Festival de Berlim 2021 divulga seleção de curtas-metragens e títulos da mostra Forum

por: Cinevitor

barbarabenjaminberlim2021Cena do curta One Hundred Steps, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca.

Depois de anunciar os selecionados para a Berlinale Series e mostra Generation, a 71ª edição do Festival Internacional de Cinema de Berlim, que acontecerá em duas etapas por conta da pandemia de Covid-19, divulgou nesta terça-feira, 09/02, novos títulos em sua programação.

Na mostra Forum, dezessete filmes completam a seleção que concentra-se em trabalhos que lidam com as incertezas do mundo exterior ao abraçar a imprevisibilidade em seus enredos e estruturas. A lista mostra uma preferência ao frágil e ao comprovado, com mais espaço dedicado aos cineastas em início de carreira do que aos seus colegas mais consolidados. Muitos filmes fazem desvios narrativos, oscilando entre a ficção e o documentário, por exemplo. Os filmes da Forum atuam, portanto, como uma ajuda significativa para permitir que nossos pensamentos e imaginações permaneçam abertos para o mundo exterior.

Enquanto isso, na Forum Expanded, que este tem como título The Days Float Through My Eyes, trecho retirado da música Changes, de David Bowie, a programação apresenta quatro seleções de curtas-metragens e três longas, com um total de 18 filmes a serem exibidos em março. Oito instalações também serão apresentadas em junho, na segunda etapa do festival.

Dirigido por Manque La Banca, Esquí (Ski), uma coprodução entre Argentina e Brasil presente na mostra Forum, oscila entre a ficção e o documentário e mergulha em arquivos para conectar descobertas do passado com o presente. Já na Forum Expanded, destaque para a instalação Se hace camino al andar, de Paula Gaitán, artista plástica, fotógrafa, poeta e cineasta franco-colombiana, que mudou-se para o Brasil em 1977 e logo ingressou na sétima arte.

paulagaitanberlim2021Se hace camino al andar, de Paula Gaitán.

Na mostra Berlinale Shorts, que destaca os curtas-metragens, vinte filmes apresentam sua própria abordagem da realidade: alguns examinam a história colonial e encontram novas maneiras de interpretá-la; outros se opõem à violência política e ao terror de direita para evitar que esqueçamos. Eles enfrentam traumas em corpos individuais e famílias para encontrar respostas; falam como devem processar nossa sociedade ou desafiar suas instituições. Há um grande desejo de compreender e de ser compreendido. Sendo assim, é possível imaginar uma nova união e as janelas para o futuro estão abertas.

Os 20 curtas-metragens, de 17 países, apresentam diferentes linguagens formais e variam de formatos ficcionais a filmes experimentais, animações, formas híbridas e documentais. Por aqui, destaque para a coprodução entre França e Alemanha, One Hundred Steps, da cineasta brasileira Bárbara Wagner e Benjamin de Burca, premiados em Berlim em 2019 com o curta Rise. A dupla tem se consagrado internacionalmente com diversos filmes, como: Swinguerra, Terremoto Santo, entre outros.

Os vencedores das mostras paralelas da Berlinale 2021 serão decididos por um Júri Internacional e serão anunciados durante o Industry Event, que acontecerá virtualmente em março. A cerimônia de premiação será realizada em junho, durante o Especial de Verão da Berlinale.

Conheça os novos títulos selecionados para o Festival de Berlim 2021:

FORUM

À pas aveugles (From Where They Stood), de Christophe Cognet (França/Alemanha)
Anmaßung (Anamnesis), de Chris Wright e Stefan Kolbe (Alemanha)
Doch rybaka (Tzarevna Scaling), de Uldus Bakhtiozina (Rússia)
Esquí (Ski), de Manque La Banca (Argentina/Brasil)
The First 54 Years – An Abbreviated Manual for Military Occupation, de Avi Mograbi (França/Finlândia/Israel/Alemanha)
Garderie nocturne (Night Nursery), de Moumouni Sanou (Burkina Faso/França/Alemanha)
The Inheritance, de Ephraim Asili (EUA)
Jai jumlong (Come Here), de Anocha Suwichakornpong (Tailândia)
Juste un mouvement (Just A Movement), de Vincent Meessen (Bélgica/França)
Mbah Jhiwo (Mbah Jhiwo/Ancient Soul), de Alvaro Gurrea (Espanha)
No táxi do Jack (Jack’s Ride), de Susana Nobre (Portugal)
Qué será del verano (What Will Summer Bring), de Ignacio Ceroi (Argentina)
A River Runs, Turns, Erases, Replaces, de Shengze Zhu (EUA)
Sichuan hao nuren (The Good Woman of Sichuan), de Sabrina Zhao (Canadá)
Ste. Anne, de Rhayne Vermette (Canadá)
Taming the Garden, de Salomé Jashi (Suíça/Alemanha/Geórgia)
La veduta luminosa (The Luminous View), de Fabrizio Ferraro (Itália/Espanha)

FORUM EXPANDED

Black Bach Artsakh, de Ayreen Anastas e Rene Gabri (República de Artsaque)
Ploy, de Prapat Jiwarangsan (Tailândia/Singapura)
Saba’ sanawat hawl delta al-neel (Seven Years Around the Nile Delta), de Sharief Zohairy (Egito)
Songs of the Shirt, de Kerstin Schroedinger (Alemanha)
Lost on Arrival, de PolakVanBekkum (Holanda)
Böse zu sein ist auch ein Beweis von Gefühl (Fury is a Feeling Too), de Cynthia Beatt (Alemanha)
Night for Day, de Emily Wardill (Portugal/Áustria)
13 Ways of Looking at a Blackbird, de Ana Vaz (Portugal)
Autotrofia, de Anton Vidokle (Itália)
The Coast, de Sohrab Hura (Índia)
May June July, de Kevin Jerome Everson (EUA)
Bicentenario, de Pablo Alvarez Mesa (Colômbia/Canadá)
“레드필터가 철회됩니다.” (“The Red Filter is Withdrawn.“), de Minjung Kim (Coreia do Sul)
Mudança (Upheaval), de Welket Bungué (Alemanha/Portugal)
After Life Followed by Red Impasto Jar, de Jonna Kina (Finlândia)
Kapita, de Petna Katondolo (EUA)
Zahlvaterschaft (Fatherland), de Moritz Siebert (Alemanha)
Ahorita Frames, de Angelika Levi (Alemanha)

FORUM EXPANDED | INSTALAÇÕES

All of Your Stars are But Dust on my Shoes, de Haig Aivazian (Líbano)
Black Beauty: For a Shamanic Cinema, de Grace Ndiritu (Espanha/Reino Unido/Bélgica)
Jole dobe na (Those Who Do Not Drown), de Naeem Mohaiemen (Índia/Japão/Suécia)
Medicine and Magic, de Thirza Cuthand (Canadá)
Se hace camino al andar, de Paula Gaitán (Brasil)
Sous le masque blanc: le film qu’Haesaerts aurait pu réaliser (Under the White Mask: The Film That Haesaerts Could Have Made), de Matthias De Groof (Bélgica)
The Song of the Shirt, de Kerstin Schroedinger (Alemanha)
Voices and Shells, de Maya Schweizer (Alemanha)
The Wake, de The Living and the Dead Ensemble (Haiti/França/Reino Unido)
The Zama Zama Project, de Rosalind Morris (EUA/África do Sul/Canadá)

BERLINALE SHORTS

Al motociclista no le cabe la felicidad en el traje (Motorcyclist’s Happiness Won’t Fit Into His Suit), de Gabriel Herrera (México)
Les Attendants (The Men Who Wait), de Truong Minh Quý (França/Indonésia/Singapura)
Blastogenese X (Blastogenesis X), de Conrad Veit e Charlotte Maria Kätzl (Alemanha)
Deine Strasse (Your Street), de Güzin Kar (Suíça)
Easter Eggs, de Nicolas Keppens (Bélgica/França/Holanda)
Das Glitzern im Barbieblut (Glittering Barbieblood), de Ulu Braun (Alemanha)
International Dawn Chorus Day, de John Greyson (Canadá)
A Love Song in Spanish, de Ana Elena Tejera (França/Panamá)
Luz de Presença (A Present Light), de Diogo Costa Amarante (Portugal)
More Happiness, de Livia Huang (EUA)
Nanu Tudor (My Uncle Tudor), de Olga Lucovnicova (Bélgica/Portugal/Hungria)
One Hundred Steps, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (França/Alemanha)
One Thousand and One Attempts to Be an Ocean, de Wang Yuyan (França)
Rehearsal, de Michael Omonua (Nigéria)
Si t’as un coeur (Young Hearts), de Émilie Vandenameele (França)
Strange Object, de Miranda Pennell (Reino Unido)
Vadim na progulke (Vadim on a Walk), de Sasha Svirsky (Rússia)
Ventana (Window), de Edgar Jorge Baralt (EUA)
Xia Wu Guo Qu Le Yi Ban (Day Is Done), de Zhang Dalei (China)
Zonder Meer, de Meltse Van Coillie (Bélgica)

Foto: Divulgação.

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