Os brasileiros Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho no palco.
Foram anunciados neste sábado, 25/05, os vencedores da 72ª edição do Festival de Cannes, que este ano contou com o cineasta mexicano Alejandro González Iñárritu na presidência do júri. Elle Fanning, Maimouna N’Diaye, Robin Campillo, Kelly Reichardt, Enki Bilal, Alice Rohrwacher, Yorgos Lanthimos e Paweł Pawlikowski completavam o time responsável por avaliar e premiar os filmes da Competição Oficial.
Neste ano, o drama sul-coreano Gisaengchung (Parasite), de Bong Joon-ho, recebeu a Palma de Ouro, prêmio máximo do festival. O brasileiro Bacurau, escrito e dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles levou o Prêmio do Júri, que empatou com o francês Les misérables, de Ladj Ly. Vale lembrar que Kleber Mendonça Filho passou pela Competição Oficial de Cannes em 2016, com Aquarius, protagonizado por Sonia Braga. No ano seguinte, foi presidente do júri da Semana da Crítica.
O filme Nuestras Madres (Our Mothers), de César Díaz, e exibido na Semana da Crítica, recebeu o prêmio Câmera de Ouro, dedicado a diretores estreantes. Neste ano, o ator francês Alain Delon recebeu a Palma de Ouro honorária. Sylvester Stallone também foi homenageado e exibiu um material inédito de Rambo V: Last Blood.
Além disso, antes da premiação também foram divulgados os vencedores dos três prêmios concedidos pela FIPRESCI, Federação Internacional de Críticos de Cinema, que elege as melhores produções da Competição Oficial, da mostra Un Certain Regard e da Semana da Crítica ou Quinzena dos Realizadores.
Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cannes 2019:
COMPETIÇÃO OFICIAL:
Palma de Ouro: Gisaengchung (Parasite), de Bong Joon-ho (Coreia do Sul)
Grand Prix: Atlantique, de Mati Diop (França)
Melhor Direção: Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne, por Le jeune Ahmed (Young Ahmed) (Bélgica)
Prêmio do Júri: Les misérables, de Ladj Ly (França) e Bacurau, de Juliano Dornelles e Kleber Mendonça Filho (Brasil)
Melhor Ator: Antonio Banderas, por Dor e Glória
Melhor Atriz: Emily Beecham, por Little Joe
Melhor Roteiro: Portrait de la jeune fille en feu, escrito por Céline Sciamma (França)
Menção Especial: It Must Be Heaven, de Elia Suleiman (França/Canadá)
Palma de Ouro | Curta-metragem: The Distance Between Us and the Sky, de Vasilis Kekatos (Grécia/França)
Menção Especial do Júri | Curta-metragem: Monstruo Dios, de Agustina San Martín (Argentina)
CÂMERA DE OURO | Caméra d’Or: Nuestras Madres (Our Mothers), de César Díaz (Guatemala/Bélgica/França)
MOSTRA UN CERTAIN REGARD | UM CERTO OLHAR:
Prêmio Un Certain Regard: A Vida Invisível de Eurídece Gusmão, de Karim Aïnouz (Brasil)
Melhor Interpretação: Chiara Mastroianni, por Chambre 212
Prêmio Especial do Júri: Liberté, de Albert Serra (Espanha)
Melhor Direção: Kantemir Balagov, por Dylda (Beanpole)
Prêmio do Júri: O que Arde (Viendra le feu), de Olivier Laxe (Espanha/França/Luxemburgo)
Menção Especial do Júri: Jeanne (Joan of Arc), de Bruno Dumont (França)
Coup de Coeur (empate): The Climb, de Michael Angelo Covino (EUA) e La femme de mon frère (A Brother’s Love), de Monia Chokri (Canadá)
QUINZENA DOS REALIZADORES:
Prêmio SACD (Society of Dramatic Authors and Composers): Une fille facile (An Easy Girl), de Rebecca Zlotowski (França)
Label Cinema Europa: Alice et le Maire (Alice and the Mayor), de Nicolas Pariser (França)
Prêmio illy | Melhor curta-metragem: HãY TỉNH THứC Và SẵN SàNG (Stay Awake, Be Ready), de An Pham Thien (Vietnã/Coreia do Sul/EUA)
SEMANA DA CRÍTICA:
Grande Prêmio Nespresso: J’ai perdu mon corps (I Lost My Body), de Jérémy Clapin (França)
Prêmio SACD (Society of Dramatic Authors and Composers): Nuestras Madres (Our Mothers), escrito por César Díaz (Guatemala/Bélgica/França)
Prêmio Gan Foundation de Distribuição: Vivarium, de Lorcan Finnegan (Irlanda/Bélgica/Dinamarca)
Prêmio Canal+ | Curta-metragem: Ikki illa meint (Sans mauvaise intention), de Andrias Høgenni (Dinamarca/Ilhas Faroé)
Prêmio Louis Roederer Foundation | Revelação: Ingvar E. Sigurðsson, por Hvítur, Hvítur Dagur (A White, White Day)
Prêmio Leica Cine Discovery | Curta-metragem: She Runs, de Qiu Yang (China/França)
PRÊMIOS FIPRESCI | Federação Internacional de Críticos de Cinema:
Competição Oficial: It Must Be Heaven, de Elia Suleiman (França/Canadá)
Un Certain Regard: Dylda (Beanpole), de Kantemir Balagov (Rússia)
Semana da Crítica/Quinzena dos Realizadores: The Lighthouse, de Robert Eggers (Canadá/EUA)
JÚRI ECUMÊNICO:
Melhor Filme: A Hidden Life, de Terrence Malick (EUA/Alemanha)
L’Œil d’or (Olho de Ouro) | MELHOR DOCUMENTÁRIO:
For Sama, de Waad Al-Khateab e Edward Watts (Reino Unido) e La Cordillère des songes, de Patricio Guzmán (França/Chile)
CINÉFONDATION:
Primeiro Prêmio: Mano a Mano, de Louise Courvoisier (CinéFabrique/França)
Segundo Prêmio: Hieu, de Richard Van (CalArts/EUA)
Terceiro Prêmio (empate): Ambience, de Wisam Al-Jafari (Dar al-Kalima University College of Arts & Culture/Palestina) e Duszyczka (The Little Soul), de Barbara Rupik (PWSFTviT/Polônia)
QUEER PALM:
Melhor longa-metragem: Portrait de la jeune fille en feu, de Céline Sciamma (França)
Melhor curta-metragem: The Distance Between Us and the Sky, de Vasilis Kekatos (Grécia/França)
PALM DOG: Brandy, o pit bull de Era Uma Vez em… Hollywood, de Quentin Tarantino
Foto: Getty Images Europe.