Foram anunciados neste sexta-feira, 13/12, os vencedores da 45ª edição do Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano, também conhecido como Festival de Havana, realizado pelo ICAIC, Instituto Cubano del Arte e Industria Cinematográficos.
O evento, que acontece desde 1979, surgiu com a intenção de se tornar uma continuação dos festivais de Viña del Mar, Mérida e Caracas, reunindo filmes e cineastas que representam as tendências cinematográficas mais inovadoras da América Latina.
Os filmes em competição, que concorrem ao Prêmio Coral, são divididos em diversas categorias. O cinema brasileiro se destacou com diversas premiações: Baby, de Marcelo Caetano, recebeu Menção Especial na competição de longas de ficção. Entre os documentários, Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa, levou o prêmio principal; Alma do Deserto, de Mónica Taboada-Tapia, uma coprodução entre Colômbia e Brasil, também foi premiada. Os curtas-metragens Amarela, de André Hayato Saito, e A Menina e o Pote, de Valentina Homem e Tati Bond, receberam o Prêmio Especial do Júri.
Além dos premiados, o Brasil também marcou presença com diversos títulos na programação: Motel Destino, de Karim Aïnouz, foi exibido em competição, assim como os curtas Castanho, de Adanilo, e Cidade by Motoboy, de Mariana Vita. Os documentários A Queda do Céu, de Eryk Rocha e Gabriela Carneiro da Cunha, e Carta a un Viejo Master, de Paz Encina, também estavam na disputa. Na mostra que destaca filmes de estreia de seus realizadores, o Brasil estava representado por: Enquanto o Céu Não me Espera, de Christiane Garcia; Manas, de Marianna Brennand; e El placer es mío, de Sacha Amaral, uma coprodução com Argentina e França.
As animações brasileiras também marcaram presença no festival cubano com os longas Aba e sua Banda, de Humberto Avelar; e O Sonho de Clarice, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho. Entre os curtas, foram exibidos: Check Mates, de Ana Carolina Clermann; Dona Beatriz Ñsîmba Vita, de Catapreta; O Cacto, de Ricardo Kump; e Tecnoeste, de Lucca Vendramel. Na mostra Otros Territorios, o Brasil apareceu com Cantos da Metamorfose ou Aquela vez em que eu Encarnei como Boto, de Ainá Xisto, uma coprodução com Portugal.
Na mostra En Perspectiva, fora de competição, foram exibidos diversos títulos brasileiros, como: os longas Alma Negra, do Quilombo ao Baile, de Flávio Frederico; Avenida Beira-Mar, de Maju de Paiva e Bernardo Florim; Malu, de Pedro Freire; O Deserto de Akin, de Bernard Lessa; Os Enforcados, de Fernando Coimbra; e Obispo rojo, de Armando Francesco Taboada Tabone, uma coprodução com México, Argentina e Cuba. E os curtas: Carne Fresca, de Giovani Barros; Cavalo Marinho, de Leo Tabosa; Eu Não Sei Se vou Ter que Falar Tudo de Novo, de Vitória Fallavena e Thassilo Weber; e Vai pra Cuba, Eduardo!, de Juliana Baroni.
Em homenagem a Geraldo Sarno, que morreu em fevereiro de 2022, o festival exibiu Coronel Delmiro Gouveia, de 1978. Outras exibições especiais contaram com: A Cabeça Pensa Onde os Pés Pisam: Frei Betto e a Educação Popular, de Evanize Sydow; e Partido, de César Charlone, uma coprodução com o Uruguai.
Conheça os vencedores da 45ª edição do Festival de Havana:
FICÇÃO | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme: La Cocina, de Alonso Ruizpalacios (México/EUA)
Prêmio Especial do Júri: Pepe, de Nelson Carlo de los Santos Arias (República Dominicana/Namíbia/Alemanha/França)
Menção Especial: Baby, de Marcelo Caetano (Brasil/França/Holanda)
Melhor Atriz: Úrsula Corberó, por El jockey
Melhor Ator: Nahuel Pérez Biscayart, por El jockey
Melhor Direção: Luis Ortega, por El jockey
Melhor Roteiro: El ladrón de perros, escrito por Samm Haillay e Vinko Tomičić
Melhor Fotografia: La Cocina, por Juan Pablo Ramírez
Melhor Edição: La Cocina, por Yibrán Asuad
Melhor Som: La Cocina, por Javier Umpierrez
Melhor Trilha Sonora Original: La Invención de las Especies, por Ulises Hernández
Melhor Direção de Arte: El jockey, por Julia Freid e Germán Naglieri
DOCUMENTÁRIO | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme: Apocalipse nos Trópicos, de Petra Costa (Brasil)
Prêmio Especial do Júri: Alma do Deserto, de Mónica Taboada-Tapia (Colômbia/Brasil)
CURTAS e MÉDIAS-METRAGENS | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme | Ficção: Fieras, de Andrés Felipe Ángel (Colômbia/EUA)
Prêmio Especial do Júri | Ficção: Amarela, de André Hayato Saito (Brasil)
Melhor Filme | Documentário: Tierra Encima, de Sebastián Duque (Colômbia)
Prêmio Especial do Júri | Documentário: Baulera 12, de Mila Aráoz e Amarú Villanueva Rance (Bolívia/Reino Unido)
PRIMEIRO FILME | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme de Estreia: Simón de la montaña, de Federico Luis Tachella (Argentina/Chile/Uruguai)
Prêmio Especial do Júri: Fenómenos naturales, de Marcos Díaz Sosa (Cuba/Argentina/França)
Prêmio Contribuição Artística: Sugar Island, de Johanné Gómez Terrero (República Dominicana/Espanha)
ANIMAÇÃO | PRÊMIO CORAL
Melhor longa-metragem: Olivia & Las Nubes, de Tomás Pichardo-Espaillat (República Dominicana)
Melhor curta-metragem: Avel, de Daniel Marín (Argentina)
Prêmio Especial do Júri: A Menina e o Pote, de Valentina Homem e Tati Bond (Brasil)
OTROS TERRITORIOS | PRÊMIO CORAL
Melhor Filme: ¡Homofobia!, de Goyo Anchou (Argentina)
Prêmio Especial do Júri: La noche del minotauro, de Juliana Zuluaga Montoya (Colômbia)
OUTROS PRÊMIOS
Melhor Pôster: Los océanos son los verdaderos continentes, por Edel Rodríguez Mola
Prêmio La Burbuja | Melhor Edição de Som: O Monstro, de Helena Guerra (Brasil)
Prêmio Coral de pós-produção | Aracne e Tauro: Machado, de Julián Tagle (Argentina)
Prêmio de Asesoría de Tráiler | BoogieMan: O Monstro, de Helena Guerra (Brasil)
Melhor Roteiro Inédito: Tengo una hija en Harvard, escrito por Arturo Sotto
Prêmio SIGNIS: Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez (México)
Prêmio FIPRESCI: La Cocina, de Alonso Ruizpalacios (México/EUA)
Prêmio Arrecife: Alma do Deserto, de Mónica Taboada-Tapia (Colômbia/Brasil)
Prêmio Don Quijote: Sujo, de Astrid Rondero e Fernanda Valadez (México)
Foto: Divulgação/Vitrine Filmes.