Queer Lisboa 2022: filmes brasileiros são selecionados

por: Cinevitor
Cena do longa brasileiro Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal.

O Queer Lisboa tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas. Com a expansão crescente do cinema queer em grandes festivais internacionais, o evento português, criado em 1997, cumpre seu objetivo de divulgar estéticas e narrativas mundiais que ainda possuem acesso limitado para o grande público.

Neste ano, em sua 26ª edição, que acontecerá entre os dias 16 e 24 de setembro, a programação contará com 87 títulos, de 27 países. O filme de abertura será o português Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues, exibido recentemente no Festival de Cannes; o documentário Esther Newton Made Me Gay, de Jean Carlomusto, encerrará o evento. Além disso, a comédia dramática argentina Los Agitadores, de Marco Berger, ganhará uma sessão especial e a retrospectiva deste ano será Notes on Camp: o Delírio Drag de Gay Girs Riding Club.

Como de costume, o cinema brasileiro ganha destaque na seleção. Na mostra competitiva de longas-metragens de ficção, filmes de Fábio Leal e Gustavo Vinagre aparecem na lista, além de Coração Errante (Errante Corazón), de Leonardo Brzezicki, uma coprodução entre Argentina, Brasil, Espanha, Chile e Holanda. Entre os documentários em competição, o Brasil aparece com Corpolítica, de Pedro Henrique França, que acompanha a candidatura de quatro pessoas LGBTQIA+ nas eleições de 2020; o filme é produzido pelo ator Marco Pigossi.

Já na competição de curtas-metragens, três produções nacionais, dirigidas por Maurício Chades, Elizabeth Rocha Salgado e Érica Sarmet, ganham destaque; o brasileiro Pedro Gonçalves Ribeiro aparece na mostra In My Shorts com a produção portuguesa Lugar Nenhum. A participação do Brasil no festival completa-se com títulos de Raphael Alvarez e Tatiana Issa, Breno Baptista e Caetano Gotardo.

O júri desta 26ª edição será formado por: Cláudia Lucas Chéu, Nuno Nolasco e Rita Azevedo Gomes na mostra competitiva de longas; Joana Frazão, Nathalie Mansoux e Rui Madruga nos documentários; Rodrigo Díaz, Rui Palma e Sandra de Almeida na competição de curtas-metragens e na mostra In My Shorts; e Jesse James, Luciana Fina e Vasco Araújo na competição Queer Art.

Conheça os filmes selecionados para o 26º Queer Lisboa:

COMPETIÇÃO | LONGAS

Coração Errante, de Leonardo Brzezicki (Argentina/Brasil/Espanha/Chile/Holanda)
Girl Picture (Tytöt tytöt tytöt), de Alli Haapasalo (Finlândia)
Joyland, de Saim Sadiq (Paquistão)
Les meilleurs, de Marion Desseigne Ravel (França)
Mi Vacío y Yo, de Adrián Silvestre (Espanha)
Seguindo Todos os Protocolos, de Fábio Leal (Brasil)
Três Tigres Tristes, de Gustavo Vinagre (Brasil)
Wet Sand, de Elene Naveriani (Suíça/Geórgia)

COMPETIÇÃO | DOCUMENTÁRIO

Ardente·x·s/Fierce: a Porn Revolution, de Patrick Muroni (Suíça)
C’è un Soffio di Vita Soltanto, de Matteo Butrugno e Daniele Coluccini (Itália/Alemanha)
Corpolítica, de Pedro Henrique França (Brasil)
Framing Agnes, de Chase Joynt (Canadá/EUA)
Jimmy in Saigon, de Peter McDowell (EUA)
Magaluf Ghost Town, de Miguel Ángel Blanca (Espanha)
Nuestros Cuerpos Son Sus Campos de Batalla, de Isabelle Solas (Argentina/França)
Soy Niño, de Lorena Zilleruelo (Chile/França)

COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS

a body is a body is a body, de Cat McClay e Éiméar McClay (Reino Unido)
La belle et la bête, de Mathieu Morel (França)
Billy Boy, de Sacha Amaral (Argentina)
Colmeia, de Maurício Chades (Brasil)
Dans le silence d’une mer abyssale, de Juliette Klinke (Bélgica)
Des jeunes filles enterrent leur vie, de Maïté Sonnet (França)
Dihya, de Lucia Martínez Garcia (Suíça)
Insieme Insieme, de Bernardo Zanotta (França/Holanda)
Isn’t It a Beautiful World, de Joseph Wilson (Reino Unido)
Let My Body Speak, de Madonna Adib (Reino Unido/Líbano)
Letters from St. Petersburg, de Lotte Nielsen (Dinamarca)
Mars exalté, de Jean-Sébastien Chauvin (França)
Ob Scena, de Paloma Orlandini Castro (Argentina/EUA)
On Xerxes’ Throne, de Evi Kalogiropoulou (Grécia)
The Pass, de Pepi Ginsberg (EUA)
The Perpetrators, de Richard Squires (Reino Unido)
São Paulo Ferida Aberta, de Elizabeth Rocha Salgado (Brasil/Holanda)
Silent Heat, de Luciënne Venner (Holanda)
Sob Influência, de Ricardo Branco (Portugal)
Uma Paciência Selvagem me Trouxe até Aqui, de Érica Sarmet (Brasil)
Uma Rapariga Imaterial, de André Godinho (Portugal)
Yon, de Bárbara Lago (Argentina)

COMPETIÇÃO | CURTAS-METRAGENS | ESCOLA EUROPEIA IN MY SHORTS

Ceux que l’on choisit, de Elora Bertrand (França)
Ceux qui désirent se connaître, de Korlei Rochat e Léonard Vuilleumier (Suíça)
Chute, de Nora Longatti (Suíça)
Escames, de Katherina Harder Sacre (Espanha)
Gangnam Beauty, de Yan Tomaszewski (França/Coreia do Sul)
Le Variabili Dipendenti, de Lorenzo Tardella (Itália)
Lugar Nenhum, de Pedro Gonçalves Ribeiro (Portugal)
Nina et les robots, de Cindy Coutant (França)
Sad Cowboy Platonic Love, de Ciel Sourdeau (Suíça)
Swimming Lesson, de Lisa Hürtgen (Alemanha)
The Greatest Sin, de Gabriel B. Arrahnio (Alemanha)
Yến, de Julia Diệp My Feige (Alemanha/Vietnã)

PANORAMA

Bambi, a French Woman, de Sébastien Lifshitz (França)
Black as U R, de Micheal Rice (EUA)
BR Trans, de Raphael Alvarez e Tatiana Issa (Brasil)
La Fracture, de Catherine Corsini (França)
Hideous, de Yann Gonzalez (Reino Unido)
Loving Highsmith, de Eva Vitija (Suíça/Alemanha)
Manscaping, de Broderick Fox (EUA/Austrália/Canadá)
Panteras, de Breno Baptista (Brasil)
Viens je t’emmène, de Alain Guiraudie (França)

QUEER ART

First Time (the Time for All but Sunset – Violet), de Nicolaas Schmidt (Alemanha)
Jerk, de Gisèle Vienne (França)
Neptune Frost, de Anisia Uzeyman e Saul Williams (EUA/Ruanda)
Queens of the Qing Dynasty, de Ashley Mckenzie (Canadá)
Travesía Travesti, de Nicolás Videla (Chile/Argentina)
Ultraviolette et le gang des cracheuses de sang, de Robin Hunzinger (França/Suíça)
Une dernière fois, de Olympe de G. (França)
Você Nos Queima, de Caetano Gotardo (Brasil)

Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.

Comentários