Mateus Maia e Carlos Eduardo Ferraz no curta Os Últimos Românticos do Mundo.
A 17ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema estava marcada para acontecer no final de abril, porém, por conta da pandemia mundial de Covid-19, foi adiada e confirmada entre os dias 25 de agosto e 5 de setembro. O festival surgiu, em 2004, com o objetivo de promover filmes independentes e apoiar a divulgação destes títulos na capital portuguesa, sendo considerado o maior festival português de cinema.
Nesta quinta-feira, 30/04, foram anunciados os selecionados do IndieLisboa 2020, exceto os filmes portugueses que compõem as mostras Competição Nacional, Novíssimos e Sessões Especiais. Além disso, a programação contará com: uma retrospectiva que celebra os 50 anos do mostra Forum, do Festival de Berlim, composta por filmes exibidos na sua primeira edição, em 1971; e na mostra Silvestre, o foco estará na cineasta Mati Diop, que recebeu o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes do ano passado com Atlantique.
A seleção conta também com filmes de Bruno Dumont, Sergei Loznitsa, Radu Jude, Tsai Ming-Liang junto de novas nomes como Monia Chokri, Camilo Restrepo, o coletivo The Living and the Dead Ensemble, entre outros.
Sobre esta edição, o comunicado oficial diz: “As vozes deste festival são de resiliência, atravessam seções, línguas, linguagens, e em alto e bom som, dizem: viemos para ficar. Mesmo que nos confinem, seremos livres. Se não nos ouvirem, falaremos mais alto. Na Competição Internacional de longas metragens, pela primeira vez mostramos filmes produzidos na Nigéria e no Senegal. Assim é o grito de resistência que ecoa em 2020 por salas de cinema vazias. O distanciamento é físico, não é social. Voltaremos a irromper sala adentro, com as pessoas que fazem os filmes e as que vieram vê-los para que ganhem um sentido”.
Neste ano, o cinema brasileiro ganha destaque com diversas produções, entre elas, o curta-metragem Os Últimos Românticos do Mundo, do cineasta pernambucano Henrique Arruda, que aparece como uma das grandes apostas do festival. Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra, exibido na Competição Oficial do Festival de Berlim, também se destaca na seleção.
Conheça os filmes brasileiros selecionados para a 17ª edição do IndieLisboa:
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | LONGA-METRAGEM:
Seção composta por primeiras, segundas e terceiras obras nunca antes mostradas publicamente em Portugal. Foram finalizadas no ano em que decorre o festival ou no ano anterior. Nesta seção concorrem longas e curtas metragens (em programas separados).
A Febre, de Maya Da-Rin (Brasil/França/Alemanha)
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL | CURTA-METRAGEM:
Batalha, de Clara Lazarim, Ricardo Mollan Saito, Caio Castor e Guilherme Cerqueira César (Brasil)
Os Últimos Românticos do Mundo, de Henrique Arruda (Brasil)
SILVESTRE | LONGA-METRAGEM:
Mostrando obras de jovens cineastas e autores consagrados, esta mostra competitiva encontra na singularidade a sua norma. Mostramos, sob a asa de Silvestre, obras que rejeitem fórmulas consagradas, que despertem novas linguagens e cuja rebeldia espelhe o espírito do festival.
Breve Miragem do Sol, de Eryk Rocha (Brasil/França/Argentina)
Los Conductos, de Camilo Restrepo (Colômbia/França/Brasil)
Todos os Mortos, de Caetano Gotardo e Marco Dutra (Brasil/França)
SILVESTRE| CURTA-METRAGEM:
Apiyemiyekî?, de Ana Vaz (Brasil/França/Holanda/Portugal)
INDIEMUSIC | LONGA-METRAGEM:
A ligação entre o cinema e a música está no epicentro desta mostra competitiva. No IndieMusic abraçamos filmes sobre músicos e bandas de todo o mundo, mergulhando não raras vezes nos contextos históricos, políticos e sociais que acompanham as movimentações musicais. Estas pequenas revoluções encontram um espelho no programa noturno de concertos e festas, o IndiebyNight.
Eletronica:mentes, de Dácio Pinheiro, Denis Giacobelis e Paulo Beto (Brasil)
Foto: Barbara Hostin.