O Hot Docs é considerado o maior festival, conferência e mercado de documentário da América do Norte. Com a missão de promover e celebrar a arte documental, sua programação destaca filmes canadenses e também internacionais.
Fundado em 1993, pela Documentary Organisation of Canada, o Hot Docs, Canadian International Documentary Festival, tornou-se uma entidade individual em 1996 com a intenção de ampliar e apoiar o trabalho de documentaristas canadenses e internacionais para promover a excelência na produção de seus filmes.
Neste ano, em sua 28ª edição, os vencedores do Júri Oficial foram anunciados na sexta-feira, 07/05. Já os premiados pelo voto popular foram revelados nesta segunda, 10/05. O curta brasileiro A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro, ficou entre os cinco melhores segundo o público; produzido pela catarinense Gata Maior Filmes, o filme aborda de modo singular o passado escravista e seus ecos, a partir de uma inédita história do período colonial brasileiro.
Além disso, o cinema brasileiro marcou presença na programação com outras produções, entre elas: Limiar, de Coraci Ruiz; A Última Floresta, de Luiz Bolognesi; Segredos do Putumayo, de Aurélio Michiles; Cercados, de Caio Cavechini; Você Não é um Soldado, de Maria Carolina Telles e Aleksei Abib; e as coproduções La Opción Cero, de Marcel Beltrán (Cuba/Brasil/Colômbia), e Amor Rebelde, de Alejandro Bernal (Colômbia/Canadá/Brasil).
O Júri Oficial foi formado por: Raul Niño Zambran, Michèle Stephenson e Patricia Rozema na mostra canadense de longa-metragem; Sheila Nevins, Kazuhiro Soda e Toni Kamau na mostra internacional de longas; Atom Egoyan, José F. Rodriguez e Rasha Salti na mostra de médias-metragens; e Miryam Charles, Poh Si Teng e Adriana Chartrand nas mostras de curtas.
A cada ano, o festival exibe mais de 200 documentários de vários países, entre mostras competitivas e programas temáticos; a programação conta também com o Hot Docs Forum e outras atividades paralelas. Além disso, o Hot Docs é reconhecido como um festival de qualificação para o Oscar nas categorias de melhor documentário e melhor curta documental.
Conheça os vencedores do Hot Docs 2021:
JÚRI OFICIAL
MELHOR DOCUMENTÁRIO CANADENSE | LONGA-METRAGEM
zo reken, de Emanuel Licha
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI | DOCUMENTÁRIO CANADENSE
One of Ours, de Yasmine Mathurin
PRÊMIO CINEASTA CANADENSE EMERGENTE
Elle-Máijá Tailfeathers, por Kímmapiiyipitssini: The Meaning of Empathy
MELHOR DOCUMENTÁRIO INTERNACIONAL
Ostrov – Lost Island, de Svetlana Rodina e Laurent Stoop (Suíça)
PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI | DOCUMENTÁRIO INTERNACIONAL
School of Hope, de Mohamed El Aboudi (Finlândia/França/Marrocos)
PRÊMIO CINEASTA EMERGENTE INTERNACIONAL
Annabel Verbeke, por Four Seasons in a Day (Bélgica/Noruega/Croácia)
MENÇÃO HONROSA | CINEASTA EMERGENTE INTERNACIONAL
Margaret Byrne, por Any Given Day (EUA)
MELHOR DOCUMENTÁRIO | MÉDIA-METRAGEM
Silent Voice, de Reka Valerik (França/Bélgica)
MENÇÃO HONROSA | MÉDIA-METRAGEM
Sunny, de Keti Machavariani (Geórgia)
MELHOR DOCUMENTÁRIO | CURTA-METRAGEM INTERNACIONAL
The Doll, de Elahe Esmaili (Irã)
PRÊMIO BETTY YOUSON | MELHOR CURTA-METRAGEM CANADENSE
Ain’t No Time for Women, de Sarra El Abed
PRÊMIO BETTY YOUSON | MENÇÃO HONROSA
The Hairdresser, de Lorraine Price
PRÊMIO LINDALEE TRACEY
Cailleah Scott-Grimes, por Between Us (Canadá)
PRÊMIO DON HAIG
Bangla Surf Girls, produzido por Lalita Krishna e dirigido por Elizabeth D. Costa (Canadá)
PRÊMIOS DO PÚBLICO | ROGERS AUDIENCE AWARD
TOP 5 | CANADÁ
FANNY: The Right to Rock, de Bobbi Jo Hart
Kímmapiiyipitssini: The Meaning of Empathy, de Elle-Máijá Tailfeathers
Someone Like Me, de Sean Horlor e Steve J. Adams
Still Max, de Katherine Knight
Hell or Clean Water, de Cody Westman
TOP 20
Dear Future Children, de Franz Böhm (Alemanha/Reino Unido/Áustria)
Writing with Fire, de Rintu Thomas e Sushmit Ghosh (Índia)
FANNY: The Right to Rock, de Bobbi Jo Hart (Canadá)
Kímmapiiyipitssini: The Meaning of Empathy, de Elle-Máijá Tailfeathers (Canadá)
Someone Like Me, de Sean Horlor e Steve J. Adams
Still Max, de Katherine Knight (Canadá)
Hell or Clean Water, de Cody Westman (Canadá)
Subjects of Desire, de Jennifer Holness (Canadá)
Street Gang: How We Got to Sesame Street, de Marilyn Agrelo (EUA)
One of Ours, de Yasmine Mathurin (Canadá)
A Once and Future Peace, de Eric Daniel Metzgar (EUA)
We Are the Thousand, de Anita Rivaroli (Itália)
Firestarter – The Story of Bangarra, de Wayne Blair e Nel Minchin (Austrália)
Imad’s Childhood, de Zahavi Sanjavi (Suécia/Letônia/Iraque)
It Is Not Over Yet, de Louise Detlefsen (Dinamarca)
Rebel Hearts, de Pedro Kos (EUA)
With Drawn Arms, de Glenn Kaino e Afshin Shahidi (EUA/México)
Spirit to Soar, de Tanya Talaga e Michelle Derosier (Canadá)
In the Same Breath, de Nanfu Wang (EUA/China)
Summer of Soul (…Or, When the Revolution Could Not Be Televised), de Ahmir “Questlove” Thompson (EUA)
TOP 5 | CURTAS
1º: A Concerto Is a Conversation, de Kris Bowers e Ben Proudfoot (EUA/Canadá)
2º: The Hairdresser, de Lorraine Price (Canadá)
3º: Mary Two-Axe Earley: I Am Indian Again, de Courtney Montour (Canadá)
4º: Recorder Queen, de Sophie Raymond (Austrália)
5º (empate): The Train Station, de Lyana Patrick (Canadá) e A Morte Branca do Feiticeiro Negro, de Rodrigo Ribeiro (Brasil)
TOP 5 | MÉDIA-METRAGEM
Spirit to Soar, de Tanya Talaga e Michelle Derosier (Canadá)
Becoming, de Isabel Vaca (México)
Holy Bread, de Rahim Zabihi (Irã)
Only I Can Hear, de Itaru Matsui (Japão/Canadá)
Dropstones, de Caitlin Durlak (Canadá)
Foto: Divulgação.