Fernando Meirelles: produtor do documentário A Grande Muralha Verde, que foi premiado.
Foram anunciados nesta quarta-feira, 30/10, no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, os vencedores da 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que nesta edição apresentou mais de 320 títulos de diversos países. A cerimônia foi apresentada por Serginho Groisman e Renata de Almeida, diretora da Mostra.
Depois de serem exibidos na programação, os filmes da seção Competição Novos Diretores mais votados pelo público foram submetidos ao Júri Internacional, formado por Beto Brant, Lisandro Alonso, Maria de Medeiros e Xénia Maingot. Na categoria de melhor ficção houve um empate e dois longas foram consagrados com o Troféu Bandeira Paulista: System Crasher e Dente de Leite.
Como de costume, a escolha do público é feita por votação. A cada sessão assistida, o espectador recebe uma cédula para votar com uma escala de 1 a 5, entregue sempre ao final do filme. O resultado proporcional dos filmes com maiores pontuações determina os vencedores.
A Abraccine, Associação Brasileira de Críticos de Cinema, também realiza tradicionalmente uma premiação e escolheu o melhor filme brasileiro entre os realizados por diretores estreantes. Neste ano, o eleito foi o longa Currais, de David Aguiar e Sabina Colares. O júri foi formado por Nayara Reynaud, José Geraldo Couto e Pablo Villaça. O filme foi escolhido “pela forma eficaz com que combina as linguagens documental e ficcional para realizar o resgate histórico essencial de um episódio pouco discutido de nosso passado e que muito revela, em suas similaridades com o presente, nossa insistência, como nação, não só em ignorar, mas punir os mais pobres por sua condição”.
A imprensa especializada que cobre o evento e tradicionalmente confere o Prêmio da Crítica, também participou da premiação. O júri contou com diversos jornalistas e críticos de cinema, entre eles, Vitor Búrigo, aqui do CINEVITOR, que subiu ao palco ao lado de Flavia Guerra para a entrega dos prêmios.
Além disso, todos os diretores que tiveram títulos selecionados para a Mostra Brasil poderiam inscrever um novo projeto para concorrer a um prêmio oferecido pelo Projeto Paradiso, uma iniciativa do Instituto Olga Rabinovich. A bolsa, no valor de R$ 30 mil, é destinada ao roteirista do projeto em fase de desenvolvimento e inclui ainda mentoria nacional, consultoria internacional e participação no Workshop Audience Design do TorinoFilmLab no Brasil.
Confira a lista completa com os vencedores da 43ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo:
TROFÉU BANDEIRA PAULISTA 2019 | JÚRI INTERNACIONAL
Melhor Documentário: Honeyland, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov (Macedônia do Norte)
Melhor Ficção (empate): System Crasher (Systemsprenger), de Nora Fingscheidt (Alemanha) e Dente de Leite (Babyteeth), de Shannon Murphy (Austrália)
PRÊMIO DO PÚBLICO
Melhor Ficção Brasileira: Pacificado, de Paxton Winters
Melhor Documentário Brasileiro: Chorão: Marginal Alado, de Felipe Novaes
Melhor Ficção Internacional: Parasita (Gisaengchung), de Bong Joon-ho (Coreia do Sul)
Melhor Documentário Internacional: A Grande Muralha Verde (The Great Green Wall), de Jared P. Scott (Reino Unido)
PRÊMIO ABRACCINE
Melhor Filme Brasileiro: Currais, de David Aguiar e Sabina Colares
PRÊMIO DA CRÍTICA
Melhor Filme Brasileiro: Aos Olhos de Ernesto, de Ana Luiza Azevedo
Melhor Filme Estrangeiro: Honeyland, de Tamara Kotevska e Ljubomir Stefanov
PRÊMIO PROJETO PARADISO
O Campo dos Lobos Guarás, de Bárbara Cunha e Paulo Caldas
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Foto: Mario Miranda Filho/Agência Foto.