Festival de Cinema de Gramado 2022: conheça os filmes selecionados

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em A Mãe, de Cristiano Burlan: em competição.

Foram anunciados nesta sexta-feira, 08/07, em uma coletiva de imprensa, os filmes selecionados e detalhes da 50ª edição do Festival de Cinema de Gramado, que acontecerá entre os dias 12 e 20 de agosto.

Neste ano, foram mais de mil títulos inscritos e as curadorias e comissões de seleção escolheram sete longas-metragens brasileiros, sete longas-metragens estrangeiros, cinco longas-metragens gaúchos, 14 curtas-metragens brasileiros e 17 curtas-metragens gaúchos.

Dos 50 filmes anunciados, a diversidade e o ineditismo permeiam todas as produções. Dentre os destaques nacionais, filmes de todas as regiões do Brasil e que abordam questões pertinentes ao período político e social do país. Os curtas brasileiros apresentam um feito inédito: metade dos filmes selecionados terão Gramado como sua primeira tela de exibição. A diversidade está também na seleção estrangeira, que, neste ano, conta com filmes da América do Sul, do Norte e Europa, produções reconhecidas em outros festivais pelo mundo e que ganham projeção nacional a partir de Gramado

Os filmes serão exibidos presencialmente em Gramado, entre os dias 12 e 19 de agosto, no tradicional Palácio dos Festivais que, este ano, volta a receber realizadores, elenco e público. Na noite do dia 20 de agosto, serão revelados os vencedores dos kikitos. Ao total, serão entregues 49 kikitos e 11 troféus Assembleia Legislativa, além das tradicionais homenagens. Em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), por meio do Instituto Estadual de Cinema (Iecine), o Festival de Gramado entregará, ainda, três Prêmios Gramado 50 anos e o Troféu Leonardo Machado.

Durante o encontro com os jornalistas, a secretária de Turismo de Gramado e presidente da Gramadotur, Rosa Helena Volk, enfatizou que o mais importante desta edição de número 50 é a celebração, pois “o festival colocou Gramado no mapa do Brasil, tanto da cultura como do audiovisual”. Também, trazer a coletiva de imprensa mostra “o quanto a cidade e o festival tem um DNA próximo”.

Marcos Santuario, curador do festival, destacou o quanto a “curadoria está feliz pela potência dos filmes que se apresentaram, mostrando a diversidade e a força criativa presente na produção brasileira e ibero-americana”.

Em 1973, Gramado uniu sua vocação turística ao audiovisual. Ali surgia um evento com o DNA da inovação e que ditaria os rumos da produção cinematográfica brasileira pelas próximas décadas. O Festival de Cinema de Gramado chega a seu cinquentenário com fôlego, mantendo a tradição de ser o mais antigo festival de cinema ininterrupto do Brasil e carregando em sua história as marcas da transformação.

Quando comemora 50 anos de existência, Gramado relembra também três décadas de sua internacionalização. Em 1992, quando o evento se tornou ibero-americano, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar recebeu o primeiro kikito entregue a um filme de língua não portuguesa. Nesses 30 anos, alguns dos maiores nomes do setor passaram por Gramado, que abriu vitrine nacional para produções de fora. 

A edição de número 50 marca, ainda, o retorno ao presencial. Após dois anos em formato remoto, Gramado volta a reunir realizadores, produtores, elenco, público e imprensa em uma grande ode ao fazer cinematográfico. Sucedendo edições marcadas pelo pioneirismo e pela devoção à sétima arte, é hora do Festival de Gramado estender novamente seu tapete vermelho.  

O Troféu Eduardo Abelin, homenagem concedida a diretores, cineastas e entidades de cinema pelo trabalho feito em benefício do cinema brasileiro, será entregue a Joel Zito Araújo. Já o Troféu Cidade de Gramado, dedicado a nomes ligados a Gramado e ao festival, este ano será concedido à atriz gaúcha Araci Esteves. Clique aqui e saiba mais.

Consagrado como o espaço dedicado ao mercado do cinema e do audiovisual dentro do Festival de Cinema de Gramado, o Gramado Film Market chega ao seu sexto ano em 2022 em duas etapas. Além disso, como já é tradição, a noite que antecede a abertura do Festival de Cinema de Gramado é dedicada aos trabalhos do Programa Municipal Escola de Cinema, o Educavídeo. A iniciativa, que está em seu 12º ano, estimula a realização audiovisual aos alunos da rede municipal. No dia 11 de agosto, os curtas-metragens realizados pelos estudantes serão exibidos no Palácio dos Festivais em uma première que prestigia o potencial criativo dos jovens realizadores. 

Na próxima terça-feira, 12/07, faltando um mês para o começo do evento, o Festival de Cinema de Gramado levará um pouco do charme da serra gaúcha ao Rio de Janeiro, onde serão anunciados os homenageados com os troféus Oscarito e Kikito de Cristal e os longas-metragens documentais selecionados. O encontro vai reunir organização, curadoria, entidades, realizadores e imprensa.

A nova mostra de documentários brasileiros é uma das novidades do evento para seu cinquentenário. Aliando o retorno ao formato presencial com as inovações advindas da pandemia, os selecionados terão uma janela de exibição diferenciada: os cinco filmes serão veiculados pelo Canal Brasil, dentro da programação do Festival de Gramado, e disponibilizados no Globoplay durante o evento. Escolhido pelo júri, o vencedor será, ainda, exibido no Palácio dos Festivais como filme de encerramento da edição. 

Conheça os filmes selecionados para o Festival de Gramado 2022:

LONGAS-METRAGENS BRASILEIROS

A Mãe, de Cristiano Burlan (SP)
A Porta ao Lado, de Julia Rezende (RJ)
Marte Um, de Gabriel Martins (MG)
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (AC)
O Clube dos Anjos, de Angelo Defanti (RJ)
O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte (DF)
Tinnitus, de Gregorio Graziosi (SP)

LONGAS-METRAGENS ESTRANGEIROS

9, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca (Uruguai)
Cuando Oscurece, de Néstor Mazzini (Argentina/Uruguai)
El Camino de Sol, de Claudia Sainte-Luce (México)
Inmersión, de Nicolas Postiglione (Chile/México)
La Boda de Rosa, de Iciar Bollain (Espanha/França)
La Pampa, de Dorian Fernández Moris (Peru/Chile/Espanha)
O Último Animal, de Leonel Vieira (Portugal/Brasil)

CURTAS-METRAGENS BRASILEIROS

Benzedeira, de Pedro Olaia e San Marcelo (PA)
Deus Não Deixa, de Marçal Vianna (RJ)
Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (RJ)
Ímã de Geladeira, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo (SE)
Mas Eu Não Sou Alguém, de Gabriel Duarte e Daniel Eduardo (SP)
O Elemento Tinta, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (SP)
O Fim da Imagem, de Gil Baroni (PR)
O Pato, de Antônio Galdino (PB)
Serrão, de Marcelo Lin (MG)
Socorro, de Susanna Lira (PA)
Solitude, de Tami Martins e Aron Miranda (AP)
Tekoha, de Carlos Adriano (SP)
Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (RJ)
Um Tempo para Mim, de Paola Mallmann (RS)

LONGAS-METRAGENS GAÚCHOS

5 Casas, de Bruno Gularte Barreto (Dom Pedrito)
Campo Grande é o Céu, de Bruna Giuliatti, Jhonatan Gomes e Sérgio Guidoux (Mostardas)
Casa Vazia, de Giovani Borba (Santana do Livramento/Rivera)
Despedida, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (Pelotas/Porto Alegre/Viamão)
Dog Never Raised – Cachorro Inédito, de Bruno de Oliveira (Porto Alegre/São Leopoldo)

CURTAS-METRAGENS GAÚCHOS

A Diferença entre Mongóis e Mongoloides, de Jonatas Rubert (Porto Alegre/Canoas)
Apenas para Registro, de Valentina Ritter Hickmann (Porto Alegre)
Drapo a, de Alix Georges e Henrique Lahude (Encantado)
Fagulha, de Jéssica Menzel e Jp Siliprandi (Porto Alegre)
Johann e os Ímãs de Geladeira, de Giordano Gio (Porto Alegre)
Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza (Rio Grande/Pelotas)
Mby’á Nhendu: O Som do Espírito Guarani, de Gerson Karaí Gomes (Porto Alegre/Maquiné/Camaquã)
Mora, de Sissi Betina Venturin (Porto Alegre)
Nação Preta do Sul – O Curta, de Nando Ramoz e Gabriela Barenho (Porto Alegre)
Nós que Fazemos Girar, de Lucas Furtado (Porto Alegre)
O Abraço, de Gabriel Motta (Porto Alegre)
Olho por Mim, de Marcos Contreras (Porto Alegre)
Perfection, de Guilherme G. Pacheco (Gravataí)
Possa Poder, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (Porto Alegre)
Sinal de Alerta Lory F, de Fredericco Restori (Porto Alegre)
Sintomático, de Marina Pessato (Porto Alegre)
Tudo Permanece em Constante Movimento, de Cristine de Bem e Canto (Porto Alegre)

Foto: Divulgação.

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