A primeira edição do Bonito CineSur – Festival de Cinema Sul-Americano acontecerá entre os dias 4 e 11 de novembro no Centro de Convenções e na Câmara Municipal da cidade de Bonito, em Mato Grosso do Sul.
O evento oferecerá premiação em dinheiro e o Troféu Pantanal para os melhores filmes escolhidos pelo Júri Oficial e pelo voto do público no Júri Popular nas categorias: melhor longa sul-americano, melhor curta sul-americano e melhor filme sul-mato-grossense.
O diretor do festival, Nilson Rodrigues, ressalta que “quer que o evento seja um espaço de encontro da melhor produção cinematográfica da América do Sul e também o ambiente para discutir os nossos mercados, as dificuldades que enfrentamos para termos acesso às nossas cinematografias. A ideia é contribuir para construir alternativas”.
O curador da mostra de filmes sul-americanos de longas e curtas-metragens, José Geraldo Couto, afirma que “a importância deste novo festival é enorme, por tornar a cidade de Bonito (e o estado do Mato Grosso do Sul) em um polo importante de difusão e debate da produção cinematográfica contemporânea do continente. O MS está praticamente no centro da América do Sul, fazendo fronteira com a Bolívia e o Paraguai, o que faz dele uma região particularmente apropriada para a veiculação de obras e o intercâmbio de experiências dos realizadores cinematográficos do continente”.
Além disso, José Geraldo aponta que “a busca pela diversidade temática e estética foi tão importante quanto a exigência de qualidade artística” na escolha das obras selecionadas. O curador afirmou ainda que “os filmes selecionados acabaram se impondo justamente por combinar relevância temática e excelência na realização cinematográfica. Em termos de tema, estão presentes questões candentes da atualidade: políticas, sociais, étnicas, de gênero, etc. Mas esses assuntos são abordados das mais diversas maneiras, e de modo essencialmente cinematográfico, variando do drama ao suspense, do documentário ao fantástico”.
O júri desta primeira edição será formado por: Walter Lima Jr., Ana Ivanova e Josefina Trotta para as mostras internacionais; e Jade Rainho, Sérgio Moriconi, Márcia Gomes e Marcos Pierry para os filmes de Mato Grosso do Sul. O festival apresentará ainda duas mostras paralelas fora da competição: uma de cinema de animação para o público infantojuvenil e uma de cinema ambiental para pensar o presente e garantir o futuro da vida no planeta.
Além dos filmes, o evento contará com uma ampla programação com atividades formativas, fóruns de discussões sobre mercado de cinema e audiovisual na América do Sul, encontro com produtores e realizadores, oficinas de roteiro, de elaboração de projetos audiovisuais e de coprodução internacional.
Conheça os filmes selecionados para o Bonito CineSur 2023:
LONGA-METRAGEM SUL-AMERICANO
El visitante, de Martin Boulocq (Bolívia/Uruguai)
Green Grass, de Ignacio Ruiz (Chile/Japão)
La bruja de Hitler, de Virna Molina e Ernesto Ardito (Argentina)
La pampa, de Dorian Fernández Moris (Peru/Chile/Espanha)
Lucette, de Mburucuya Fleitas e Oscar Ayala Paciello (Paraguai)
Mais Pesado é o Céu, de Petrus Cariry (Brasil)
CURTA-METRAGEM SUL-AMERICANO
Estrellas del Desierto, de Katherina Harder (Chile)
Milonga de espino, de Álvaro Leivas (Uruguai/Espanha)
Piedra Dura, de Rommel Villa (Bolívia/EUA)
Sigma, de Allan Riggs e Rubens Sant’Ana (Brasil)
Vias, de Pablo Agustin Richards (Argentina)
Yigayo Yuwuerane, de Ross Dayana López (Colômbia)
FILMES SUL-MATO-GROSSENSES
A Dama do Rasqueado, Delinha, de Marinete Pinheiro (Campo Grande)
A Outra Margem, de Nathália Tereza (Campo Grande)
Adão e Eva do Pantanal Sul, de Ara Martins (Campo Grande)
As Marias, de Dannon Lacerda (Campo Grande)
Cativo, de Albano Pimenta (Dourados)
Cordilheira de Amora II, de Jamille Fortunato
De tanto olhar o céu gastei meus olhos, de Nathália Tereza (Campo Grande)
La Plata Ivygu: Enterros e Guardados, de Paulo Alvarenga Isidorio e Marcelo Felipe Sampaio (Bonito)
Planuras, de Mauricio Copetti (Campo Grande)
CINEMA AMBIENTAL
A Febre da Mata, de Takumã Kuikuro (Brasil)
Amazônia, A Nova Minamata?, de Jorge Bodanzky (Brasil)
EAMI, de Paz Encina (Paraguai/EUA/Alemanha/Holanda/Argentina/França/México)
Fuego en el mar, de Sebastián Zanzottera (Argentina)
Sembradoras de Vida, de Álvaro e Diego Sarmiento (Peru)
Vento na Fronteira, de Laura Faerman e Marina Weis (Brasil)
ANIMASUR | CURTAS | INFANTIL
Chillina, de Andy Garnica Iriarte (Bolívia)
El Niño Robot, de Andrea Osorio (Paraguai)
Imagination, de Florentina Pérez (Uruguai)
Maréu, de Nicole Schlegel (Brasil)
Meu Nome é Maalum, de Luisa Copetti (Brasil)
Os Novos Brinquedos de Lupita, de Gus Rodrigues (Brasil)
Qual é, Broto?, de Michele Massagli (Brasil)
Rijst met Groente, de Astra Doeglas-Slooten (Suriname)
ANIMASUR | CURTAS | INFANTIL ACESSÍVEL
Anacleto, o Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (Brasil)
Maréu, de Nicole Schlegel (Brasil)
Mitos Indígenas em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues (Brasil)
Qual é, Broto?, de Michele Massagli (Brasil)
ANIMASUR | CURTAS | INFANTOJUVENIL
Aminata et le dernier des dinosaures, de Grupo de crianças de Saint-Laurent-du-Maroni (Guiana Francesa)
Camaquén, de Maria José Campos (Peru)
El Capulí, de Carlos Sosa (Equador)
Historia de un oso, de Gabriel Osorio (Chile)
️Mikayla’s Adventures, de Precious Joelle (Guiana)
Quma y las Bestias, de Iván Stur e Javier Ignacio Luna Crook (Argentina)
MEMÓRIA BONITO CINESUR
Inocência, de Walter Lima Jr. (1983)
FILME DE ABERTURA
Alma do Brasil, de Líbero Luxardo (Brasil)
Foto: Petrus Cariry.