Evento foi transferido por conta da pandemia do novo coronavírus.
A organização do Festival de Cinema de Gramado acaba de comunicar a transferência do evento, inicialmente programado para agosto, para o período de 18 a 26 setembro. A nova data foi fixada a partir da análise do cenário nacional em função da pandemia de Covid-19.
Dia a dia a organização e as equipes de conteúdo e produção observam e avaliam as alterações no cenário enquanto constroem a edição 2020: “O Festival de Gramado reúne, aproxima equipes de produção, elencos, diretores e realizadores. São nove dias de celebração ao cinema, de reconhecimento às produções concorrentes, mas também de fomento e incentivo às novas produções. Os festivais mantêm o cinema vivo e Gramado tem muita honra de contribuir com o fortalecimento da indústria do audiovisual. Esse é o nosso compromisso e será mantido ainda que não sejam descartadas alterações ou adequações no formato”, avalia Diego Scariot, gerente de projetos da Gramadotur.
Para sua 48ª edição, Gramado também anunciou um balanço dos filmes inscritos. Ao total, foram 667 títulos: 146 longas-metragens brasileiros, 93 longas estrangeiros e 428 curtas-metragens brasileiros. Produções de 23 estados e do Distrito Federal marcaram presença. São Paulo com 46 longas e 136 curtas; Rio de Janeiro com 30 longas e 67 curtas; Rio Grande do Sul com 13 longas e 55 curtas; e Minas Gerais com nove longas e 31 curtas. Estes foram os estados que concentram o maior número de produções inscritas.
Entre os estrangeiros, 49 filmes são argentinos, 10 espanhóis, seis uruguaios e cinco mexicanos, mas também há produções da Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Portugal e Venezuela. No atual cronograma, a seleção dos filmes para as mostras competitivas de curtas gaúchos e nacionais, longas brasileiros e estrangeiros, deve ser concluída até final de julho.
Segundo informações de 2019, no Brasil, a indústria do audiovisual emprega cerca de 300 mil pessoas. Dados da Ancine, Agência Nacional do Cinema, apontam que o país conta com 12,7 mil empresas de todos os elos da cadeia. A arrecadação anual do setor em impostos diretos e indiretos chega a R$ 3,4 bilhões. “A produção audiovisual tem uma importância social, cultural e econômica inestimável”, conclui Diego.
Foto: Diego Vara/Pressphoto.