Lucy e Luiz Carlos Barreto no palco: prêmio especial.
Foram anunciados nesta quarta-feira, 07/11, os vencedores do Prêmio Iberoamericano de Cine Fénix 2018, que celebra o trabalho daqueles que se dedicam ao cinema na América Latina, Espanha e Portugal. A premiação anual, criada em 2014 e organizada pela Cinema 23, reúne a comunidade cinematográfica ibero-americana para reconhecer aqueles que contribuem para o cinema da região com seu trabalho criativo.
O troféu concedido aos vencedores foi criado pelo artista brasileiro Artur Lescher e representa um ovo da ave Fênix, que faz uma metáfora do renascimento em diferentes processos que compõem a criação cinematográfica: ideia, desenvolvimento, realização, distribuição e exibição.
Neste ano, na quinta edição do evento, realizado na Cidade do México, o cinema brasileiro esteve representado com diversas produções, como: Benzinho, de Gustavo Pizzi, na categoria de melhor atriz para Karine Teles; As Boas Maneiras, de Juliana Rojas e Marco Dutra, indicado a melhor filme de ficção e melhor edição; os documentários Ex-Pajé, Baronesa, O Processo e Bixa Travesty; e o drama Azougue Nazaré, de Tiago Melo.
O brasileiro Rodrigo Santoro recebeu uma indicação ao prêmio de melhor ator pelo drama cubano Un Traductor. Além disso, o Brasil também se destacou com suas coproduções, como o argentino Zama, de Lucrecia Martel, que rendeu prêmios a duas brasileiras: Renata Pinheiro e Karen Harley; o paraguaio As Herdeiras, premiado na categoria de melhor direção; e o documentário Aeroporto Central, do cineasta brasileiro Karim Aïnouz, coprodução com a Alemanha e França, vencedor na categoria de melhor fotografia em documentário.
O produtor e diretor brasileiro Luiz Carlos Barreto foi um dos homenageados da noite e recebeu um Prêmio Especial por seu trabalho; o crítico argentino Luciano Monteagudo também foi consagrado com uma homenagem na cerimônia.
A novidade deste ano ficou por conta do Prêmio Netflix Ópera Prima, que reconhece um diretor de cinema por sua primeira obra, como parte dos filmes de ficção e documentário indicados aos Prêmios Fénix. O vencedor foi o paraguaio As Herdeiras (Las Herederas), de Marcelo Martinessi. Nesta primeira edição, oito diretores foram indicados, entre eles, os brasileiros Tiago Melo, de Azougue Nazaré, e Juliana Antunes, de Baronesa. O premiado terá apoio da equipe de pós-produção da Netflix para seu próximo projeto e um suporte econômico de US$ 15.000 para a distribuição do filme.
Conheça os vencedores do Prêmio Iberoamericano de Cine Fénix 2018:
MELHOR FILME | FICÇÃO:
Pájaros de Verano, de Cristina Gallego e Ciro Guerra (Colômbia/México/Dinamarca/França)
MELHOR FILME | DOCUMENTÁRIO:
Muitos Filhos, um Macaco e um Castelo (Muchos hijos, un mono y un castillo), de Gustavo Salmerón (Espanha)
MELHOR DIREÇÃO:
Marcelo Martinessi, por As Herdeiras
MELHOR ATRIZ:
Carmiña Martínez, por Pájaros de Verano
MELHOR ATOR:
Lorenzo Ferro, por O Anjo (El Ángel)
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE:
Zama, por Renata Pinheiro
MELHOR EDIÇÃO:
Zama, por Karen Harley e Miguel Schverdfinger
MELHOR FOTOGRAFIA | FICÇÃO:
Zama, por Rui Poças
MELHOR FOTOGRAFIA | DOCUMENTÁRIO:
Aeroporto Central, por Juan Sarmiento G.
MELHOR ROTEIRO:
Matar a Jesús, escrito por Laura Mora Ortega e Alonso Torres
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL:
Pájaros de Verano, por Leonardo Heiblum
MELHOR SOM:
Zama, por Guido Berenblum e Emmanuel Croset
MELHOR FIGURINO:
A Livraria, por Mercè Paloma
PRÊMIO NETFLIX ÓPERA PRIMA:
As Herdeiras, de Marcelo Martinessi
MELHOR SÉRIE:
La casa de papel (segunda temporada)
MELHOR ELENCO | SÉRIE:
Aquí en la Tierra (primeira temporada)
Foto: Divulgação.