A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais divulgou nesta terça-feira, 28/09, a lista com os indicados ao 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que acontecerá no dia 28 de novembro com cerimônia transmitida pela TV Cultura.
Os finalistas concorrem ao Troféu Grande Otelo em 31 categorias e foram escolhidos em votação pelos sócios da Academia. Neste ano, Boca de Ouro, de Daniel Filho, e Pacarrete, de Allan Deberton, são os longas com maior número de indicações: quinze cada; A Divisão, de Vicente Amorim, aparece na sequência com oito indicações.
A lista reúne mais de 900 profissionais indicados, 20 longas-metragens brasileiros e 10 longas estrangeiros. Ao todo, também estão na disputa 18 curtas brasileiros (6 de ficção, 7 documentários e 5 de animação) e 16 séries. O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é votado por profissionais das mais diversas áreas do setor que são associados à Academia, entidade aberta a toda a classe.
Em comunicado oficial, Jorge Peregrino, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, disse: “O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro celebra a diversidade da nossa indústria, representada por todas as gerações de realizadores do país inteiro. E tem como tema, este ano, a preservação e a memória do audiovisual”.
Em 2021, foram inscritos 45 longas de ficção (incluindo infantis e animação), 20 longas documentários, 51 curtas-metragens, 44 séries brasileiras, 35 longas-metragens internacionais, 6 longas ibero-americanos. Os vencedores serão escolhidos no segundo turno, com votação entre os sócios da Academia. Além disso, o público elege seu filme favorito entre os longas brasileiros finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário; a votação começa no dia 28 de outubro pela internet.
O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é organizado e votado pelos próprios profissionais do setor, uma forma da própria classe celebrar o seu trabalho e dar o devido reconhecimento ao talento de seus profissionais; a premiação é anual. Contribui para a elevação e a promoção do cinema brasileiro junto à população e ao público do país, através do reconhecimento da qualidade técnica e artística de seus filmes e da confraternização entre os profissionais da indústria.
O processo de definição dos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é dividido em duas etapas: indicação e premiação. A partir de 2004, a votação passou a ser feita via internet, pelos sócios da Academia, que recebem uma senha eletrônica para votar pela internet.
Na fase de indicação são escolhidas as cinco obras e profissionais representantes de cada categoria que passarão para a etapa seguinte. A escolha é feita pelos sócios através de uma cédula de votação eletrônica com a lista completa de todos os concorrentes. Terminado o processo de apuração do primeiro turno, uma nova relação com os cinco escolhidos em cada categoria é enviada aos sócios que escolhem, então, os vencedores. Nas duas etapas a votação é secreta e a abertura das cédulas, bem como a apuração dos votos, são realizadas pela PwC.
Conheça os indicados ao 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:
MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
A Divisão, de Vicente Amorim
A Febre, de Maya Da-Rin
Boca de Ouro, de Daniel Filho
Cidade Pássaro, de Matias Mariani
Pacarrete, de Allan Deberton
MELHOR LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz
Dentro da Minha Pele, de Toni Venturi e Val Gomes
Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, de Carol Benjamin
Fotografação, de Lauro Escorel
Partida, de Caco Ciocler
MELHOR LONGA-METRAGEM | COMÉDIA
Carlinhos e Carlão, de Pedro Amorim
De Perto Ela Não é Normal, de Cininha de Paula
Não Vamos Pagar Nada, de João Fonseca
No Gogó do Paulinho, de Roberto Santucci
Os Espetaculares, de André Pellenz
Pacarrete, de Allan Deberton
MELHOR LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Os Under Undergrounds, o Começo, de Nelson Botter Jr.
Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma, de Ale McHaddo
MELHOR LONGA-METRAGEM | INFANTIL
10 Horas para o Natal, de Cris D’Amato
O Melhor Verão das Nossas Vidas, de Adolpho Knauth
MELHOR DIREÇÃO
Ana Luiza Azevedo, por Aos Olhos de Ernesto
Daniel Filho, por Boca de Ouro
Geraldo Sarno, por Sertânia
Jeferson De, por M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Sandra Kogut, por Três Verões
Vicente Amorim, por A Divisão
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO | LONGA-METRAGEM
Allan Deberton, por Pacarrete
Bárbara Paz, por Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou
Djin Sganzerla, por Mulher Oceano
Matias Mariani, por Cidade Pássaro
Maya Da-Rin, por A Febre
MELHOR ATRIZ
Andrea Beltrão, por Verlust
Lorena Comparato, por Boca de Ouro
Malu Mader, por Boca de Ouro
Marcélia Cartaxo, por Pacarrete
Regina Casé, por Três Verões
MELHOR ATOR
Flavio Bauraqui, por Abraço
Irandhir Santos, por Fim de Festa
Marcos Palmeira, por Boca de Ouro
Rogério Fróes, por Três Verões
Silvio Guindane, por Boca de Ouro
Silvio Guindane, por A Divisão
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Berta Loran, por Jovens Polacas
Denise Fraga, por Música para Morrer de Amor
Gisele Fróes, por Três Verões
Hermila Guedes, por Fim de Festa
Soia Lira, por Pacarrete
Zezé Motta, por M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida
Zezita Matos, por Pacarrete
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Flavio Bauraqui, por Não Vamos Pagar Nada
Flavio Bauraqui, por Macabro
Flavio Migliaccio, por Jovens Polacas
Guilherme Fontes, por Boca de Ouro
João Miguel, por Pacarrete
Otávio Müller, por Três Verões
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Aos Olhos de Ernesto, escrito por Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, escrito por Maria Camargo e Bárbara Paz
Cidade Pássaro, escrito por Matias Mariani, Chika Anadu, Francine Barbosa, Julia Murat, Maíra Bühler e Roberto Winter
Pacarrete, escrito por Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro
Três Verões, escrito por Sandra Kogut e Iana Cossoy Paro
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Boca de Ouro, escrito por Euclydes Marinho
Jovens Polacas, escrito por Alex Levy-Heller
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, escrito por Jeferson De e Felipe Sholl
Osmar, a Primeira Fatia do Pão de Forma, escrito por Ale McHaddo
Verlust, escrito por Esmir Filho e Ismael Caneppele
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
A Divisão, por Gustavo Hadba
A Febre, por Barbara Alvarez
Boca de Ouro, por Felipe Reinheimer
Macabro, por Azul Serra
Pacarrete, por Beto Martins
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
A Divisão, por Daniel Flaksman
A Febre, por Ana Paula Cardoso
Boca de Ouro, por Mario Monteiro
Pacarrete, por Rodrigo Frota
Sertânia, por Ana Dominoni
MELHOR FIGURINO
Boca de Ouro, por Kika Lopes
Jovens Polacas, por Sol Azulay
Macabro, por Ana Avelar
Pacarrete, por Chris Garrido
Sertânia, por Ana Dominoni
MELHOR MAQUIAGEM
Aos Olhos de Ernesto, por Britney Federline
Boca de Ouro, por Adriano Manques
Jovens Polacas, por Sid Andrade
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, por Sonia Penna
Pacarrete, por Tayce Vale
MELHOR EFEITO VISUAL
A Divisão, por Marcelo Siqueira
A Febre, por Hoël Sainleger
Boca de Ouro, por Marcelo Siqueira
Cidade Pássaro, por Fabio Souza
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, por Bernardo Neder
MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO
A Febre, por Karen Akerman
Aos Olhos de Ernesto, por Giba Assis Brasil
Boca de Ouro, por Diana Vasconcellos
Pacarrete, por Joana Collier
Três Verões, por Sérgio Mekler e Luisa Marques
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO
Aquecimento Global, por Fabio Santos
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Cao Guimarães e Bárbara Paz
Dentro da Minha Pele, por Marcola Marinho e Paulo Alberto
Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil, por Marília Moraes e Isabel Castro
Fotografação, por Idê Lacreta
Os 8 Magníficos, por Domingos Oliveira e Victor Magrath
Soldado Estrangeiro, por Jordana Berg
MELHOR SOM
A Divisão, por José Moreau Louzeiro, Lucas Marcier, Fabiano Krieger e Paulo Gama
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Rodrigo Ferrante, Miriam Biderman e Ricardo Reis
Cidade Pássaro, por Gabriela Cunha, Xavier Thibault e Gilles Bernadeau
Macabro, por José Moreau Louzeiro, Tomás Alem, Bernardo Uzeda, Rodrigo Noronha e Gustavo Loureiro
Pacarrete, por Márcio Câmara, Cauê Custódio e Rodrigo Ferrante
MELHOR TRILHA SONORA
Abraço, por André Abujamra e Eron Guarnieri
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Bárbara Paz e O Grivo
Boca de Ouro, por Berna Ceppas
Fim de Festa, por DJ Dolores
Pacarrete, por Fred Silveira
MELHOR SÉRIE ANIMAÇÃO TV PAGA/OTT
Rocky & Hudson: Os Caubóis Gays (1ª Temporada) (Canal Brasil)
Senninha na Pista Maluca (2ª Temporada) (Gloob)
Zuzubalândia (2ª Temporada) (Cartoon Network, Boomerang e Tooncast)
MELHOR SÉRIE DOCUMENTÁRIO TV PAGA/OTT
Amarelo Prisma (1ª Temporada) (GNT)
Anitta: Made In Honório (1ª Temporada) (Netflix)
Cientistas Brasileiros Entre os Melhores (1ª Temporada) (Looke)
Favela Gay – Periferia LGBTQI+ (1ª Temporada) (Canal Brasil)
Milton e o Clube da Esquina (1ª Temporada) (Canal Brasil)
MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV PAGA/OTT
Bom Dia, Verônica (1ª Temporada) (Netflix)
Detetives do Prédio Azul (14ª Temporada) (Gloob)
Hard (1ª Temporada) (HBO)
Os Últimos Dias de Gilda (1ª Temporada) (Canal Brasil)
Um Contra Todos (4ª Temporada) (Fox)
MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV ABERTA
Gilda, Lucia e o Bode (1ª Temporada) (TV Globo)
Sob Pressão – Plantão Covid (Temporada Especial) (TV Globo)
Tá Puxado (1ª Temporada) (TV Jornal/SBT)
MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
1 Peixe para 2, de Chia Beloto (PE)
Mãtãnãg, A Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (MG)
O Homem das Gavetas, de Duda Rodrigues (SP)
Subsolo, de Otto Guerra e Erica Maradona (RS)
Tandem, de Vivian Altman (SP)
MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
À Beira do Planeta Mainha Soprou a Gente, de Bruna Barros e Bruna Castro (BA)
Cinema Contemporâneo, de Felipe André Silva (PE)
Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza (DF)
In memoriam – O roteiro do gravador, de Sylvio Lanna (RJ)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (RJ)
O que Pode um Corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli (RS)
Rua Augusta, 1029, de Mirrah da Silva (SP)
MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
5 Estrelas, de Fernando Sanches (SP)
A Barca, de Nilton Resende (AL)
Egum, de Yuri Costa (RJ)
Perifericu, de Nay Mendl, Rosa Caldeira, Stheffany Fernanda e Vita Pereira (SP)
Receita de Caranguejo, de Issis Valenzuela (SP)
República, de Grace Passô (SP)
MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO
Monos, Entre o Céu e o Inferno, de Alejandro Landes (Colômbia)
O Filme de Bruno Aleixo, de João Moreira e Pedro Santo (Portugal)
O Roubo do Século (El Robo del Siglo), de Ariel Winograd (Argentina)
Pornô para Principiantes, de Carlos Ameglio (Uruguai/Argentina/Brasil)
Tarde para Morrer Jovem (Tarde para Morir Joven), de Dominga Sotomayor (Chile/Brasil/Holanda/Qatar)
MELHOR LONGA-METRAGEM INTERNACIONAL
Apocalypse Now: Final Cut, de Francis Ford Coppola (EUA)
Jojo Rabbit, de Taika Waititi (EUA/Nova Zelândia/República Checa)
O Farol (The Lighthouse), de Robert Egges (Canadá/EUA/Brasil)
O Pai (Bashtata), de Kristina Grozeva e Petar Valchanov (Bulgária/Grécia)
Você Não Estava Aqui (Sorry We Missed You), de Ken Loach (Reino Unido)
Com sede no Rio de Janeiro e representatividade nacional, a Academia Brasileira de Cinema, que este ano passa a se chamar Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, é uma entidade independente criada no dia 20 de maio de 2002 com a finalidade, entre outras, de instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento da indústria audiovisual em todo o Brasil.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais foi reconhecida, em 2020, pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences como única entidade credenciada para indicar o filme que representa o cinema brasileiro na categoria de melhor filme internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder. A Academia também é a representante oficial do Brasil junto à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Espanha para escolher o longa-metragem brasileiro que concorre à categoria de melhor filme ibero-americano no Prêmio Goya.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Jorge Peregrino e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (diretor vice-presidente), Alexandre Duvivier, Bárbara Paz, Iafa Britz e Renata Almeida Magalhães.
Foto: Luiz Alves.