Cannes 2023: conheça os filmes selecionados para a Quinzena dos Realizadores

por: Cinevitor
Cena de Conann, de Bertrand Mandico: selecionado

Organizada pela La Société des réalisateurs de films (la SRF), desde 1969, a Quinzena dos Realizadores (Quinzaine des Cinéastes), mostra paralela ao Festival de Cannes, colabora com a descoberta de novos cineastas independentes e contemporâneos.

Com o objetivo de ser eclética e receptiva a todas as formas de expressão cinematográfica, a Quinzena destaca a produção anual de filmes de ficção, curtas e documentários no cenário independente e também popular, com cineastas talentosos e originais.

Neste ano, em sua 55ª edição, que acontecerá entre os dias 17 e 26 de maio, o cineasta maliano Souleymane Cissé, de A Luz, Waati e O Ka, será homenageado com o Carrosse d’Or na cerimônia de abertura. Diretor, produtor, roteirista e exibidor, tornou-se, em 50 anos de carreira, o símbolo da liberdade criativa, tanto poética quanto política.

Em comunicado oficial, Julien Rejl, diretor artístico da Quinzena dos Realizadores, disse: “A Quinzena dos Realizadores nasceu quando uma comunidade de realizadores se uniu com o desejo de criar um espaço independente que encorajasse o surgimento da produção cinematográfica gratuita; independentemente da proveniência geográfica ou de qualquer outro critério limitador. Escolhemos 30 filmes que, através da sua linguagem própria, incorporam um espírito de resistência a qualquer forma de ideologia e às narrativas dominantes”.

O pôster deste ano presta uma homenagem ao cineasta português Manoel de Oliveira com uma imagem do seu filme Val Abraão, lançado em 1993, que destaca a atriz Leonor Silveira. O longa, que comemora 30 anos, é inspirado em Madame Bovary, de Gustave Flaubert, e ganhará uma exibição especial no evento.

Confira a lista completa com os filmes selecionados para a Quinzena dos Realizadores 2023:

LONGA-METRAGEM

Agra, de Kanu Behl (Índia)
Bên trong vỏ kén vàng, de Thien An Pham (Vietnã)
Blackbird Blackbird Blackberry, de Elene Naveriani (Geórgia)
Blazh, de Ilya Povolotsky (Rússia)
Conann, de Bertrand Mandico (Bélgica/França/Luxemburgo)
Creatura, de Elena Martín (Espanha)
Déserts, de Faouzi Bensaïdi (Bélgica/Dinamarca/Alemanha/França/Marrocos)
In Flames, de Zarrar Kahn (Paquistão/Canadá)
L’autre Laurens, de Claude Schmitz (Bélgica/França)
Le Livre des solutions, de Michel Gondry (França)
Le procès Goldman, de Cédric Kahn (França) (filme de abertura)
Légua, de Filipa Reis e João Miller Guerra (Portugal/França/Itália)
Mambar Pierrette, de Rosine Mbakam (Camarões/Bélgica)
Riddle of Fire, de Weston Razooli (EUA)
The Feeling That the Time for Doing Something has Passed, de Joanna Arnow (EUA)
The Sweet East, de Sean Price Williams (EUA)
Un Prince, de Pierre Creton (França)
Val Abraão, de Manoel de Oliveira (Portugal/Suíça/França) (exibição especial)
Woo-Ri-UI-Ha-Ru, de Hong Sang-soo (Coreia do Sul) (filme de encerramento)
Xiao Bai Chuan, de Zihan Geng (China)

CURTA-METRAGEM

Axxam Yaṛɣa, Maqaṛ Ansaḥmu, de Mouloud Aït Liotna
Dans la tête un orage, de Clément Pérot-Guillaume (França)
Il Compleanno di Enrico, de Francesco Sossai (Itália)
J’ai vu le visage du diable, de Julia Kowalski (França)
Lemon Tree, de Rachel Walden (EUA)
Margarethe 89, de Lucas Malbrun (Alemanha/França)
Mast-Del, de Maryam Tafakory (Irã)
Oyu, de Atsushi Hirai (Japão)
The Red Sea Makes Me Wanna Cry, de Faris Alrjoob (Jordânia)
Xia Ri Fu Ben, de Yue Pan (China)

Foto: Martin Argyroglo.

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