Festival de Gramado 2022 anuncia longas documentais e homenagem a Marcos Palmeira

por: Cinevitor
Homenagem: o ator receberá o Troféu Oscarito.

Depois de divulgar as 50 produções que compõem as mostras de longas-metragens brasileiros, estrangeiros e gaúchos e os curtas-metragens (leia aqui), o Festival de Cinema de Gramado revelou mais novidades para esta 50ª edição, que acontecerá entre os dias 12 e 20 de agosto.  

Na noite desta terça-feira, 12/07, foram anunciados os últimos títulos que concorrerão aos kikitos desta edição. Os cinco longas-metragens documentais foram revelados em um evento realizado no hotel Prodigy Santos Dumont, no Rio de Janeiro. O encontro, comandado pela jornalista Renata Boldrini, reuniu o vice-prefeito de Gramado e presidente do conselho da Gramadotur, autarquia municipal responsável pelos eventos da cidade, Luia Barbacovi, a presidente da Gramadotur e Secretária de Turismo, Rosa Helena Volk, a curadora Dira Paes, realizadores, produtores, atores e jornalistas. 

A mostra competitiva de longas-metragens documentais é uma das novidades deste ano. Para a seleção dos filmes participantes, os curadores Marcos Santuario, Dira Paes e Soledad Villamil prestigiaram um total de 116 obras inscritas: “Tivemos mais de 100 filmes inscritos para uma mostra inédita. Foi um trabalho complexo de diálogo e exposição de ideias que nos fez culminar nessa lista de cinco títulos que apresentamos hoje. Em nome da curadoria, estamos muito felizes de poder anunciar esses filmes potentes e que refletem muito o atual cenário político, social e econômico do nosso país”, afirmou Dira.

Aliando o retorno ao formato presencial com as inovações advindas da pandemia, os selecionados terão uma janela de exibição diferenciada: os cinco filmes serão veiculados exclusivamente pelo Canal Brasil, dentro da programação do Festival de Gramado. Escolhido pelo júri, o vencedor será, ainda, exibido no Palácio dos Festivais como filme de encerramento da edição. 

Além disso, outra novidade foi revelada: o Troféu Oscarito, a mais tradicional honraria, concedida desde 1990 pelo Festival de Cinema de Gramado, será entregue, em 2022, ao ator Marcos Palmeira, que atualmente está no ar na novela Pantanal. Com mais de uma centena de trabalhos, incluindo cinema, televisão e teatro, Marcos é um dos nomes mais conhecidos e respeitados no Brasil. Coleciona vitórias e indicações em alguns dos principais festivais de cinema do país e da Ibero-América, como Prêmio Platino e Emmy.

Em Gramado, levou seu primeiro kikito pelo papel de Alpino em Dedé Mamata, em 1988. Durante a 43° edição do festival, Palmeira subiu ao palco do Palácio dos Festivais para homenagear seu pai, o cineasta Zelito Viana, que recebeu o Troféu Eduardo Abelin (clique aqui e relembre a homenagem): “Eu tenho um carinho muito especial por Gramado, é um festival que simboliza muito para quem é do setor. Eu tive o prazer de ter alguns dos meus trabalhos reconhecidos por lá. Pude homenagear meu pai e, agora, recebo essa surpresa. Eu estou muito feliz de poder fazer parte dessa história mais uma vez”, disse o ator.

Além do Troféu Oscarito, a organização já revelou que o Troféu Eduardo Abelin, homenagem concedida a diretores, cineastas e entidades de cinema pelo trabalho feito em benefício do cinema brasileiro, será entregue a Joel Zito Araújo. Já o Troféu Cidade de Gramado, dedicado a nomes ligados a Gramado e ao festival, este ano será concedido à atriz gaúcha Araci Esteves

Conheça os documentários selecionados para o Festival de Gramado 2022:

Ademã – A Vida e as Notas de Ibrahim Sued, de Isabel Sued Perrin e Paulo Henrique Fontenelle (RJ)
Sinopse: Relato emocionante da filha do Ibrahim Sued, que foi buscar por meio de entrevistas, fotos e filmes do arquivo pessoal, a trajetória desse jornalista que inovou e revolucionou a imprensa brasileira dos anos 1950 até sua morte em 1995.

Elton Medeiros – O Sol Nascerá, de Pedro Murad (RJ)
Sinopse: É um registro de Elton Medeiros, um dos compositores mais representativos do samba brasileiro. Foi o principal parceiro de Paulinho da Viola, com composições antológicas com Cartola, Zé Ketti, entre outros.

Eu Nativo, de Ulisses Rocha (PA)
Sinopse: O filme mostra aspectos da vida das tribos Kayapó, Potiguara, Tabajara, Fulni-ô e Pankararu e mostra as belezas naturais que cercam as aldeias, além de depoimentos surpreendentes sobre como os indígenas sofrem com o preconceito racial e a discriminação.

O Destino Está na Origem, de Pedro de Castro Guimarães (GO)
Sinopse: Um encontro revelador entre oito etnias indígenas, as caixeiras do Divino do Maranhão, a Regente Renata Amaral e o produtor musical André Magalhães.

Um Par para Chamar de Meu, de Kelly Cristina Spinelli (SP)
Sinopse: A documentarista acompanha a vida da mãe e de quatro outras mulheres que saem com os chamados personal dancers para discutir solidão, sexualidade e privilégio entre as mulheres da terceira idade.

Foto: Roberto Filho.

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