Leandro Faria Lelo em Vento Seco, de Daniel Nolasco: em competição.
O Queer Lisboa tem como proposta exibir filmes de temática gay, lésbica, bissexual, transgênero, transsexual, intersexo e de outras sexualidades e identidades não normativas. Com a expansão crescente do cinema queer em grandes festivais internacionais, o evento português, criado em 1997, cumpre seu objetivo de divulgar estéticas e narrativas mundiais que ainda possuem acesso limitado para o grande público.
Em 2015, a equipa do Queer Lisboa realizou a primeira edição do Queer Porto. Após uma edição zero em outubro de 2014, o projeto de um festival queer na cidade começou a tomar forma. Em outubro de 2015, a Associação Cultural Janela Indiscreta organizou o Queer Porto que, com sede no Teatro Rivoli, foi ao longo dos anos ocupando vários outros espaços da cidade do Porto. A programação não se trata de uma extensão dos filmes da seleção de Lisboa e tem como objetivo apresentar uma identidade própria com títulos inéditos em Portugal.
Neste ano atípico, o Queer Lisboa e o Queer Porto assumem o formato presencial, celebrando a ideia de comunidade e socialização, dentro das restrições necessárias. Através de um conjunto de termos-chave transversais às muitas expressões da cultura queer (como cruising, sex, bodies, play, skin e memory), o festival celebra o corpo e a sua diversidade sexual. Os filmes compõem diferentes sessões competitivas dos festivais das duas cidades, reforçados por um conjunto de sessões especiais e de conversas, debates e performances. Em 2020, mais de mil filmes foram inscritos.
A 24ª edição do Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer acontecerá entre os dias 18 e 26 de setembro; a sexta edição do Queer Porto será realizada entre os dias 13 e 17 de outubro.
O cinema brasileiro ganha destaque nos dois festivais. Em Lisboa, Vento Seco, de Daniel Nolasco, aparece na competitiva de longas de ficção. O diretor também apresenta seu trabalho anterior, Mr. Leather, na mostra Queer Focus. Na competição de documentários, destaque para Vil, Má, de Gustavo Vinagre. Entre os curtas-metragens estão: Carne, de Camila Kater; Minha História é Outra, de Mariana Campos; Quebramar, de Cris Lyra; Swinguerra, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca; e a coprodução entre Holanda e Brasil, In His Bold Gaze, de Bernardo Zanotta. Na seleção do Queer Porto, destaque para o longa em competição Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral.
O time de jurados do Queer Lisboa será formado por: André Tecedeiro, Joana Ascenção e Miguel Nunes na competição de longas de ficção; Catarina Alves Costa, Margarida Mercês de Mello e Paulo Pascoal para os documentários; José Magro, Ricardo Barbosa e Rita Natálio nas mostras de curtas e In My Short; e Hugo Dinis, Sérgio Braz d’Almeida e Sónia Baptista para a Queer Art. No Queer Porto, o júri será formado por: Amanda Ribeiro, Daniel Gorjão e Francisco Alves.
Conheça os filmes selecionados para o Queer Lisboa e Queer Porto 2020:
QUEER LISBOA
COMPETIÇÃO | LONGAS-METRAGENS | FICÇÃO
El Cazador, de Marco Berger (Argentina)
El Príncipe, de Sebastián Muñoz (Chile/Argentina/Bélgica)
Las Mil y Una, de Clarisa Navas (Argentina/Alemanha)
Lingua Franca, de Isabel Sandoval (EUA/Filipinas)
Make Up, de Claire Oakley (Reino Unido)
Neubau, de Johannes Maria Schmit (Alemanha)
No Hard Feelings, de Faraz Shariat (Alemanha)
Vento Seco, de Daniel Nolasco (Brasil)
COMPETIÇÃO | LONGAS-METRAGENS | DOCUMENTÁRIO
All We’ve Got, de Alexis Clements (EUA)
La Casa dell’Amore, de Luca Ferri (Itália)
Miserere, de Francisco Ríos Flores (Argentina)
Queer Genius, de Chet Catherine Pancake (EUA)
The Art of Fallism, de Aslaug Aarsæther e Gunnbjørg Gunnarsdóttir (Noruega/África do Sul)
Toutes les Vies de Kojin, de Diako Yazdani (França)
Vil, Má, de Gustavo Vinagre (Brasil)
Welcome to Chechnya, de David France (EUA)
COMPETIÇÃO | CURTA-METRAGEM
Aline, de Simon Guélat (França/Suíça)
At Home but Not at Home, de Suneil Sanzgiri (EUA/Índia)
Babydyke, de Tone Ottilie (Dinamarca)
Carne, de Camila Kater (Brasil/Espanha)
Cause of Death, de Jyoti Mistry (África do Sul/Áustria)
Chrishna Ombwiri, de Claire Doyon (França)
Extérieur Crépuscule, de Roman Kané (França)
Funeral, de Thinh Nguyen (Dinamarca)
I Am an Other, de Victoria Salomonsen (Dinamarca)
In His Bold Gaze, de Bernardo Zanotta (Holanda/Brasil)
La Traction des Pôles, de Marine Levéel (França)
Mach Stem, de Daniel McIntyre (Canadá)
Minha História é Outra, de Mariana Campos (Brasil)
Moonlight People, de Dmitri Frolov (Rússia)
Progressive Touch, de Michael Portnoy (Áustria/Holanda/EUA)
Quebramar, de Cris Lyra (Brasil)
Red Ants Bite, de Elene Naveriani (Suíça/Geórgia)
Stray Dogs Come Out at Night, de Hamza Bangash (Paquistão)
Swinguerra, de Bárbara Wagner e Benjamin de Burca (Brasil)
The Institute, de Alexander Glandien (Áustria/Alemanha)
Una Dedicatoria a lo Bestia, de Andrea Beade e Quiela Nuc (Espanha)
IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO
An Act of Affection, de Viet Vu (Portugal/Vietnã)
eadem cutis: the same skin, de Nina Hopf (Alemanha)
J’ador, de Simone Bozzelli (Itália)
L’Homme Jetée, de Loïc Hobi (Suíça/França)
Le Dragon à Deux Têtes, de Páris Cannes (Bélgica)
Narkissos, de Nora Štrbová (República Checa)
Queens, de Youssef Youssef (Suíça)
Revolvo, de Francy Fabritz (Alemanha)
Rose Minitel, de Olivier Cheval (França)
Why Do I Feel like a Boy?, de Kateřina Turečková (República Checa)
QUEER ART | COMPETIÇÃO
Ask Any Buddy, de Evan Purchell (EUA)
Comets, de Tamar Shavgulidze (Geórgia)
El Viaje de Monalisa, de Nicole Costa (Chile)
Hiding in the Lights, de Katrina Daschner (Áustria/Itália/Espanha/Alemanha)
Judy versus Capitalism, de Mike Hoolboom (Canadá)
Les Nuits d’Allonzo, de Antoine Granier (França)
Padrone Dove Sei, de Carlo Michele Schirinzi (Itália)
Santos, de Alejo Fraile (Argentina)
QUEER FOCUS
(W/Hole), de Mahx Capacity (EUA)
Afterimages, de Karol Radziszewski (Polônia)
Blondi, de La Rubia (performance)
Bodies without Bodies in Outer Space, de Rafał Morusiewicz (Áustria/Polônia)
Chronic, de Jennifer Reeves (EUA)
Équation à un Inconnu, de Dietrich de Velsa (França)
Fuck Tree, de Liz Rosenfeld (Alemanha)
GUO4, de Peter Strickland (Hungria/Reino Unido)
Monsters in the Closet, de Jennifer Reeves (EUA)
Mr. Leather, de Daniel Nolasco (Brasil)
Sodom, de Luther Price (EUA)
Un Uomo Deve Essere Forte, de Ilaria Ciavattini e Elsi Perino (Itália)
FILME DE ABERTURA: Los Fuertes, de Omar Zúñiga (Chile)
FILME DE ENCERRAMENTO: Petite Fille, de Sébastien Lifshitz (França)
SESSÃO ESPECIAL: Race d’Ep!, de Lionel Soukaz e Guy Hocquenghem (França)
QUEER PORTO
COMPETIÇÃO OFICIAL
A Perfectly Normal Family, de Malou Reymann (Dinamarca)
Always Amber, de Lia Hietala e Hannah Reinikainen Bergenman (Suécia)
Deux, de Filippo Meneghetti (França/Luxemburgo/Bélgica)
Dopamina, de Natalia Imery Almario (Colômbia/Uruguai/Argentina)
Hombres de Piel Dura, de José Celestino Campusano (Argentina)
L’Acrobate, de Rodrigue Jean (Canadá)
Para Onde Voam as Feiticeiras, de Eliane Caffé, Carla Caffé e Beto Amaral (Brasil)
Rescue the Fire, de Jasco Viefhues (Alemanha)
IN MY SHORTS | COMPETIÇÃO
A Dança do Narciso Inseguro, de Ana Matos (Portugal)
À Tarde, sob o Sol, de Gonçalo Pina (Portugal)
Caravagyo, de Ana Manana e Joana Lourenço (Portugal)
De A a D, de Maria João Paiva (Portugal)
Somewhere in Outer Space this Might Be Happening Somehow, de Paulo Malafaya (Portugal)
Test Room, de Pedro Antunes (Portugal)
QUEER FOCUS #CRUISING
Afterimages, de Karol Radziszewski (Polônia)
Bodies without Bodies in Outer Space, de Rafał Morusiewicz (Áustria/Polônia)
Et in Arcadia Ego, de Sam Ashby (Reino Unido)
Kisieland, de Karol Radziszewski (Polônia)
liz/james/stillholes, de Liz Rosenfeld (Alemanha/EUA)
Museum, de Arnoud Holleman (Holanda)
Tearoom, de William E. Jones (EUA)
Umbrales, de Marie Louise Alemann (Argentina)
Underground, de Peter de Rome (EUA)
FILME DE ABERTURA: Si C’Était de L’Amour, de Patric Chiha (França)
FILME DE ENCERRAMENTO: Le Milieu de l’Horizon, de Delphine Lehericey (Suíça/Bélgica)
SESSÃO ESPECIAL: Days, de Tsai Ming-liang (Taiwan)
Foto: Divulgação/Olhar Distribuição.