A homenageada no palco do Teatro Glória.
A noite de quinta-feira, 26/09, da 26ª edição do Festival de Cinema de Vitória foi tomada por muita emoção por conta da presença da atriz Vera Fischer, uma das homenageadas deste ano. Com um extenso currículo, que inclui 22 filmes, 23 novelas e mais de 10 séries e programas especiais de TV, além de 12 peças para o teatro, a atriz recebeu o Troféu Vitória no Centro Cultural Sesc Glória.
A cerimônia começou com os discursos do produtor Marcio Rosario e do diretor Daniel Ghivelder, responsáveis pela volta de Vera ao cinema, depois de duas décadas, com Quase Alguém, que está em fase de produção e teve um teaser apresentado com exclusividade no evento. Depois disso, um vídeo com os melhores momentos da carreira da homenageada, realizado pelo Canal Brasil, foi exibido e, na sequência, o público foi surpreendido pelo músico George Israel, que tocou uma versão instrumental de Luíza, de Tom Jobim, no saxofone pelos corredores do teatro. No palco, ele cantou Olhar de Mangá, música de Erasmo Carlos, que cita a atriz.
Depois dos momentos musicais, Vera subiu ao palco para receber o Troféu Vitória, entregue pela diretora do Festival de Cinema de Vitória, Lucia Caus. Com seu discurso, a homenageada emocionou e divertiu o público: “Eu amo o cinema e a gente não vai parar. Eu fico sempre muito prosa quando vejo essas pessoas novas que estão começando, pessoas das antigas, todo mundo participando junto. Eu sou das antigas e sou das novas também. Estamos juntos. Eu estou sempre junto. Feliz de estar aqui mesmo”.
Dona de uma presença marcante nas produções das quais participou, Vera Fischer nasceu em Blumenau, Santa Catarina, e iniciou sua carreira artística sendo eleita Miss Brasil em 1969, o que lhe conferiu projeção nacional. Sua primeira incursão no universo audiovisual foi no cinema nacional, em 1973, no longa A Super Fêmea, de Anibal Massaini Neto. Porém, sua estreia nas telenovelas como Diana Queiroz, em Espelho Mágico, de 1977, na Rede Globo, elevou seu status para atriz de grandes produções televisivas, que permanecem na mente de muitos brasileiros, como Sinal de Alerta (1978), Os Gigantes (1979), Coração Alado (1980), Laços de Família (2000) e Brilhante (1981). Clique aqui para saber mais sobre a carreira da atriz.
A homenageada na plateia.
Antes da cerimônia no Centro Cultural Sesc Glória, aconteceu uma coletiva de imprensa junto com o lançamento do Caderno da Homenageada no Hotel Senac Ilha do Boi. O bate-papo foi mediado por Lobo Pasolini e contou com a participação do jornalista Jace Theodoro, autor da publicação.
Entre os diversos assuntos, ela falou sobre o amor que sente por seu ofício: “Eu sou apaixonada por arte. Ela está dentro de mim e eu preciso colocar pra fora”. Questionada sobre a atual situação do país, Vera disse: “O governo está com ódio e com raiva de artista. É um ódio geral contra a arte. Artista é perigoso porque pensa e é isso que eles não querem”.
Para falar mais sobre a homenageada, fizemos dois vídeos especiais. No primeiro, registramos os melhores momentos da coletiva, na qual Vera falou sobre: a polêmica do filme Amor Estranho Amor com Xuxa Meneghel, o afastamento do cinema, o novo trabalho nas telonas, política brasileira, redes sociais, aulas de canto, concurso Miss Brasil, preconceito, pornochanchada, rótulos, relembrou personagens e trabalhos marcantes, como os filmes Navalha na Carne e A Super Fêmea, a novela Pátria Minha, a minissérie Desejo, entre outros. No segundo vídeo, registramos os melhores momentos da homenagem no palco do Teatro Glória.
Aperte o play e confira:
COLETIVA DE IMPRENSA:
HOMENAGEM:
*O CINEVITOR está em Vitória e você acompanha a cobertura do evento por aqui, pelo canal no YouTube e pelas redes sociais: Twitter, Facebook e Instagram.
Fotos: Levi Mori.