Queer Lisboa 2021 anuncia filmes selecionados; cinema brasileiro ganha destaque

por: Cinevitor
Cena do curta pernambucano Inabitável: destaque na seleção.

O Queer Lisboa tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas. Com a expansão crescente do cinema queer em grandes festivais internacionais, o evento português, criado em 1997, cumpre seu objetivo de divulgar estéticas e narrativas mundiais que ainda possuem acesso limitado para o grande público.

Neste ano, em sua 25ª edição, que acontecerá entre os dias 17 e 25 de setembro, dezesseis títulos integram as mostras competitivas de longas-metragens, entre eles, três brasileiros:  Até o Fim, de Glenda Nicácio e Ary Rosa, e Madalena, de Madiano Marcheti, na categoria de ficção; e Limiar, de Coraci Ruiz, entre os documentários.

Na mostra competitiva de curtas, um terço dos títulos são de cineastas que retornam ao festival com obras radicais que reafirmam seus estilos. Aqui, o cinema brasileiro aparece com mais três filmes: Inabitável, de Enock Carvalho e Matheus Farias; Ouça, de Cris Lyra; e Vagalumes, de Léo Bittencourt.

Já na mostra Queer Art, que retrata novas tendências da teoria queer onde o cinema se cruza com as artes plásticas, mais três títulos brasileiros: 5 Casas, de Bruno Gularte Barreto, uma coprodução com a Alemanha; Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre; e Vaga Carne, de Ricardo Alves Jr. e Grace Passô.

A competitiva de curtas da Escola Europeia In My Shorts traz filmes realizados por alunos de escolas de cinema produzidos no ano anterior; além disso, disponibiliza dois dias de workshops para os realizadores. Nesta edição, o cinema francês ganha destaque.

Além disso, um dos destaques desta edição é a parceria entre a BoCA Bienal e a Cinemateca Portuguesa na homenagem à obra de um dos autores mais prolíficos do cinema queer norte-americano: Gus Van Sant. O cineasta e artista plástico irá criar o seu primeiro musical de palco, inspirado no universo criativo do estúdio The Factory, de Andy Warhol, em colaboração com músicos e artistas portugueses. Por conta disso, o Queer Lisboa realizará uma retrospectiva da sua carreira.

Para completar a homenagem, Gus Van Sant escolheu dois títulos que serão exibidos na Cinemateca Portuguesa: Batman Dracula (1964), de Andy Warhol, e Andy Warhol: A Documentary Film (2006), de Ric Burns. As sessões serão acompanhadas pelo homenageado, que conversará com o público sobre os filmes.

Confira os filmes selecionados para o 25º Queer Lisboa:

COMPETIÇÃO | LONGAS-METRAGENS

Até o Fim, de Glenda Nicácio e Ary Rosa (Brasil)
Bliss (Glück), de Henrika Kull (Alemanha)
Fin de Siglo, de Lucio Castro (Argentina)
Garçon Chiffon, de Nicolas Maury (França)
La Nave del Olvido, de Nicol Ruiz (Chile)
Madalena, de Madiano Marcheti (Brasil)
Minyan, de Eric Steel (EUA)
The Scary of Sixty-First, de Dasha Nekrasova (EUA)

COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIO

La Fabrique du Consentement: Regards Lesbo-Queer, de Mathilde Capone (Canadá)
Las Flores de la Noche, de Eduardo Esquivel e Omar Robles (México)
Limiar, de Coraci Ruiz (Brasil)
Miguel’s War, de Eliane Raheb (Líbano/Alemanha/Espanha)
Océano de Amor, de Alexa Karolinski e Ingo Niermann (Suíça/Cuba)
Sedimentos, de Adrián Silvestre (Espanha)
Silent Voice, de Reka Valerik (França/Bélgica)
Uferfrauen – Lesbisches L(i)eben in der DDR, de Barbara Wallbraun (Alemanha)

COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS

A Table for One, de Carlos Lobo (Portugal)
Beautiful Alexander (Mooie Alexander), de Marc Wagenaar (Holanda)
Drawings of my BF, de James Cooper (Reino Unido)
Dustin, de Naïla Guiguet (França)
Eggshells, de Slava Doytcheva (Bulgária)
En ce moment, de Serena Vittorini (Bélgica/Itália)
Escaping the Fragile Planet (Apodrasi apo ton Efthrafsto Planiti), de Thanasis Tsimpinis (Grécia)
Expatriate Dreamer, de Yihao Zheng (EUA/China)
Fou de Bassan, de Yann Gonzalez (França)
Heaven Reaches down to Earth, de Tebogo Malebogo (África do Sul)
Hi, Sweety., de Celeste Prezioso (Argentina)
Inabitável, de Enock Carvalho e Matheus Farias (Brasil)
International Dawn Chorus Day, de John Greyson (Canadá)
Les attendants, de Truong-Minh Quy (França/Indonésia/Singapura)
Lointain (Faraway), de Aziz Zoromba (Canadá)
Luz de Presença, de Diogo Costa Amarante (Portugal)
Nuit de Chine, de Nicolas Medy (França)
Octavia’s Visions, de Zara Zandieh (Alemanha)
Ouça, de Cris Lyra (Brasil)
Red Aninsri; or, Tiptoeing on the Still Trembling Berlin Wall (Aninsri Daeng), de Ratchapoom Boonbunchachoke (Tailândia)
The Fans (Fanaty), de Seva Galkin (Rússia)
Vagalumes, de Léo Bittencourt (Brasil)

COMPETIÇÃO | QUEER ART

5 Casas, de Bruno Gularte Barreto (Brasil/Alemanha)
Acts of Love, de Isidore Bethel e Francis Leplay (França/EUA)
Agate Mousse (Moss Agate), de Sélim Mourad (Líbano)
Another Europe, de Sangam Sharma (Áustria)
Desaprender a Dormir, de Gustavo Vinagre (Brasil)
Mojarse en Cuatro Versos, de Heleni Smuha e Clara Ràfols Pérez (Espanha)
Passion, de Maja Borg (Suécia/Espanha)
Vaga Carne, de Ricardo Alves Jr. e Grace Passô (Brasil)

COMPETIÇÃO | ESCOLA EUROPEIA IN MY SHORTS

Diamanda s’en va (Diamanda Goes Away), de Antoine Granier (França)
Eden, de Sven Spur (Bélgica)
Gare aux coquins (Naughty Spot), de Jean Costa (França)
Hyped, de Alkis Papastathopoulos (Grécia)
Jo, de Ann Sophie Wieder (França)
L’annonce, de Denis Liakhov (França)
La guerre en elle (The War inside Her), de Yara Atz (Suíça)
Scum Mutation, de Ov (França)
Supreme, de Youssef Youssef (Suíça)

RETROSPECTIVA GUS VAN SANT

Mala Noche (1985)
Garotos de Programa (1991)
Elefante (2003)
Milk: A Voz da Igualdade (2008)
Ouverture of Something That Never Ended (sete episódios)

* [ATUALIZADO – 26/08 | 15h46]

Foto: Gustavo Pessoa.

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