Freeheld
Diretor: Peter Sollett
Elenco: Julianne Moore, Ellen Page, Michael Shannon, Steve Carell, Luke Grimes, Gabriel Luna, Anthony DeSando, Skipp Sudduth, Josh Charles, Kevin O’Rourke, Tom McGowan, William Sadler, Dennis Boutsikaris, Adam LeFevre, Jeannine Kaspar, Mary Birdsong, Kelly Deadmon, Traci Hovel, Julie Reiber, Mina Sundwall, Sahr Ngaujah, Stink Fisher, Karl Jacob, Portia Reiners, Jess Jacobs, Suzanne Savoy, Susan Merson, Justine S. Harrison, Matthew Syrett.
Ano: 2015
Sinopse: Laurel Hester, tenente da polícia de Nova Jersey, e sua parceira, Stacie Andree, batalham com os legisladores do condado para assegurar os benefícios de pensão, quando Laurel é diagnosticada com câncer terminal. Elas receberão uma ajuda inesperada de Steven Goldstein, líder local dos direitos LGBT.
Crítica do CINEVITOR: Não faz muito tempo que Julianne Moore emocionou o público nos cinemas. Sua atuação em Para Sempre Alice comoveu muita gente e rendeu diversos prêmio à atriz. Pois, prepare-se! Ela vai te emocionar mais uma vez. Só que agora no papel de Laurel Hester, uma tenente da polícia diagnosticada com câncer terminal que trava uma batalha para assegurar os benefícios de pensão para sua parceira Stacie Andree, vivida por Ellen Page. Amor Por Direito é um filme que precisa ser visto, pois aborda temas importantes em sua narrativa, como a luta dos homossexuais por direitos civis. O longa, dirigido por Peter Sollet e baseado em uma história real, vai além do casamento gay e reforça a necessidade de igualdade para todos. Laurel trabalha em um ambiente dominado por homens e prefere não se assumir entre os colegas com medo de não conseguir um cargo maior na polícia por ser gay. E não para por aqui. Quando descobre a doença e decide lutar para que sua companheira tenha direito à pensão, enfrenta o conservadorismo do patriarcado, que prefere se basear em suas crenças religiosas e tradicionais só para não parecer contraditório aos bons costumes criados por uma sociedade machista. É nítido que alguns dos responsáveis pela decisão de ceder ou não a pensão à Stacie tinham medo de apoiá-la por se preocuparem com o que os outros falariam deles ou até mesmo de serem apontados como gays por apoiarem uma lésbica. Há também aqueles, que, por pura ignorância, não aceitam que duas pessoas do mesmo sexo possam se amar e viver uma vida juntas. E, por incrível que pareça, tudo isso aconteceu há pouco tempo, em 2005. Por mais constrangedor que sejam tais situações, o importante é que o caso ganhou repercussão e agora chega aos cinemas para que todos conheçam essa história de amor e igualdade. Julianne Moore, mais uma vez, entra em cena convincente, com uma atuação que só merece elogios. Mas, o ponto fraco do filme aparece justamente no casal. A química entre as atrizes deixa a desejar, sem desmerecer o trabalho de ambas. Talvez precisasse mostrar um pouco mais de intimidade e de carinho, mesmo já entendendo o recado. Apesar disso, não resta dúvida para o espectador de que o que move o propósito do filme é o amor entre elas. A mensagem chega ao público nitidamente e emociona. Você fica com um nó na garganta o tempo todo, acompanhando a luta das personagens. Tanto física quanto moral. É uma história triste, mas também bonita, que dialoga diretamente com o amor. Se todos fossem felizes aceitando a felicidade do outro, os problemas se encaminhariam com mais facilidade. Amor Por Direito te faz refletir sobre como seria melhor se as pessoas se amassem mais e aceitassem os outros sem julgamentos. Definitivamente, o mundo estaria bem melhor se tivesse mais amor. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: