Conheça os vencedores do Festival de Veneza 2019; produções brasileiras são premiadas

por: Cinevitor

barbarapazvenezapremioBárbara Paz: premiada com filme sobre Hector Babenco.

Foram anunciados neste sábado, 07/09, os vencedores da 76ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza. O júri, presidido pela cineasta argentina Lucrecia Martel, concedeu o Leão de Ouro de melhor filme, prêmio máximo do evento, para Coringa, de Todd Phillips. O longa, protagonizado por Joaquin Phoenix, é centrado no icônico arqui-inimigo e traz uma história original e independente nunca antes vista nos cinemas.

Completavam o time de jurados deste ano: o historiador canadense e crítico de cinema, Piers Handling; a atriz Stacy Martin; o diretor de fotografia mexicano Rodrigo Prieto; a cineasta canadense Mary Harron; o cineasta japonês Tsukamoto Shinya; e o diretor italiano Paolo Virzì.

O brasileiro Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz, conquistou o prêmio de melhor documentário da mostra Venice Classics. Além disso, no dia anterior à cerimônia oficial, o longa também foi consagrado com o Bisato d’Oro, Prêmio da Crítica Independente. O filme traça um paralelo entre a arte e a doença de Babenco e revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida.

Outra produção brasileira que se destacou foi A Linha, de Ricardo Laganaro, com o prêmio de Melhor Experiência Interativa da mostra de Realidade Virtual. Com a voz do ator Rodrigo Santoro, a experiência narrativa e interativa convida o público para uma imersão na São Paulo da década de 1940, onde apresenta a história de Rosa e Pedro, dois bonecos de maquete que devem lidar com a rotina e o medo da mudança. Através da movimentação do corpo, a história conduz o usuário aos altos e baixos da história de amor dos dois personagens

Confira a lista completa com os vencedores do Festival de Cinema de Veneza 2019:

COMPETIÇÃO OFICIAL

MELHOR FILME | LEÃO DE OURO: Coringa (Joker), de Todd Phillips (EUA)
MELHOR DIREÇÃO | LEÃO DE PRATA: Roy Andersson, por Om det oändliga (About Endlessness)
GRANDE PRÊMIO DO JÚRI: J’accuse, de Roman Polanski (França/Itália)
PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATRIZ: Ariane Ascaride, por Gloria Mundi
PRÊMIO COPPA VOLPI | MELHOR ATOR: Luca Marinelli, por Martin Eden
MELHOR ROTEIRO: Ji Yuan Tai Qi Hao (No. 7 Cherry Lane), escrito por Yonfan (Hong Kong)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: La mafia non è più quella di una volta, de Franco Maresco (Itália)
PRÊMIO MARCELLO MASTROIANNI | ATOR/ATRIZ EM ASCENSÃO: Toby Wallace, por Babyteeth

MOSTRA ORIZZONTI

MELHOR FILME: Atlantis, de Valentyn Vasyanovych (Ucrânia)
MELHOR DIREÇÃO: Theo Court, por Blanco en Blanco
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: Verdict, de Raymund Ribay Gutierrez (Filipinas)
MELHOR ATOR: Sami Bouajila, por Bik eneich – Un fils
MELHOR ATRIZ: Marta Nieto, por Madre
MELHOR ROTEIRO: Revenir, escrito por Jessica Palud, Philippe Lioret e Diastème
MELHOR CURTA-METRAGEM: Darling, de Saim Sadiq (Paquistão/EUA)
VENICE SHORT FILM | Indicação ao European Film Awards: Cães que ladram aos pássaros (Dogs Barking at Birds), de Leonor Teles (Portugal)

VENICE VIRTUAL REALITY

Melhor História: Daughters of Chibok, de Joel Kachi Benson (Nigéria)
Melhor Experiência Interativa em Realidade Virtual: A Linha (The Line), de Ricardo Laganaro (Brasil)
Grande Prêmio do Júri: The Key, de Celine Tricart (EUA)

VENICE CLASSICS

Melhor Documentário: Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz (Brasil)
Melhor Filme Restaurado: Êxtase (Ekstase), de Gustav Machatý (Checoslováquia/Áustria, 1932)

OUTROS PRÊMIOS:

LEÃO DO FUTURO | MELHOR FILME DE ESTREIA: You Will Die at 20, de Amjad Abu Alala (Sudão/França/Egito/Alemanha/Noruega/Qatar)
PRÊMIO FIPRESCI: J’accuse, de Roman Polanski
LEÃO DE OURO | Lifetime Achievement: Pedro Almodóvar

Foto: Divulgação.

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