Foram anunciados nesta quarta-feira, 10/08, os vencedores da 21ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que consagrou o longa Marighella, de Wagner Moura, com oito troféus Grande Otelo, entre eles, o de melhor longa-metragem de ficção; o filme liderava a lista com 17 indicações.
Com apresentação de Camila Pitanga e Silvero Pereira, a cerimônia, que marcou a volta ao formato presencial, foi realizada na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro, e apresentou imagens de produções que marcaram a história do audiovisual brasileiro; o ator também interpretou três canções durante a noite: Sujeito de Sorte, de Belchior, Maria Maria, de Milton Nascimento, e Dias Melhores Virão, de Rita Lee e Roberto de Carvalho.
Com direção de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, o evento foi transmitido ao vivo pelo YouTube da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais e pelo Canal Brasil, com sinal aberto para não assinantes no Globoplay, que apresentou um aquecimento com comentários de Simone Zuccolotto e Karine Teles.
Ao todo, foram anunciados 32 prêmios escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema. Além disso, os indicados nas categorias de melhor longa-metragem de ficção, melhor longa documental e melhor longa-metragem de comédia concorreram ao disputado prêmio de melhor filme pelo Júri Popular; o vencedor foi O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte.
Neste ano, a Academia fez uma homenagem coletiva às mulheres produtoras de cinema, além de celebrar os 60 anos do filme O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, único longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro no Festival de Cannes; Anibal Massaini Neto, filho do produtor Osvaldo Massaini, subiu ao palco ao lado do ator Antonio Pitanga.
Com sede no Rio de Janeiro e representatividade nacional, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é uma entidade independente criada no dia 20 de maio de 2002 com a finalidade, entre outras, de instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento da indústria audiovisual em todo o Brasil.
A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Renata Almeida Magalhães e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (vice-presidente), Bárbara Paz (diretora secretária) e três novos membros: Jeferson De (diretor de comunicação), Ariadne Mazzetti (diretora financeira) e Allan Deberton (diretor social).
Conheça os vencedores do 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:
MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
Marighella, de Wagner Moura
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
Depois a Louca Sou Eu, de Julia Rezende
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
Turma da Mônica – Lições, de Daniel Rezende
MENÇÃO HONROSA | LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral
MELHOR FILME | JÚRI POPULAR
O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte
MELHOR DIREÇÃO
Daniel Filho, por O Silêncio da Chuva
MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Wagner Moura, por Marighella
MELHOR ATRIZ
Dira Paes, por Veneza
MELHOR ATOR
Seu Jorge, por Marighella
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Zezé Motta, por Doutor Gama
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Rodrigo Santoro, por 7 Prisioneiros
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Deserto Particular, escrito por Henrique dos Santos e Aly Muritiba
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Marighella, escrito por Felipe Braga e Wagner Moura
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Marighella, por Adrian Teijido
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Marighella, por Frederico Pinto
MELHOR FIGURINO
Marighella, por Verônica Julian
MELHOR MAQUIAGEM
Veneza, por Martín Macías Trujillo
MELHOR EFEITO VISUAL
Contos do Amanhã, por Pedro de Lima Marques
MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO
Piedade, por Karen Harley
MELHOR MONTAGEM | DOCUMENTÁRIO
A Última Floresta, por Ricardo Farias
MELHOR SOM
Marighella, por George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato
MELHOR TRILHA SONORA
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, por André Abujamra e Márcio Nigro
MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli
MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
Ato, de Bárbara Paz
MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
Ema, de Pablo Larraín; distribuidora brasileira: Imovision (Chile)
MELHOR FILME INTERNACIONAL
Nomadland, de Chloé Zhao; distribuidora brasileira: Disney (EUA)
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | ANIMAÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Angeli The Killer (2ª temporada) (Canal Brasil); Produtora: Coala Produções Audiovisual; Direção Geral: Cesar Cabral
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | DOCUMENTÁRIO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Transamazônica – Uma Estrada para o Passado (1ª temporada) (HBO e HBO Go); Produtora: Ocean Films; Direção Geral: Jorge Bodanzky
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Dom (1ª temporada) (Amazon Prime Video); Produtora: Conspiração; Direção Geral: Breno Silveira
MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV ABERTA
Sob Pressão (4ª temporada) (Globo); Produtora: Conspiração; Direção Geral: Andrucha Waddington
Foto: Rogerio Resende.