Diretor: Jalil Lespert
Elenco: Pierre Niney, Guillaume Gallienne, Charlotte Le Bon, Laura Smet, Marie de Villepin, Nikolai Kinski, Ruben Alves, Astrid Whettnall, Marianne Basler, Jean-Édouard Bodziak, Adeline D’Hermy, Xavier Lafitte, Alexandre Steiger, Philippe Morier-Genoud, Anne Alvaro, Patrice Thibaud, Gérard Lartigau, Michèle Garcia, Laura Martin-Bassot, Olivier Pajot, Joakim Latzko, Laurent Maria, Arnaud Denis, Xavier Alcan, Annick Christiaens, Fabienne Chaudat, Jeanne Dandoy, William Abello, Jean-Henri Compère, Céline Spang, Reda Zerouali, Florence Eugene, Frédéric André, Janicke Askevold, Judi Beecher, Aline Nolasco, Sandra Rosinsky, Greg Thoby.
Ano: 2014
Sinopse: O filme conta a história do estilista Yves Saint Laurent, desde o começo de sua carreira, quando trabalhou com Christian Dior, até o auge de seu sucesso no mundo da moda.
Comentários do CINEVITOR: O mundo da moda remete, logo de cara, a glamour, fama, sucesso e dinheiro. Mas muita gente sabe que não é bem assim. Para um desfile acontecer, por exemplo, é preciso muito trabalho e dedicação. Tudo começa na cabeça do estilista: a inspiração, as cores, os desenhos, os cortes, os tecidos. Nada pode passar despercebido e tudo tem que estar impecável para ser apresentado na semana de moda. Seja ela em Milão, Paris ou São Paulo. Passado isso, as roupas vão para as lojas e é lá que se vê o resultado de tanto trabalho. Assim acontece com todos e acontecia com Yves Saint Laurent. No filme que leva o nome do estilista, dirigido pelo francês Jalil Lespert, acompanhamos o início da carreira de Yves (interpretado brilhantemente por Pierre Niney) até seu estrelato. Uma cinebiografia já gera curiosidade. Imagine quando a pessoa retratada é um ícone da moda e alguns nomes, como o de Karl Lagerfeld, que aparecem no filme, ainda estão vivos? Polêmica à vista. Mesmo baseado no livro Cartas a Yves, escrito por Pierre Bergé, marido do estilista, conseguir resumir uma vida tão agitada como foi a de Saint Laurent em apenas 106 minutos é um trabalho árduo e talvez isso tenha comprometido um pouco o filme, que ao tentar mostrar muita coisa ao mesmo tempo, acaba confundindo. O longa começa mostrando a carreira de Yves e sua maneira de criar. De repente, o foco muda e enfatiza um lado da vida do estilista pouco conhecido do público (aquele que nem nos bastidores é escancarado). Talvez o diretor tenha sentido uma necessidade de fugir um pouco da fórmula das cinebiografias já vistas no cinema, onde sabemos o começo, meio e fim da história antes mesmo de sentar na poltrona para assistir ao filme. Mesmo assim, ele exagera ao preencher o filme com várias cenas envolvendo drogas. Não que isso não tenha acontecido, mas a maneira superficial de expor o lado frágil do estilista acaba se tornando o ponto principal da história, deixando de lado outros momentos marcantes e mais relevantes da vida de Yves Saint Laurent. Talvez o diretor tenha passado um pouco do ponto ao tentar mostrar algo novo para o espectador, um outro lado daquela história já conhecida através das revistas e dos jornais. Mas tudo tem um limite e como ficaria deselegante mudar o desfecho do filme que se trata de uma cinebiografia baseada em um livro já publicado, Jalil Lespert optou por manter a classe e não modificou (quase) nada nos minutos finais do longa. Aumentar um pouco ao contar uma história é sempre válido e causa mais emoção, mas o exagero muitas vezes cansa e se torna repetitivo. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: