano: 2015

Sinopse: Após ser ameaçado de ser excomungado da igreja, um agricultor deixa sua plantação colonial e se muda com a esposa e os filhos para um terreno remoto no limite de uma floresta sinistra. Coisas estranhas e inquietantes começam a acontecer quase que imediatamente e, com a desconfiança e paranoia, os pais acusam a filha adolescente Thomasin de praticar feitiçaria. Com episódios cada vez piores, a família começa a ter sua fé, lealdade e amor testados das mais chocantes e inesquecíveis formas.

Crítica do CINEVITOR: Se você procura por um filme de terror com sustos previsíveis, monstros desfigurados, música forçada para aumentar o clima de suspense e tantos outros clichês do gênero, saiba que você não encontrará tudo isso em A Bruxa. Não de maneira exagerada e forçada, pelo menos. O cineasta Robert Eggers, vencedor do prêmio de melhor diretor no Festival de Sundance do ano passado, faz sua estreia em longas-metragens de forma brilhante com esse terror nada convencional. A história, que mostra uma família cercada pela fé, à beira dos pecados, destaca seus personagens em meio a um conflito religioso, no qual as crenças se misturam com o medo, criando um clima assustador para o filme. A fotografia de Jarin Blaschke, sombria e à luz de velas, contribui para retratar as situações pavorosas do roteiro, assim como as atuações talentosas de todo o elenco, principalmente de Anya Taylor-Joy, que interpreta a filha mais velha do casal. Em A Bruxa, tudo aterroriza: as expressões dos atores, os momentos silenciosos, a floresta, a cabana, os animais. Nada fica ileso à tensão criada pelo diretor, que também assina o roteiro, e realiza um trabalho diferente do que estamos acostumados a ver. Ao construir uma narrativa enigmática, que se estabiliza entre o terror psicológico e o sobrenatural, Eggers também se utiliza de símbolos para concretizar a veracidade das crenças de seus personagens, apresentando uma realidade até certo ponto fantasiosa, mas que condiz com as situações nefastas do filme. Tanto o terror quanto o suspense são muito bem explorados nessa trama que consegue assustar o espectador sem utilizar da mesmice. A Bruxa é terror puro, só que muito mais sofisticado. (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

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