Linn da Quebrada no documentário Bixa Travesty: selecionado.
A 68ª edição do Festival de Berlim acontecerá entre os dias 15 e 25 de fevereiro de 2018 com o cineasta alemão Tom Tykwer, de Corra, Lola, Corra, Perfume: A História de um Assassino e Negócio das Arábias, como presidente do júri e a animação Isle of Dogs, de Wes Anderson, na noite de abertura.
Nesta sexta-feira, 15/12, os primeiros filmes selecionados já foram anunciados e nos próximos dias, novas produções serão divulgadas. A mostra Panorama, com curadoria da produtora espanhola Paz Lázaro, que destaca filmes estreantes e de diretores renomados, revelou, por enquanto, onze produções já confirmadas na programação, entre elas, três documentários brasileiros: Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman; Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi; e Zentralflughafen THF, uma coprodução entre Alemanha, Brasil e França, dirigida por Karim Aïnouz, que esteve na Berlinale recentemente, em 2014, com Praia do Futuro.
Em Bixa Travesty, o corpo feminino trans se torna um meio político de expressão no espaço público e privado. A cantora trans Linn da Quebrada, uma artista carismática e com uma presença extraordinária no palco, reflete sobre o gênero, com participações de Jup do Bairro e Liniker.
No documentário Ex-Pajé, destaca-se o drama contemporâneo dos povos indígenas a partir da história de Perpera, um índio Paiter Suruí que viveu até os 20 anos num grupo isolado na floresta onde se tornou pajé. Após o contato com os brancos, um pastor evangélico afirma que os atos e saberes do pajé são coisas do diabo e Perpera passa a viver um conflito interno. Apesar de se dizer evangélico e se definir como ex-pajé, continua tendo visões dos espíritos da floresta.
Cena de Ex-Pajé, de Luiz Bolognesi.
Em Zentralflughafen THF, o cineasta brasileiro Karim Aïnouz filma o cotidiano dos refugiados nos hangares do extinto aeroporto de Berlim, Tempelhof. Enquanto eles sonham com o destino final, os berlinenses fogem de suas vidas cotidianas para o parque público em Tempelhofer Feld.
Conheça os primeiros filmes selecionados para a mostra Panorama do Festival de Berlim 2018:
Aeroporto Central (Zentralflughafen THF), de Karim Aïnouz (Alemanha/Brasil/França)
L’Animale, de Katharina Mückstein (Áustria)
Bixa Travesty (Tranny Fag), de Claudia Priscilla e Kiko Goifman (Brasil)
Ex-Pajé (Ex Shaman), de Luiz Bolognesi (Brasil)
La omisión (The Omission), de Sebastián Schjaer (Argentina/Holanda/Suíça)
Malambo, el hombre bueno (Malambo, the Good Man), de Santiago Loza (Argentina)
Obscuro Barroco, de Evangelia Kranioti (França/Grécia)
Profile, de Timur Bekmambetov (EUA/Reino Unido/Chipre)
River’s Edge, de Isao Yukisada (Japão)
That Summer, de Göran Hugo Olsson (Suécia/Dinamarca/EUA)
Yocho (Yocho (Foreboding)), de Kiyoshi Kurosawa (Japão)
Foto: Divulgação.