Homenageado: discurso emocionante.
A noite de segunda-feira, 19/08, do 47º Festival de Cinema de Gramado foi marcada por muita emoção por conta da homenagem ao ator Lázaro Ramos, que recebeu o Troféu Oscarito, dedicado aos grandes atores, atrizes e nomes do cinema brasileiro.
Ator, diretor e dramaturgo, Lázaro começou sua trajetória no Bando de Teatro Olodum, em Salvador. Seu primeiro trabalho no cinema foi em Jenipapo, de Monique Gardenberg, seguido por Cinderela Baiana, de Conrado Sanchez, e Sabor da Paixão, de Fina Torres, com Penélope Cruz. Madame Satã, de Karim Aïnouz, que lhe rendeu o prêmio de melhor ator no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e também pela APCA, foi seu primeiro filme como protagonista, iniciando uma trajetória que inclui Carandiru; As Três Marias; O Homem do Ano; O Homem que Copiava, vencedor do prêmio de melhor ator no Festival de Havana; Meu Tio Matou um Cara; A Máquina; Quanto Vale ou é por Quilo?; Cidade Baixa; Ó Paí, Ó; Saneamento Básico, O Filme; O Grande Kilapy, prêmio de melhor ator no FESTin Lisboa; Tudo Que Aprendemos Juntos; Mundo Cão; entre outros filmes e diversos trabalhos na TV, como a minissérie Mister Brau.
Atualmente, Lázaro está em fase de produção de seu primeiro longa como diretor, Medida Provisória. No teatro, recomeça a turnê da peça O Topo da Montanha, em que atua com a mulher, Taís Araújo. Seus trabalhos mais recentes nas telonas foram: Correndo Atrás, de Jeferson De; O Beijo no Asfalto, de Murilo Benício; e o inédito Silêncio da Chuva, de Daniel Filho.
Antes de chegar ao Palácio dos Festivais, o homenageado demorou cerca de 30 minutos para cruzar o tapete vermelho ao lado do pai, Ivan. Sentado na plateia, gargalhou ao se ver na tela ao lado de Carla Perez em Cinderela Baiana. Em seguida, subiu ao palco e fez um discurso emocionante.
“Eu quero agradecer todos que fizeram cinema nesse país e fizeram com que eu sonhasse. Eu quero agradecer como público pelo que o cinema brasileiro fez para mim. Formou minha identidade. Se hoje estou aqui é por causa do cinema brasileiro que eu vi”, disse emocionado.
Além disso, fez agradecimentos à esposa Taís Araújo, aos filhos João Vicente e Maria Antônia e ao pai. E completou, com os olhos cheios de lágrimas: “Quero dedicar este prêmio à dona Ruth de Souza, que vai fazer muita falta. Ela trouxe inspiração para este menino preto que não sabia que podia sonhar. E agora sonha e espera poder fazer outras pessoas sonharem. Vamos olhar para nossa diversidade, aplaudir e celebrá-la sempre. Todo mundo precisa ter voz para contar todo tipo de história”, finalizou.
Aperte o play e assista aos melhores momentos da homenagem:
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Foto: Edison Vara/Agência Pressphoto.