Diretor: Pedro Almodóvar
Elenco: Adriana Ugarte, Emma Suárez, Rossy de Palma, Daniel Grao, Inma Cuesta, Michelle Jenner, Darío Grandinetti, Nathalie Poza, Agustín Almodóvar, Bimba Bosé, Susi Sánchez, Mariam Bachir, Pilar Castro, Priscilla Delgado, Esther García, Blanca Parés, Tomás del Estal, Paqui Horcajo, María Mera, David Delfín, Joaquín Notario, Jorge Pobes, Elena Benarroch, Ramón Ibarra, Charlie Centa, Sara Jiménez, Lupe Roda, Lola García, Ramón Aguirre, Jimena Solano.
Ano: 2016
Sinopse: Envolto em temas densos como destino e complexo de culpa, o filme retrata a história de uma mãe que vive uma incerteza depois de ter sido abandonada, sem explicações, pela filha. Além disso, destaca o mistério que nos leva a abandonar quem amamos e a deletar pessoas de nossas vidas como se elas não tivessem deixado alguma lembrança.
Crítica do CINEVITOR: Almodóvar estava devendo para seu público fiel um bom filme desde 2013, quando lançou a fraca comédia Os Amantes Passageiros. Com Julieta, seu vigésimo longa-metragem, ele volta às origens e nos entrega uma história bem filmada, com suas características marcantes. Inspirado em três contos da escritora Alice Munro, o filme mostra sua protagonista em busca de respostas depois de ter sido abandonada pela filha. Para interpretar a personagem principal, o diretor escalou duas atrizes: Adriana Ugarte e Emma Suárez, que vivem, em fases diferentes, a mesma pessoa. Apesar das ótimas atuações, desta vez, as mulheres de Almodóvar não alcançam aquela força impactante e dramática já característica de suas protagonistas, como Raimunda, de Volver, ou Manuela, de Tudo Sobre Minha Mãe, interpretadas respectivamente por Penélope Cruz e Cecilia Roth. Mas, mesmo assim, é possível notar a marca registrada do diretor desde o primeiro minuto do filme: a trilha sonora marcante está lá; o melodrama também, na medida certa. Assim como o figurino chamativo e as cores pulsantes, mesmo que não tão coloridas dessa vez. Em Julieta, sente-se um Almodóvar mais resguardado, porém, ainda sensível. Não é seu melhor filme, mas também não se classifica entre os menos empolgantes. Passa uma sensação de que ficou faltando algo, mas ainda assim é um Almodóvar. E ninguém filma um melodrama tão bem quanto ele. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: