Camila Márdila e Regina Casé em Que Horas Ela Volta?.
Depois de ser ignorado no Globo de Ouro, o premiado Que Horas Ela Volta?, de Anna Muylaert, está fora da disputa pela estatueta dourada no Oscar 2016. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou, na noite desta quinta-feira, 17/12, os nove filmes que ainda continuam na corrida pelo prêmio. Os cinco finalistas serão anunciados no dia 14 de janeiro e a cerimônia de premiação acontecerá no dia 28 de fevereiro.
Além do brasileiro, outros filmes elogiados pela crítica e alguns até considerados favoritos, também ficaram de fora da lista da Academia. É o caso do argentino O Clã, premiado nos festivais de Toronto e Veneza; do drama A Assassina, representante de Taiwan, que rendeu o prêmio de melhor diretor para Hou Hsiao-Hsien no Festival de Cannes; do chileno O Clube, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim e indicado ao Globo de Ouro deste ano; do drama Ixcanul, representante da Guatemala; entre outros.
A ausência de Que Horas Ela Volta? repercutiu na imprensa internacional: “Estou surpresa que o retrato feminista de uma empregada doméstica e sua filha, feito pela brasileira Anna Muylaert, não chegou aos finalistas”, disse a jornalista Anne Thompson em sua coluna no site Indiewire.
A Variety citou alguns filmes considerados de alto cacife que ficaram de fora e destacou o brasileiro. O jornalista Gregg Kilday, do site The Hollywood Reporter, também comentou sobre o filme de Anna Muylaert, afirmando que ele tinha potencial para estar na lista da Academia.
O crítico americano Kenneth Turan, do Los Angeles Times, postou em sua conta no Twitter: “Triste que o brasileiro ‘Que Horas Ela Volta?’ está fora da lista. Realmente uma pena”.
Confira a lista com os nove semifinalistas ao Oscar de melhor filme estrangeiro:
ALEMANHA: Labirinto de Mentiras, de Giulio Ricciarelli
BÉLGICA: The Brand New Testament (Le tout nouveau testament), de Jaco Van Dormael
COLÔMBIA: Embrace of the Serpent (El abrazo de la serpiente), de Ciro Guerra
DINAMARCA: A War (Krigen), de Tobias Lindholm
FINLÂNDIA: The Fencer (Miekkailija), de Klaus Härö
FRANÇA: Cinco Graças (Mustang), de Deniz Gamze Ergüven
HUNGRIA: Filho de Saul (Son of Saul/Saul fia), de László Nemes
IRLANDA: Viva, de Paddy Breathnach
JORDÂNIA: Theeb, de Naji Abu Nowar