Diretor: Todd Haynes
Elenco: Cate Blanchett, Rooney Mara, Kyle Chandler, Jake Lacy, Sarah Paulson, John Magaro, Cory Michael Smith, Kevin Crowley, Nik Pajic, Carrie Brownstein, Trent Rowland, Sadie Heim, Kk Heim, Amy Warner, Michael Haney, Wendy Lardin, Pamela Evans Haynes, Greg Violand, Michael Joseph Thomas Ward, Kay Geiger, Christine Dye, Deb G. Girdler, Douglas Scott Sorenson, Ann Reskin, Annie Kalahurka, Linnea Bond, Steven Andrews, Tanya Smith, Ryan Wesley Gilreath, Jeremy Parker, Giedre Bond, Taylor Frey, Liberty Fraysure, James Brown, William Cross, Gary Chinn, Jim Dougherty, Bella Garcia, Robert Gerding, Nathaniel Grauwelman, Chandish Nester, Erik Sternberger, Chris Storck, William Willet, Kurt Yochum.
Ano: 2015
Sinopse: Nova York, início da década de 1950. Therese Belivet, está trabalhando em uma loja de departamento de Manhattan e sonhando com uma vida mais gratificante quando conhece Carol Aird, uma mulher sedutora presa em um casamento fracassado. Já no primeiro encontro, ambas sentem uma atração imediata e ardente, seguida de um sentimento mais profundo. Quando o envolvimento delas vem à tona, o marido de Carol a afronta, desafiando sua competência como mãe. Carol e Therese se refugiam na estrada, deixando para trás suas respectivas vidas, e logo se veem encurraladas entre as convenções e a atração mútua.
Crítica do CINEVITOR: Logo nas primeiras cenas, Carol já surpreende o espectador por sua estética visualmente bela. Não demora muito para que os encantos se estendam às suas protagonistas e também à história. O novo filme de Todd Haynes esbanja sensibilidade e delicadeza na medida certa, sem parecer piegas. Cate Blanchett, como sempre, está fascinante em uma atuação impecável. Além de transpirar elegância, a atriz entrega para o público uma personagem forte que repassa todos os seus sentimentos através de olhares, gestos e ações. A perfeição de seu trabalho fica ainda mais nítida quando percebemos a variação de suas emoções ao longo das cenas. Ao ficar triste, por exemplo, Cate muda completamente sua feição e até seus trejeitos, trazendo ainda mais veracidade ao papel, fazendo com que o espectador sinta seu sofrimento e se entregue à história. A beleza de Carol também está em seu design de produção, que recria com perfeição a década de 1950. O figurino luxuoso e a primorosa fotografia de Edward Lachman também contribuem para o crescimento da trama. O roteiro de Phyllis Nagy, baseado no livro homônimo escrito por Patricia Highsmith, aborda de forma delicada o amor entre as duas protagonistas. A história de duas mulheres apaixonadas em uma época cheia de preconceitos e tabus é retratada nas telonas com encanto e sutileza. Casada e com uma filha, Carol Aird luta para ultrapassar as barreiras da sociedade em busca da felicidade ao lado da jovem Therese Belivet, interpretada por Rooney Mara. A entrega das personagens resulta em um afável romance rodeado de angústias, porém sem questionamentos em relação ao amor. A paixão, o carinho e a atração entre elas ganha destaque ao desenrolar da trama, sem pressa de resolver a situação de uma vez. Pontos para o diretor que conduz sua obra com talento e atenção. Não bastasse tantas qualidades no filme, também chama a atenção a refinada trilha sonora de Carter Burwell que intensifica as emoções da história. Tudo é lindo em Carol: as cores, as imagens, o enredo, as protagonistas e suas atuações fortes e poderosas, a música, os cenários. E essa mistura de belezas, que exalam o amor de forma afetuosa e delicada, fazem de Carol um filme elogiável, sensível e romântico. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: