
A sétima edição do Lanterna Mágica – Festival Internacional de Animação acontecerá entre os dias 18 e 23 de março em Goiânia, com entrada gratuita, no CineX, localizado no Centro Cultural Oscar Niemeyer.
Já consolidado no calendário anual de festivais audiovisuais, a programação deste ano está ainda mais robusta, com atividades de formação, integração de mercado para profissionais da área, além da exibição de mais de 70 filmes de animação nacionais e internacionais, em mostras competitivas e não competitivas.
A seleção do Lanterna Mágica traz animações de vários cantos do mundo, elevando o catálogo do festival como um dos mais diversos do segmento. As mostras são divididas em: Mostra Competitiva Nacional, com animações produzidas no Brasil; Mostra Competitiva Internacional, incluindo trabalhos de fora do país; Mostra Gondwana, que reúne filmes dos países de África e Américas realizados por pessoas racializadas; Mostra Nyama, movimento que surge da necessidade de mapear e reunir a cena de animação afrodiaspórica e do continente africano; Mostra Escola Infantil, com animações voltadas para as crianças e famílias; e Mostra de Longas, com curadoria especial.
Atualmente realizado por Camila Nunes, o evento é dividido em três eixos principais: exibição, que inclui as mostras competitivas e não competitivas; mercado, contemplado pelo Lanterna Film Market, que promove diversas atividades, como estudos de caso, palestras, debates, e encontros entre produtoras, distribuidoras e animadores; e formação, centrado no Lanterna Educa, que compreende atividades de formação, como oficinas e debates, para o público em geral, além das exibições de filmes em escolas públicas.
O Mercado no Lanterna: Seminário de Desenvolvimento da Animação Brasileira é uma das principais novidades deste edição. Realizado em parceria com a ABRANIMA, Associação Brasileira de Empresas Produtoras de Animação, o seminário acontecerá entre os dias 10 e 14 de março, com transmissão on-line pelo canal do Lanterna Mágica no YouTube.
O evento busca oferecer um panorama detalhado sobre o desenvolvimento da animação no Brasil, discutindo temas como o mercado de animação feminino e fora do eixo, políticas públicas de animação e primeiros passos fundamentais para quem está começando. A partir do seminário, será feita uma cartilha sobre o setor de animação brasileiro, que ficará disponível para produtores e gestores públicos. A atividade integra o Lanterna Film Market, um dos eixos da programação geral, lançado no ano passado com o intuito de impulsionar a cena de animação brasileira e trazer um olhar mercadológico, estabelecendo conexões e catalisando oportunidades de negócios.
O LAMP, Laboratório de Projetos, também faz parte do eixo de mercado. Este ano, a atividade passou ainda mais por um processo de internacionalização, selecionando 13 projetos nacionais e estrangeiros, entre curtas, longas, séries e projetos universitários. Os participantes irão mergulhar em uma experiência intensiva focada em desenvolvimento de narrativas e networking para facilitar a execução de seus trabalhos.
Essa internacionalização também se reflete na diversidade de tutores do LAMP. São quatro profissionais, cada um de um país diferente: Laryssa Moreira Prado (Brasil), cofundadora do projeto Brazilian Animation e integrante do Movimento Mulher Anima; João Apolinário Mendes (Portugal), diretor do OLHO Festival de Cinema de Animação e do Fórum de Animação; Paola Becco (Argentina), diretora e programadora do Festival Internacional de Animação em Stop Motion da Argentina; e Reinel Garcia (Cuba), diretor, distribuidor e consultor de projetos.
No eixo de formação, as oficinas se apresentam como um dos principais pilares da programação do Lanterna. Nesta edição, serão quatro oficinas, de curta e longa duração, com inscrições abertas ao público geral e temas diversos: técnicas de animação, produção executiva e uso de ferramentas de IA enquanto suporte criativo.
Conheça os filmes selecionados para as mostras competitivas do Lanterna Mágica 2025:
MOSTRA COMPETITIVA NACIONAL
A Festa, de Mônica Moura (SP)
A Viagem de Tetê, de Betânia Furtado (RJ)
A Rede, de Beatriz Lima (RJ)
Anacleto, o Balão, de Carol Sakura e Walkir Fernandes (PR)
Balada para Raposo Tenório, de Samuel Peregrino (GO)
Casé, de Marcel Pires (SP)
Cherry, Passion Fruit, de Renato José Duque (SP)
Déia e Dete, de Bruna Schelb Corrêa (MG)
Eu e o Boi, o Boi e Eu, de Jane Carmem (MG)
Guaracy, de Eliete Della Violla e Daniel Bruson (SP)
Mergulhão, de Rogi Silva e Juliana Soares (PE)
O Nome da Vida, de Amanda Pomar (MG)
Pária, de Daniel Bruson (SP)
Pressure, de Chê Marcheti (SP)
MOSTRA COMPETITIVA INTERNACIONAL
A little beetle returns, de Elene Sebiskveradze (Geórgia)
El Sanguche de Salame, de Clarisa Silvia Lea Place (Argentina)
Estimada Ángela, de José Luis Quirós e Paco Sáez (Espanha)
Foam Memory, de Mingwei Ma e Jiayi Christina Fu (China)
Fragile, de Amelia Herbert e Chloe Capes (EUA)
In the Shadow of the Cypress, de Hossein Molayemi e Shirin Sohani (Irã)
It Shouldn’t Rain Tomorrow, de Maria Trigo Teixeira (Alemanha)
Lilli + Camille, de Iris Birke (Alemanha)
Maleza, de Carina Pierro (Portugal)
Papillon, de Florence Miailhe (França)
Pasos para Volar, de Nicolas Conte e Rosario Carlino (Argentina)
Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves (França)
Pietra, de Cynthia Levitan (Portugal)
T-Zero, de Vicente Nirō (Portugal)
The Car that came back from the Sea, de Jadwiga Kowalska (Suíça)
Yo Voy Conmigo, de Chelo Loureiro (Espanha)
Foto: Divulgação.