Mulher-Maravilha

por: Cinevitor

maravilhaposterfinalWonder Woman

Direção: Patty Jenkins

Elenco: Gal Gadot, Chris Pine, Connie Nielsen, Robin Wright, Danny Huston, David Thewlis, Saïd Taghmaoui, Ewen Bremner, Eugene Brave Rock, Lucy Davis, Elena Anaya, Lilly Aspell, Lisa Loven Kongsli, Ann J. Wolfe, Ann Ogbomo, Emily Carey, James Cosmo, Wolf Kahler, Alexander Mercury, Martin Bishop, Flora Nicholson, Pat Abernethy, Philippe Spall, Edward Wolstenholme, Ian Hughes, Marko Leht, Steffan Rhodri, Rachel Pickup, Andrew Byron, Frank Allen Forbes, Jennie Eggleton, Danielle Lewis, Florence Kasumba, Eleanor Matsuura, Josette Simon, Doutzen Kroes, Hayley Warnes, Caitlin Burles, Jemma Moore, Samantha Jo, Brooke Ence, Madeleine Vall Beijner, Hari James, Jacqui-Lee Pryce, Caroline Winberg, Kattreya Scheurer-Smith, Rekha Luther, Thaina Oliveira, Zinnia Kumar, Amber Doyle, Fred Fergus, Gana Bayarsaikhan, Camilla Roholm, Mayling Ng.

Ano: 2017

Sinopse: Antes de tornar-se Mulher-Maravilha, ela era Diana, princesa das Amazonas e treinada para ser uma guerreira invencível. Diana descobre que um grande conflito assola o mundo quando um piloto americano cai com seu avião nas areias da costa. Convencida de que é capaz de vencer a ameaça de destruição, Diana deixa a ilha. Lutando lado a lado com homens numa guerra que pretende acabar de vez com todas as guerras, ela vai descobrir todos os seus poderes e seu verdadeiro destino.

Crítica do CINEVITOR: Quando Gal Gadot apareceu pela primeira vez em ação com o uniforme de Mulher-Maravilha, os holofotes estavam divididos entre outros dois super-heróis. Isso aconteceu recentemente, no morno Batman vs Superman: A Origem da Justiça. Mas, sua entrada triunfal, embalada pela trilha de Hans Zimmer, tomou conta da cena e criou ainda mais expectativas para seu filme solo, que seria lançado um ano depois. E o grande dia chegou! Dirigido por Patty Jenkins, de Monster: Desejo Assassino, o longa sobre a Princesa Amazona da ilha de Themyscira é um grande acerto da DC e tem sido considerada sua melhor produção cinematográfica desde Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, lançado em 2008. Porém, Mulher-Maravilha é mais do que isso. É preciso falar sobre sua importância nessa nova fase de filmes de super-heróis. A última vez que vimos uma heroína como protagonista foi em 2005, no desprestigiado Elektra, com Jennifer Garner. Agora, temos um filme decente sobre uma mulher poderosa e corajosa, com uma narrativa bem construída que mostra a origem de Diana Prince, desde sua infância até o auge de seus poderes. Tudo acontece no tempo certo e aos poucos acompanhamos a transformação da personagem. A força e o poder de sua espada, do escudo, da tiara e dos braceletes são apresentados em um ritmo ágil, sem pressa de mostrar tudo de uma vez. Além de muita ação, Mulher-Maravilha também se destaca por trabalhar diversos gêneros de forma natural: há momentos dramáticos, românticos e até cômicos, com uma leve dose de humor nos diálogos, um pouco apimentados em certos momentos. Porém, há uma dedicação em contar essa história com a intenção de enaltecer o poder feminino. Gal Gadot nos apresenta uma protagonista movida pelo amor. Seu objetivo não é lutar por lutar e nem ser melhor do que ninguém. É apenas agir com o coração. E é isso que alavanca a emoção do filme. Ainda que se passe num universo fantasioso, Mulher-Maravilha pode ser considerada uma obra contemporânea, pois discute o empoderamento feminino em cada linha de seu roteiro. Inserir um tema tão atual em um gênero cinematográfico dominado por homens é um avanço de extrema importância. Foi-se a época em que as mulheres eram coadjuvantes em filmes desse tipo. Aqui, temos muito mais do que um rostinho bonito para agradar o público masculino. É ela quem está no comando, é ela quem decide o que fazer, como pensar, como se relacionar, como se desafiar. Em nenhum momento a protagonista se sente incapaz de realizar algo por ser mulher. A fragilidade, nesse caso, não está ligada ao sexo, e sim, às emoções. Tanto que chega a ser arrepiante ver Gal Gadot dando piruetas no ar e enfrentando seus adversários com garra e determinação, principalmente em sua primeira sequência de luta. Fato é que não há barreiras sociais para ela, muito menos desigualdade de gêneros. Mulher-Maravilha é sobre uma mulher determinada; uma super-heroína da ficção com poder de inspirar heróis e heroínas da vida real e agradar todos os públicos. É importante, marcante, necessário e abre um leque de discussões sobre a representatividade feminina nas telonas, principalmente neste gênero cinematográfico, além de contribuir para um novo rumo de ideias e oportunidades sobre histórias parecidas com essa. Se antes você imaginava conquistar Gotham City ou ter uma visão telescópica, agora vai querer também a força da Princesa Amazona ou até mesmo usar seu Laço da Verdade. Os tempos são outros e os filmes de super-heróis também. Parece que estamos no caminho certo. Ainda bem! (Vitor Búrigo)

Nota do CINEVITOR:

nota-4-estrelas

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