O Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR, International Film Festival Rotterdam), que acontece na Holanda, é considerado um dos maiores do mundo e destaca obras cinematográficos dirigidas por novos cineastas. Além das seções oficiais em sua programação, há também espaço para nomes consagrados, retrospectivas e programas temáticos.
Nesta ano, por conta da pandemia de Covid-19 e a preocupante disseminação da variante Ômicron na Europa, a 51ª edição, que acontecerá entre os dias 26 de janeiro e 6 de fevereiro, será realizada em formato on-line, assim como os eventos da indústria CineMart e Rotterdam Lab.
O comunicado oficial diz: “O IFFR reconhece o impacto desta decisão crítica, que é amplamente sentida e afeta nossa comunidade cinematográfica, público e parceiros. Assumimos o compromisso de apresentar um programa on-line em condições que garantam a segurança do público, funcionários e convidados na celebração do cinema”. Os programas educacionais do festival também serão adaptados ou adiados até o final do ano para oferecer aos alunos e estudantes acesso ao cinema com a curadoria do festival.
A cerimônia de abertura contará com a exibição do curta-metragem Stranger Than Rotterdam with Sara Driver, de Lewie Kloster e Noah Kloster, e com o longa Please Baby Please, de Amanda Kramer, cineasta americana que também será destaque na mostra Focus.
O cinema brasileiro ganha destaque entre os selecionados na mostra competitiva de curtas-metragens com Cantos de um Livro Sagrado (Chants from a Holy Book), de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian, sobre a Revolução de Veludo, que aconteceu na antiga Checoslováquia; e urban solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Vinícius Lopes e Minze Tummescheit, coprodução com a Alemanha, no qual um artista europeu escreve sobre sua experiência em retratar a vida no Brasil durante o período colonial.
Enquanto isso, no novo programa Harbour, que apresenta a profundidade do cinema contemporâneo, duas produções brasileiras se destacam: Medusa, de Anita Rocha da Silveira; e A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo, uma coprodução entre México, Alemanha, Brasil, Argentina, Suíça e Estados Unidos.
O time de jurados da 51ª edição será formado por: Farid Tabarki, Gust Van den Berghe, a produtora brasileira Tatiana Leite, Thekla Reuten e Zsuzsi Bankuti na Tiger Competition; Louk Haffmans, Alex Spaanderman, Eva Langerak, Karen Kroese e Mylaine Roelofs na mostra Big Screen; e Nduka Mntambo, Rieke Vos e Tim Leyendekker na competitiva de curtas.
Conheça os filmes selecionados para o Festival Internacional de Cinema de Roterdã 2022:
TIGER COMPETITION
A Criança, de Marguerite de Hillerin e Félix Dutilloy-Liégeois (Portugal)
EAMI, de Paz Encina (Paraguai/Alemanha/Argentina/Holanda/França/EUA)
Excess Will Save Us, de Morgane Dziurla-Petit (Suécia)
Kafka for Kids, de Roee Rosen (Israel)
Le rêve et la radio, de Renaud Després-Larose e Ana Tapia Rousiouk (Canadá)
Malintzin 17, de Mara Polgovsky e Eugenio Polgovsky (México)
Met mes, de Sam de Jong (Holanda)
Proyecto Fantasma, de Roberto Doveris (Chile)
Silver Bird and Rainbow Fish, de Lei Lei (EUA/Holanda)
The Cloud Messenger, de Rahat Mahajan (Índia)
The Plains, de David Easteal (Austrália)
To Love Again, de Gao Linyang (China)
Yamabuki, de Yamasaki Juichiro (Japão/França)
BIG SCREEN COMPETITION
Assault, de Adilkhan Yerzhanov (Cazaquistão/Rússia)
Broadway, de Christos Massalas (Grécia/França/Romênia)
CE2, de Jacques Doillon (França)
Daryn’s Gym, de Brett Michael Innes (África do Sul)
Drifting Petals, de Clara Law (Austrália)
Kung Fu Zohra, de Mabrouk El Mechri (França)
Mi vacío y yo, de Adrián Silvestre (Espanha)
Splendid Isolation, de Urszula Antoniak (Holanda)
The Island, de Anca Damian (Romênia)
BRIGHT FUTURE
A Human Position, de Anders Emblem (Noruega)
As in Heaven, de Tea Lindeburg (Dinamarca)
Blue Island, de Chan Tze-woon (Hong Kong)
Brotherhood, de Francesco Montagner (República Checa)
Eles transportan a morte, de Helena Girón e Samuel M. Delgado (Espanha)
Freda, de Gessica Généus (França)
Hawk’s Muffin, de Krishnendu Kalesh (Índia)
Journey to the West, de Kong Dashan (China)
Kim Min-young of the Report Card, de Lee Jae-eun e Lim Jisun (Coreia do Sul)
Lucie perd son cheval, de Claude Schmitz (Bélgica)
Stand By Me, de Tamara Dondurey (Rússia)
The African Desperate, de Martine Syms (EUA)
The Cathedral, de Ricky D’Ambrose (EUA)
The Last Ride of the Wolves, de Alberto De Michele (Holanda)
Zalava, de Arsalan Amiri (Irã)
AMMODO TIGER SHORT COMPETITION
Answering the Sun, de Rainer Kohlberger (Áustria/Alemanha)
Becoming Male in the Middle Ages, de Pedro Neves Marques (Portugal)
Cantos de um Livro Sagrado, de Cesar Gananian e Cassiana Der Haroutiounian (Brasil)
Constant, de Sasha Litvintseva e Beny Wagner (Alemanha/Reino Unido)
Dawn, de Leonor Noivo (Portugal)
El nombre de las cosas, de Diego Escobar (Chile)
Glass Life, de Sara Cwynar (EUA)
Isn’t It a Beautiful World, de Joseph Wilson (Reino Unido)
Nazarbazi, de Maryam Tafakory (Irã/Reino Unido)
Nosferasta: First Bite, de Bayley Sweitzer e Adam Khalil (EUA)
Polycephaly in D, de Michael Robinson (EUA)
Punctured Sky, de Jon Rafman (EUA)
Songs for living, de Korakrit Arunanondchai e Alex Gvojic (EUA/Tailândia)
The Making of Crime Scenes, de Hsu Che-yu (França/Taiwan)
Tomorrow Is a Water Palace, de Juanita Onzaga (Bélgica)
urban solutions, de Arne Hector, Luciana Mazeto, Vinícius Lopes e Minze Tummescheit (Alemanha/Brasil)
HARBOUR
A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo (México/Alemanha/Brasil/Argentina/Suíça/EUA)
Anatomy of Time, de Jakrawal Nilthamrong (Tailândia)
Battlecry, de Yanakaya (Japão)
Clara Sola, de Nathalie Álvarez (Suécia/Costa Rica/Bélgica)
Hit the Road, de Panah Panahi (Irã)
Hold Me Tight, de Mathieu Amalric (França)
Life of Crime 1984-2020, de Jon Alpert (EUA)
Medea, de Alexander Zeldovich (Rússia)
Medusa, de Anita Rocha da Silveira (Brasil)
Mon Légionnaire, de Rachel Lang (Bélgica)
Neptune Frost, de Saul Williams e Anisia Uzeyman (Ruanda)
Quién lo impide, de Jonás Trueba (Espanha)
The Execution, de Lado Kvataniya (Rússia)
The King of Laughter, de Mario Martone (Itália)
The Mole Song: Final, de Miike Takashi (Japão)
Tralala, de Jean-Marie Larrieu e Arnaud Larrieu (França)
Foto: Divulgação.