Pacarrete, de Allan Deberton, é consagrado no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2021

por: Cinevitor
Marcélia Cartaxo em Pacarrete, de Allan Deberton: oito prêmios.

Foram anunciados neste domingo, 28/11, os vencedores da 20ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, que consagrou o longa cearense Pacarrete, de Allan Deberton, com oito troféus Grande Otelo, entre eles, melhor filme segundo o Júri Popular. Além disso, A Febre, dirigido por Maya Da-Rin, levou o prêmio de melhor longa-metragem de ficção.

Por conta da pandemia, a cerimônia, que é realizada anualmente pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, aconteceu de forma remota pelo segundo ano consecutivo com apresentação das jornalistas Adriana Couto e Renata Boldrini, com transmissão dos estúdios da TV Cultura, em São Paulo. O grande homenageado da noite foi Ruy Guerra, cineasta, poeta e compositor moçambicano radicado no Brasil, que completou 90 anos em 2021.

Neste ano, foram anunciados 32 prêmios, em quatro grandes categorias: longa-metragem, curta-metragem e séries brasileiras, escolhidos pelo amplo júri formado por profissionais associados à Academia Brasileira de Cinema. Além disso, todos os 15 longas-metragens indicados nas categorias drama, comédia ou documentário também concorreram ao disputado prêmio de melhor filme pelo Júri Popular.

Com roteiro do jornalista Hugo Sukman e direção de Lucas Rochetti, a transmissão do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro teve como tema a preservação e a memória do audiovisual. A cerimônia foi costurada com imagens de produções que marcaram a história do audiovisual e por apresentações musicais do pianista André Mehmari e da cantora Monica Salmaso.

Jorge Peregrino, presidente da Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais, falou sobre a premiação deste ano: “Realizar o Grande Prêmio não foi uma tarefa fácil, devido às dificuldades que passam o audiovisual brasileiro, a indústria criativa e a cultura em geral nos tempos de hoje, mas sempre com a esperança de que elas possam ser em breve superadas. O GP deste ano é um reconhecimento à importância da memória e de sua preservação para o país, para a sua história, a sua cultura e para o cinema e audiovisual brasileiros. Esse reconhecimento, assim como todas as ações nesse sentido, é uma obrigação de todos, dos governos inclusive, para com as futuras gerações, já que uma nação não existe sem a sua memória. Daí, a homenagem que a Academia presta à luta liderada pelo S.O.S. Cinemateca, pela Associação Paulista de Cineastas e por todos que nela se envolveram em defesa da Cinemateca Brasileira em São Paulo, mais uma vez atingida por um incêndio que destruiu parte de seu acervo, devido ao descaso com que, ao longo dos anos, o nosso país tratou esse patrimônio. Mas seguiremos em frente. Espero que 2022 seja melhor para todos nós”.

Conheça os vencedores do 20º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro:

MELHOR LONGA-METRAGEM | FICÇÃO
A Febre, de Maya Da-Rin

MELHOR LONGA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, de Bárbara Paz

MELHOR FILME | VOTO POPULAR
Pacarrete, de Allan Deberton

MELHOR LONGA-METRAGEM | INTERNACIONAL
Jojo Rabbit, de Taika Waititi (EUA/Nova Zelândia/República Checa)

MELHOR LONGA-METRAGEM IBERO-AMERICANO
O Roubo do Século (El Robo del Siglo), de Ariel Winograd (Argentina)

MELHOR LONGA-METRAGEM | COMÉDIA
Pacarrete, de Allan Deberton

MELHOR LONGA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Os Under Undergrounds, o Começo, de Nelson Botter Jr.

MELHOR LONGA-METRAGEM | INFANTIL
10 Horas para o Natal, de Cris D’Amato

MELHOR DIREÇÃO
Jeferson De, por M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida

MELHOR ATOR
Marcos Palmeira, por Boca de Ouro

MELHOR ATRIZ
Marcélia Cartaxo, por Pacarrete

MELHOR ATOR COADJUVANTE
João Miguel, por Pacarrete

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Hermila Guedes, por Fim de Festa

MELHOR PRIMEIRA DIREÇÃO DE LONGA-METRAGEM
Bárbara Paz, por Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Pacarrete, escrito por Allan Deberton, André Araújo, Natália Maia e Samuel Brasileiro

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
M-8 – Quando a Morte Socorre a Vida, escrito por Jeferson De e Felipe Sholl

MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA
A Febre, por Barbara Alvarez

MELHOR MONTAGEM | FICÇÃO
A Febre, por Karen Akerman

MELHOR MONTAGEM | DOCUMENTÁRIO
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Cao Guimarães e Bárbara Paz

MELHOR CURTA-METRAGEM | FICÇÃO
República, de Grace Passô (SP)

MELHOR CURTA-METRAGEM | DOCUMENTÁRIO
Filhas de Lavadeiras, de Edileuza Penha de Souza (DF)

MELHOR CURTA-METRAGEM | ANIMAÇÃO
Subsolo, de Otto Guerra e Erica Maradona (RS)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Pacarrete, por Rodrigo Frota

MELHOR MAQUIAGEM
Pacarrete, por Tayce Vale

MELHOR FIGURINO
Boca de Ouro, por Kika Lopes

MELHOR TRILHA SONORA
Pacarrete, por Fred Silveira

MELHOR SOM
Babenco – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou, por Rodrigo Ferrante, Miriam Biderman e Ricardo Reis

MELHOR EFEITO VISUAL
A Divisão, por Marcelo Siqueira

MELHOR SÉRIE DOCUMENTÁRIO TV PAGA/OTT
Milton e o Clube da Esquina (1ª Temporada) (Canal Brasil)

MELHOR SÉRIE ANIMAÇÃO TV PAGA/OTT
Rocky & Hudson: Os Caubóis Gays (1ª Temporada) (Canal Brasil)

MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV ABERTA
Sob Pressão – Plantão Covid (Temporada Especial) (TV Globo)

MELHOR SÉRIE FICÇÃO TV PAGA/OTT
Bom Dia, Verônica (1ª Temporada) (Netflix)

Foto: Luiz Alves.

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