A oitava edição do Festival ECRÃ, que acontecerá entre os dias 27 e 30 de junho em formato presencial no Rio de Janeiro, e entre os dias 4 e 7 de julho na versão on-line, contará com destaques internacionais exibidos e expostos em diversos festivais e eventos pelo mundo.
Dedicado às experimentações no mundo das artes audiovisuais e do cinema, o Festival ECRÃ acontecerá na Cinemateca do MAM, Estação NET Botafogo e, pela primeira vez, ocupará o Espaço Cultural Arte Sesc, no Flamengo. Com filmes e videoartes premiadas, instalações e performances de relevância no mundo das artes audiovisuais e presença de realizadores, o ECRÃ reafirma seu compromisso com a democratização da arte e segue com entrada gratuita. A fase on-line também oferecerá para o público games que experimentam em linguagem e visual.
Entre os longas e médias-metragens deste ano, vale destacar a estreia mundial do primeiro longa de Marianna Milhorat chamado Logo Acima da Superfície da Terra (Para uma Extinção a Caminho); o jovem realizador canadense Victor Dubyna também estreia no ECRÃ o média Wanton, um exercício solitário em que atua, dirige e edita e resulta em um dos filmes mais aterrorizantes do ano. A seleção traz também obras brasileiras, como Hastes Flexíveis com Pontas de Algodão, de Pedro Gui e Dostoiewski Champagnette, que também assina o roteiro ao lado de Francisco Carbone, e que narra com tons fantásticos e humor ácido a história de uma família presa em casa à beira de um colapso que nos remete a Cronenberg e ao cinema grego contemporâneo.
A programação de curtas-metragens traz Aventura no Cinema, novo filme do realizador carioca Vinícius Dratovsky, na tradição do cinema marginal para filmar sua pequena homenagem a Julio Bressane. Entre os brasileiros, se destaca a presença de Um Tropeço em Cinco Movimentos, de Valentina Rosset, bela sinfonia em homenagem a Toru Takemitsu, que vem egressa do Festival de Roterdã. Retornando ao festival, Fábio Andrade e Vinícius Romero trazem seus novos filmes: Veredas Tropicais, analisando o passado brasileiro com a censura cinematográfica, e Duna Atacama, um diário sensorial de viagem rumo a espaços alienígenas. Direto dos festivais de Berlim e Tiradentes, Janaína Wagner também retorna com seu novo filme, Quebrante. Da Viennale e do É Tudo Verdade vem Sertão, América, novo trabalho da diretora Marcela Ilha Bordin, responsável também pelo curta Princesa Morta do Jacuí.
O ECRÃ traz pela primeira vez ao Brasil exibições dos filmes do realizador canadense Kurt Walker. Vencedor do prêmio de melhor filme do DocLisboa por seu longa-metragem de estreia Hit 2 Pass e o grande prêmio do Festival du Noveau Cinèma em Montreal por seu curta Eu Pensei No Mundo de Você, Kurt virá ao Rio de Janeiro para apresentar seus filmes e participará de bate-papos com o público mediados pelo pesquisador e professor Wilson Oliveira Filho e pelo crítico de cinema Filipe Furtado no Espaço Cultural Arte Sesc Flamengo. Além dos filmes já citados, o ECRÃ exibirá o média-metragem s01e03 e o curta-metragem Gargoyle dentro da retrospectiva do realizador.
Com curadoria do realizador, produtor e entusiasta da cultura cinéfila carioca Cavi Borges, a sessão Cavideo traz três filmes em caráter de estreia em terras cariocas. A programação contará também com as tradicionais mesas redondas após as sessões de filmes brasileiros; e este ano após as sessões dos filmes de Kurt Walker.
Conheça os filmes selecionados para o Festival ECRÃ 2024:
LONGA E MÉDIA-METRAGEM
A Casa à Beira do Rio (The House By The River), de Adrien Charmot (França)
A Intrusão das Cartas (The Intrusion Of Letters), de Huang Guan (China/EUA)
A Lagoa do Soldado (The Soldier’s Lagoon), de Pablo Alvarez Mesa (Colômbia/Canadá)
A Moeda Viva (A Moeda-Viva), de Pedro Paiva (Portugal)
A Noite Infinita (La Notte Infinita), de Francesco Zanatta (Itália)
Apple Pie, de Evan Snyder (EUA)
Aquele que Viu o Abismo, de Gregório Gananian e Negro Leo (Brasil)
Aqui Jaz o Teu Esquema, de Gabraz Sanna (Brasil)
Barrunto, de Emilia Beatriz (Porto Rico/Escócia)
Breathless, de James Benning (EUA)
Clorindo Testa, de Mariano Llinás (Argentina)
Eros, de Rachel Daisy Ellis (Brasil)
Escuridão Flamejante (Darkness, Darkness, Burning Bright), de Gaëlle Rouard (França)
Godard Só (Seul Godard), de Arnaud Lambert e Vincent Sorrel (França)
Hastes Flexíveis com Pontas de Algodão, de Pedro Gui e Dostoiewski Champagnette (Brasil)
Hoje (Today), de Su Friedrich (EUA)
Línguas de Fogo, de Zé Kielwagen (Brasil)
Logo Acima da Superfície da Terra (Para uma Extinção a Caminho) (Just Above The Surface Of The Eart (For A Coming Extiction)), de Marianna Milhorat (Canadá)
Mannvirki, de Gústav Geir Bollason (Islândia/França)
Moradia Popular de Xining (Xining Public Housing), de Tsai Ming-Liang (Taiwan)
Nada Mais (Nic Vic), de Vít Pancíř (República Tcheca)
Nós e a Noite (Us And The Night), de Audrey Lam (Austrália)
O Terminal (La Terminal), de Gustavo Fontán (Argentina)
Paixão Sinistra, de João Pedro Faro (Brasil)
Para Lota, de Bruno Safadi e Ricardo Pretti (Brasil)
Rapacidade, de Julia De Simone e Ricardo Pretti (Brasil)
Sofia Foi, de Pedro Geraldo (Brasil)
Solaris Mon Amour, de Kuba Mikruda (Polônia)
Todo Dourado (The All Golden), de Nate Wilson (Canadá)
Uma Pedra Atirada (A Stone’s Throw), de Razan AlSalah (Palestina/Líbano/Canadá)
Wanton, de Victor Dubyna (Canadá)
CURTA-METRAGEM
A Espera Reclusa Perante as Montanhas, de Enrico Alchimim (Brasil)
A Língua do Sol (The Suns Tongue), de Laura Jane Cooper (Reino Unido)
A Lua Também Nasce (The Moon Also Rises), de Yuan Wang (França)
A Mais Branca das Sombras (Si blanche soit l’ombre), de Damien Cattinari (França)
A Sua Imagem na Minha Caixa de Correio, de Silvino Mendonça (Brasil)
Antes Dela Fugir (Before She Rode Away), de Joshua Troxler (EUA)
Artificial Porém Muito Sensível, de Amanda Devulsky (Brasil)
Aventura no Cinema, de Vinicius Dratovsky (Brasil)
Cartões Postais Elétricos (Electric Postcards), de Gloria Chung (EUA)
Cogu (Mush), de Jodie Mack (EUA)
Cópia de Trabalho: O Incidente de Facto Vela (工作樣片:另一次維拉事件), de Pastinaca Videotapes Plantation (China/Bósnia e Herzegovina/Bielorrússia/Suíça)
Distância (Dystans), de Antoni Orlof (Polônia)
Do Pé ao Chão (Foot to Ground), de Christopher Thompson (EUA)
Duna Atacama, de Vinícius Romero (Brasil/Chile)
Fotografia em Branco (Blank Photograph), de Che-yu Su (Taiwan/França)
Horizontes (Horizons), de Charlie Marois (Canadá)
Luz Barulho Fumaça e Luz Barulho Fumaça (Light, Noise, Smoke, and Light, Noise, Smoke), de Tomonari Nishikawa (Japão)
O que Humanos Veem como Sangue os Jaguares Veem como Chicha (Lo que los humanos ven como sangre, los jaguares ven como chicha), de Luciana Decker Orozco (Bolívia)
Oclusões Remotas (Remote Occlusions), de Utkarsh (Índia/EUA)
Onde Estão os Meus Amantes (Où Sont Tous Mes Amants), de Jean-Claude Rousseau (França)
Otherhood, de Deborah Stratman (EUA)
Quando Encontrarmos o Mundo (When We Encounter The World), de Leonardo Pirondi e Zazie Ray-Trapido (Portugal/EUA)
Quebrante, de Janaína Wagner (Brasil)
Ruído Azul, de Julia Maurano (Brasil)
Ruling Star, de Jerome Hiler (EUA)
Salaman Extensor, de Matilde Miranda Mellado (Chile)
Sertão, América, de Marcela Ilha Bordin (Brasil)
Sonido: Ivans & Tobis, de Diogo Baldaia (Portugal)
Terminal Island, de Sam Drake (EUA)
Um Tropeço em Cinco Movimentos, de Valentina Rosset (Brasil/EUA)
Veredas Tropicais, de Fábio Andrade (Brasil)
SESSÕES ESPECIAIS
Inventário de Imagens Perdidas, de Gustavo Galvão (Brasil)
Mulheres em Auschwitz, de Patrícia Niedermeier e Regina Miranda (Brasil)
Ruínas de Navarone, de Marcela Tamm (Brasil)
RETROSPECTIVA KURT WALKER
Eu Pensei o Mundo de Você (I Thought The World Of You), de Kurt Walker (Canadá) (2022)
Gargoyle, de Kurt Walker (Canadá) (2017)
Hit 2 Pass, de Kurt Walker (Canadá) (2014)
s01e03, de Kurt Walker (Canadá) (2020)
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Foto: Divulgação.