Marighella, de Wagner Moura, lidera indicações ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022

por: Cinevitor
Seu Jorge em Marighella: filme com 17 indicações.

Foram divulgados nesta terça-feira, 14/06, os finalistas ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2022. Esta edição marca o retorno ao formato presencial da maior premiação do setor, realizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, que nos dois últimos aconteceu virtualmente, e também a volta ao Rio de Janeiro depois de três anos em São Paulo.

Nesta 21ª edição, Marighella, dirigido por Wagner Moura, lidera com 17 indicações, entre elas, melhor longa de ficção e melhor ator para Seu Jorge e Bruno Gagliasso. Na sequência, aparece O Silêncio da Chuva, de Daniel Filho, com 11 indicações. A lista de finalistas de 2022 reúne mais de 200 profissionais indicados, 17 longas-metragens brasileiros e 10 longas estrangeiros. Ao todo, este ano também estão na disputa 15 curtas brasileiros e 18 séries. Os finalistas concorrem em 31 categorias ao Troféu Grande Otelo e foram escolhidos em votação pelos sócios da Academia.

Com direção do artista visual Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, a cerimônia será realizada na Cidade das Artes, no dia 10 de agosto, com transmissão ao vivo na TV pelo Canal Brasil, pelo YouTube e pelo Instagram da Academia.

“Essa edição será mais representativa, pois vai marcar o reencontro presencial de todo o setor para celebrar o nosso audiovisual. Também destaco a alegria de voltarmos ao Rio de Janeiro depois de três anos em São Paulo, onde fomos muito bem recebidos. E, graças ao apoio do prefeito Eduardo Paes retornamos ao Rio, onde esperamos permanecer por muitos anos, contribuindo para a recuperação da cidade”, disse Jorge Peregrino, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais.

O Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é votado por profissionais das mais diversas áreas do setor que são associados à Academia, entidade aberta a toda a classe. Como acontece todos os anos, a abertura dos envelopes com os vencedores será auditada pela PwC (a mesma que faz a apuração do Oscar). Em 2022, foram inscritos mais de mil profissionais nas diferentes categorias: 53 longas de ficção (incluindo infantis e animação), 33 longas documentários, 61 curtas-metragens, 40 séries brasileiras, 35 longas-metragens internacionais e 11 longas ibero-americanos.

Os vencedores serão escolhidos no segundo turno, que começa no dia 20 de junho, com votação entre os sócios da Academia. Em data que será divulgada em breve, a votação popular pela internet será iniciada para que o público eleja seu filme favorito entre os longas brasileiros finalistas de ficção (drama e comédia) e documentário.

Com sede no Rio de Janeiro e representatividade nacional, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é uma entidade independente criada no dia 20 de maio de 2002 com a finalidade, entre outras, de instituir o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e contribuir para a discussão, promoção e fortalecimento da indústria audiovisual em todo o Brasil.

Em 2020, a Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais foi reconhecida pela AMPAS, Academy of Motion Picture Arts and Sciences, como a única entidade credenciada para indicar o filme que representa o cinema brasileiro na categoria de melhor longa-metragem internacional no Oscar, sem qualquer tutela do governo que esteja no poder.

O processo de definição dos vencedores do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro é dividido em duas etapas: indicação e premiação. A partir de 2004, a votação passou a ser feita via internet, pelos sócios da Academia, que recebem uma senha eletrônica para votar pela internet.

Na fase de indicação são escolhidas as cinco obras e profissionais representantes de cada categoria que passarão para a etapa seguinte. A escolha é feita pelos sócios através de uma cédula de votação eletrônica com a lista completa de todos os concorrentes. Terminado o processo de apuração do primeiro turno, uma nova relação com os cinco escolhidos em cada categoria é enviada aos sócios que escolhem, então, os vencedores. Nas duas etapas a votação é secreta e a abertura das cédulas, bem como a apuração dos votos, é realizada pela PwC.

A Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais é presidida por Jorge Peregrino e a diretoria é composta por Paulo Mendonça (vice-presidente), Alexandre Duvivier, Bárbara Paz, Iafa Britz e Renata Almeida Magalhães.

Conheça os indicados ao 21º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM FICÇÃO
7 Prisioneiros, de Alexandre Moratto
Depois a Louca Sou Eu, de Julia Rezende
Deserto Particular, de Aly Muritiba
Homem Onça, de Vinícius Reis
Marighella, de Wagner Moura

MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA
A Sogra Perfeita, de Cris D’Amato
Depois a Louca Sou Eu, de Julia Rezende
O Auto da Boa Mentira, de José Eduardo Belmonte
Quem Vai Ficar com Mário?, de Hsu Chien Hsin
Um Casal Inseparável, de Sergio Goldenberg

MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
8 Presidentes 1 Juramento – A História de um Tempo Presente, de Carla Camurati
A Última Floresta, de Luiz Bolognesi
Alvorada, de Anna Muylaert e Lô Politi
Chacrinha: Eu Vim Para Confundir e Não Para Explicar, de Micael Langer e Cláudio Manoel
Cine Marrocos, de Ricardo Calil

MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL
Turma da Mônica – Lições, de Daniel Rezende
Um Tio Quase Perfeito 2, de Pedro Antônio Paes

MENÇÃO HONROSA | LONGA-METRAGEM ANIMAÇÃO
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, de Cesar Cabral

MELHOR DIREÇÃO
Alexandre Moratto, por 7 Prisioneiros
Aly Muritiba, por Deserto Particular
Anna Muylaert e Lô Politi, por Alvorada
Daniel Filho, por O Silêncio da Chuva
Daniel Rezende, por Turma da Mônica – Lições
Luiz Bolognesi, por A Última Floresta

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Camila Freitas, por Chão
Cesar Cabral, por Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente
Déo Cardoso, por Cabeça de Nêgo
Iuli Gerbase, por A Nuvem Rosa
Madiano Marcheti, por Madalena
Wagner Moura, por Marighella

MELHOR ATRIZ
Adriana Esteves, por Marighella
Andreia Horta, por O Jardim Secreto de Mariana
Débora Falabella, por Depois a Louca Sou Eu
Dira Paes, por Veneza
Marieta Severo, por Noites de Alface

MELHOR ATOR
Antonio Saboia, por Deserto Particular
Bruno Gagliasso, por Marighella
Chico Diaz, por Homem Onça
Irandhir Santos, por Piedade
Seu Jorge, por Marighella

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Bárbara Paz, por Por Que Você Não Chora?
Bella Camero, por Marighella
Carol Castro, por Veneza
Claudia Abreu, por O Silêncio da Chuva
Zezé Motta, por Doutor Gama

MELHOR ATOR COADJUVANTE
André Abujamra, por 7 Prisioneiros
Augusto Madeira, por Acqua Movie
Danton Mello, por Um Tio Quase Perfeito 2
Emilio de Mello, por Homem Onça
Humberto Carrão, por Marighella
Luiz Carlos Vasconcelos, por Marighella
Rodrigo Santoro, por 7 Prisioneiros

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
7 Prisioneiros, escrito por Thayná Mantesso e Alexandre Moratto
A Última Floresta, escrito por Davi Kopenawa Yanomami e Luiz Bolognesi
Alvorada, escrito por Anna Muylaert e Lô Politi
Deserto Particular, escrito por Henrique dos Santos e Aly Muritiba
Piedade, escrito por Hilton Lacerda, Anna Carolina Francisco e Dillner Gomes

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Ana. Sem Título, escrito por Lucia Murat e Tatiana Salem Levy
Marighella, escrito por Felipe Braga e Wagner Moura
O Silêncio da Chuva, escrito por Lusa Silvestre
Turma da Mônica – Lições, escrito por Mariana Zatz e Thiago Dottori
Veneza, escrito por Miguel Falabella

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
Acqua Movie, por Gustavo Hadba
Deserto Particular, por Luis Armando Arteaga
Doutor Gama, por Cristiano Conceição
Marighella, por Adrian Teijido
O Silêncio da Chuva, por Felipe Reinheimer
Turma Da Mônica – Lições, por Azul Serra
Veneza, por Gustavo Hadba

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
4×100 – Correndo por um Sonho, por Claudio Amaral Peixoto
7 Prisioneiros, por William Valduga
Deserto Particular, por Fabíola Bonofiglio e Marcos Pedroso
Marighella, por Frederico Pinto
O Silêncio da Chuva, por Mário Monteiro
Veneza, por Tulé Peake

MELHOR FIGURINO
7 Prisioneiros, por Aline Canella
Doutor Gama, por Rô Nascimento
Marighella, por Verônica Julian
O Silêncio da Chuva, por Kika Lopes
Veneza, por Bia Salgado

MELHOR MAQUIAGEM
Deserto Particular, por Britney Federline
Marighella, por Martín Macías Trujillo
O Silêncio da Chuva, por Adriano Manques
Turma da Mônica – Lições, por Gabi Britzki
Veneza, por Martín Macías Trujillo

MELHOR EFEITO VISUAL
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, por Eduardo Schaal, Guilherme Ramalho e Hugo Gurgel
Contos do Amanhã, por Pedro de Lima Marques
Marighella, por Saulo Silva
O Silêncio da Chuva, por Emerson Bonadias
Turma da Mônica – Lições, por Marco Prado
Veneza, por Luiz Adriano

MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO
7 Prisioneiros, por Germano de Oliveira
Marighella, por Lucas Gonzaga
O Silêncio da Chuva, por Diana Vasconcellos
Piedade, por Karen Harley
Veneza, por Diana Vasconcellos

MELHOR MONTAGEM | DOCUMENTÁRIO
8 Presidentes 1 Juramento – A História de um Tempo Presente, por Joana Ventura
A Última Floresta, por Ricardo Farias
Alvorada, por Vania Debs
Boa Noite, por Eva Randolph e Yan Motta
Cine Marrocos, por Jordana Berg
Zimba, por Idê Lacreta

MELHOR SOM
7 Prisioneiros, por Lia Camargo e Tom Myers
Acqua Movie, por Valéria Ferro, Tiago Bittencourt, Daniel Turini, Fernando Henna e Sérgio Abdalla
Marighella, por George Saldanha, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato
O Silêncio da Chuva, por Marcel Costa, Simone Petrillo e Paulo Gama
Turma da Mônica – Lições, por Jorge Rezende, Miriam Biderman, Ricardo Reis e Toco Cerqueira

MELHOR TRILHA SONORA
Acqua Movie, por Antonio Pinto
Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente, por André Abujamra e Márcio Nigro
Deserto Particular, por Felipe Ayres
Marighella, por Antonio Pinto
O Silêncio da Chuva, por Berna Ceppas
Pixinguinha, Um Homem Carinhoso, por Cristovão Bastos

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO
Aurora – A Rua que Queria Ser um Rio, de Radhi Meron
Batchan, de Ester Harumi Kawai
Cenas da Infância, de Kimberly Palermo
Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues
Solitude, de Tami Martins

MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO
A Fome de Lázaro, de Diego Benevides
Fogo Baixo Alto Astral, de Helena Ignez
Foi um Tempo de Poesia, de Petrus Cariry
Mãe Solo, de Camila de Moraes
Yaõkwa, Imagem e Memória, de Rita Carelli e Vincent Carelli

MELHOR CURTA-METRAGEM DE FICÇÃO
A Máquina Infernal, de Francis Vogner dos Reis
Ato, de Bárbara Paz
Céu de Agosto, de Jasmin Tenucci
Chão de Fábrica, de Nina Kopko
Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui, de Érica Sarmet

MELHOR FILME IBERO-AMERICANO
A Noite do Fogo, de Tatiana Huezo (México)
Aranha, de Andrés Wood (Argentina/Brasil/Chile)
Coração Errante, de Leonardo Brzezicki (Brasil/Argentina/Chile/Espanha/Holanda)
Ema, de Pablo Larraín (Chile)
Um Crime em Comum, de Francisco Márquez (Argentina)

MELHOR FILME INTERNACIONAL
Druk – Mais uma Rodada, de Thomas Vinterberg (Dinamarca)
Duna, de Denis Villeneuve (EUA)
Meu Pai, de Florian Zeller (Reino Unido/França/EUA)
Nomadland, de Chloé Zhao (EUA)
Summer Of Soul (…Ou, Quando a Revolução Não Pôde Ser Televisionada), de Questlove Thompson (EUA)

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | ANIMAÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Angeli The Killer (2ª temporada) (Canal Brasil); Direção Geral: Cesar Cabral
Aventuras de Amí (1ª temporada) (Globoplay); Direção Geral: Maria Carolina e Igor Souza
Os Under-Undergrounds (2ª temporada) (Nickelodeon); Direção Geral: Fernando Alonso e Nelson Botter Jr.
Planeta Palavra (1ª temporada) (Discovery+); Direção Geral: Claudio Peralta

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA | DOCUMENTÁRIO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Abre Alas (1ª temporada) (YouTube Originals); Direção Geral: Maristela Mattos
Sociedade do Cansaço (1ª temporada) (GNT); Direção Geral: Patrick Hanser
Som da Rua (3ª temporada) (Canal Curta); Direção Geral: Roberto Berliner
Transamazônica – Uma Estrada para o Passado (1ª temporada) (HBO e HBO Go); Direção Geral: Jorge Bodanzky
Tu Casa es Mi Casa (1ª temporada) (HBO Mundi e HBO Go); Direção Geral: Paulinho Moska e Pablo Casacuberta

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV PAGA/OTT
Chão de Estrelas (1ª temporada) (Canal Brasil); Direção Geral: Hilton Lacerda
Colônia (1ª temporada) (Canal Brasil); Direção Geral: André Ristum
Detetives do Prédio Azul (15ª temporada) (Gloob e Globoplay); Direção Geral: Tatiana de Lamare
Dom (1ª temporada) (Amazon Prime Video); Direção Geral: Breno Silveira
Manhãs de Setembro (1ª temporada) (Amazon Prime Video); Direção Geral: Luis Pinheiro
Sintonia (2ª temporada) (Netflix); Direção Geral: Kondzilla

MELHOR SÉRIE BRASILEIRA FICÇÃO | PRODUÇÃO INDEPENDENTE | TV ABERTA
Exterminadores do Além (1ª temporada) (SBT); Direção Geral: Fabricio Bittar
Laboratório Aloprado Tá On (1ª temporada) (TVE RS); Direção Geral: Edye
Sob Pressão (4ª temporada) (Globo); Direção Geral: Andrucha Waddington

Foto: Ariela Bueno.

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