Cineasta: Letícia Simões apresentou seu novo filme no 8º Olhar de Cinema.
A cineasta baiana Letícia Simões passou pelo Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba pela primeira vez no ano passado com O Chalé é Uma Ilha Batida de Vento e Chuva. O longa recebeu o Prêmio Looke de Distribuição e também foi escolhido como o melhor longa-metragem brasileiro da mostra Outros Olhares.
Nesta oitava edição, Letícia volta ao evento com o documentário Casa, só que na mostra Competitiva. A trama acompanha o retorno de uma filha ausente (a diretora) à cidade onde nasceu por medo de uma crise de sua mãe bipolar, que serve de gatilho para uma reaproximação familiar. O filme elabora com sensibilidade uma árvore genealógica fílmica pautada pela relação entre elas (e também com a avó) e se permite cruzar histórias, formas de escrita de si – cartas, testemunhos, entrevistas – e arquivos imagéticos, entendendo a complexidade da incidência do tempo sobre as memória, os corpos e as relações pessoais, que são também dotadas de tensões. Além disso, Casa convoca relatos sobre uma cidade e uma geração de modo a extrapolar o caráter pretensamente íntimo de uma narrativa pessoal.
Letícia Simões é poeta, documentarista e roteirista brasileira. Também dirigiu os documentários Bruta Aventura em Versos e Tudo vai ficar da cor que você quiser, que, juntos com O Chalé é Uma Ilha Batida de Vento e Chuva formam uma trilogia sobre poetas brasileiros. É mestre em Filme-ensaio pela EICTV, em Cuba, e em Estudos Contemporâneos da Arte pela UFF, no Rio de Janeiro. Seus poemas foram traduzidos para o inglês, espanhol e alemão.
A diretora marcou presença nesta edição do Olhar de Cinema e falou com o CINEVITOR sobre o processo de criação de Casa, filmagens, a relação com as personagens do filme, entre outros assuntos.
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Foto: Isabella Lanave.