Regina Casé, em Três Verões, de Sandra Kogut: melhor atriz.
O Festival de Málaga começou em 1998 com o objetivo de favorecer a divulgação da cinematografia espanhola, tornando-se uma referência nacional e internacional com intenção de contribuir para o desenvolvimento de Málaga, que fica no sul da Espanha, como uma cidade aberta e cultural. A programação conta também com produções de outros países e promove um panorama amplo da cultura cinematográfica.
Neste ano, em sua 23ª edição, que aconteceu entre os dias 21 e 30 de agosto, o cinema brasileiro marcou presença com diversos filmes, como: Três Verões, de Sandra Kogut, na Competição Oficial; Filho de Boi, de Haroldo Borges e Ernesto Molinero, e La botera, de Sabrina Blanco, coprodução entre Argentina e Brasil, na mostra Largometrajes Zonazine; Diz a ela que me viu chorar, de Maíra Bühler, e Partida, de Caco Ciocler, na seleção oficial de Largometrajes Documentales; e Carne, de Camila Kater, entre os curtas documentais.
A Biznaga de Oro, prêmio máximo do festival, foi entregue para Las niñas, de Pilar Palomero; o júri da Seleção Oficial de longas-metragens foi formado por: Álvaro Brechner, Adelfa Calvo, Álvaro Cervantes, Chus Gutiérrez e Pablo Remón. Arturo Ripstein recebeu a Biznaga de Plata pela direção de El diablo entre las piernas.
Entre as atuações, Regina Casé, de Três Verões, dividiu a Biznaga de Plata de melhor atriz com Kiti Mánver, por El inconveniente. Além disso, o Júri da Crítica, formado por Adela Mac Swiney, Berna González Harbour e Pepa Blanes, entregou um Prêmio Especial para o filme de Sandra Kogut: “O júri destaca a grande qualidade e diversidade do cinema latino-americano aqui representado em uma oferta geralmente surpreendente e de alto nível. Três Verões proporciona um olhar cheio de força e vitalidade num cenário de corrupção e situações dramáticas que se observam do ponto de vista de uma mulher humilde que extrai a energia necessária para enfrentar os contratempos. Ela e os outros criados, assim como o pai idoso do chefe da casa, aprendem a sobreviver da melhor maneira possível no meio da pior situação. Um filme de alegria e otimismo, mesmo que a vida se volte contra. A narrativa foi trabalhada com sucesso por três natais consecutivos, mostrando uma evolução crível e cheia de nuances para todos os seus personagens”.
A Biznaga de Plata de melhor documentário foi entregue para Partida, de Caco Ciocler, que também recebeu oito mil euros. Segundo o júri, formado por Andrea Guzmán, Eva Vila e Garbiñe Ortega, é um filme cheio de força que cria um espaço coletivo de reflexão em uma viagem à utopia. O longa baiano Filho de Boi, de Haroldo Borges e Ernesto Molinero, recebeu a Biznaga de Plata do Prêmio do Público da mostra ZonaZine.
O júri da Seleção Oficial de Curtas Documentais premiou Carne, de Camila Kater, com a Biznaga de Plata de melhor curta-metragem documentário, que recebeu três mil euros.
Além disso, os homenageados deste ano foram: Arturo Ripstein, cineasta mexicano; a figurinista Tatiana Hernández; a atriz espanhola Kiti Mánver; o ator argentino Oscar Martínez; e o montador Carlos Marques-Marcet.
Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.