Gilda Nomacce, Matheus Fagundes e Paula Cosenza no tapete vermelho.
O filme Ausência, de Chico Teixeira, chamou atenção no 43º Festival de Cinema de Gramado. O drama foi exibido na noite de terça-feira, 11/08, com audiodescrição, que amplia o entendimento de pessoas cegas ou com baixa visão e torna mais acessíveis filmes ou peças de teatro, por exemplo, ao proporcionar informações sobre personagens, cenários, figurinos e ações relevantes para a compreensão da obra.
Na manhã seguinte à exibição, os atores Matheus Fagundes e Gilda Nomacce participaram de um debate ao lado da produtora Paula Cosenza. O diretor Chico Teixeira não compareceu ao evento por motivos de saúde.
“É uma honra enorme estar aqui. Muito emocionante”, disse Gilda, que interpreta a personagem Luzia, mãe do protagonista. “Sempre foi um sonho fazer cinema, mas quando eu era jovem, o cinema não tinha essa possibilidade toda, não era viável. Eu tive a sorte de entrar no cinema com diretores incríveis, como a Juliana Rojas e o Marco Dutra. Eu entendi que o cinema é coletivo e eu comecei a me apaixonar pelo cinema de uma forma que eu não consegui mais ficar sem”, revelou.
Matheus Fagundes e Gilda Nomacce durante a coletiva.
Matheus Fagundes, que interpreta Serginho, falou da emoção de receber o prêmio de melhor ator, por Ausência, no Festival do Rio do ano passado: “Ganhar o Festival do Rio foi uma alegria indescritível. Posso dizer que ter o reconhecimento de um trabalho é uma das melhores sensações na vida. Eu tive esse privilegio aos 17 anos. Fiquei muito feliz. Foi o ápice da emoção no momento em que eu subi para receber o prêmio. Foi um dos melhores momentos da minha vida, que eu vou levar pra sempre. Um sonho realizado”.
O ator também falou sobre a parceria com o ator Irandhir Santos: “Trabalhar com o Irandhir foi uma grande escola. Ele é um monstro, um ator fantástico, muito generoso, muito concentrado e eu criei uma relação com ele, ao longo do processo, muito forte. Ele me ajudou muito, tanto nas filmagens quanto na preparação. Aprendi muito e espero ter o privilégio de contracenar com ele de novo. Pra mim é um dos melhores atores que temos hoje no cinema brasileiro”.
Equipe reunida na coletiva de imprensa com o mediador Carlos Eduardo Jorge.
A produtora Paula Cosenza falou sobre o próximo projeto de Chico Teixeira e também sobre a carreira internacional de Ausência: “O próximo filme do Chico se chama Dolores e é sobre uma relação entre mãe e filha muito forte. Enquanto isso, o Ausência está tendo uma bela carreira de festivais. Em termos de vendas internacionais é um filme muito radical. Não imagino que ele vá ter uma distribuição, como por exemplo, a linda distribuição que a gente teve agora na França com Casa Grande e Que Horas Ela Volta?. É muito legal ver um filme brasileiro assim. Ausência também foi vendido para a França e para outros territórios, mas acho que ele não é o que eles chamam de um filme tão aberto em termos de ter uma grande comercialização, mas vai ter sua vida legal e bonita certamente nos territórios latino-americanos, no Chile, Uruguai, Argentina”.
Confira um trecho da coletiva em que Gilda Nomacce fala sobre sua relação com o diretor Chico Teixeira:
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Fotos: Cleiton Thiele e Vitor Búrigo.
Texto e vídeo: Vitor Búrigo.