Grande perda para a sétima arte.
Morreu nesta segunda-feira, 04/07, aos 76 anos, o cineasta iraniano Abbas Kiarostami, um dos grandes nomes do cinema mundial. Segundo informações divulgadas pela imprensa internacional, o diretor tinha sido diagnosticado com um câncer gastrointestinal em março deste ano.
Kiarostami nasceu em Teerã, no dia 22 de junho, e antes de se dedicar ao cinema, cursou Belas Artes, trabalhou como designer gráfico e realizou diversos comerciais para a TV iraniana. Dirigiu seu primeiro longa, Tadjrebeh, em 1973, e ao longo de sua carreira cinematográfica, acumulou mais de 40 trabalhos entre curtas, documentários e longas-metragens.
O reconhecimento internacional chegou no final da década de 1980, com o drama Onde Fica a Casa do Meu Amigo?, premiado no Festival de Cinema de Locarno. Depois disso, Kiarostami se tornou ainda mais influente e recebeu diversos prêmios. No Festival de Cannes ganhou a Palma de Ouro, em 1997, por Gosto de Cereja, e foi indicado outras quatro vezes por: Através das Oliveiras (1994), Dez (2002), Cópia Fiel (2010), que rendeu o prêmio de melhor atriz para Juliette Binoche, e Um Alguém Apaixonado (2012).
Em 1997, o drama O Vento nos Levará, foi o grande vencedor do Leão de Ouro, no Festival de Veneza. No Brasil, a obra de Abbas Kiarostami sempre foi muito presente na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. O diretor foi premiado três vezes por aqui: em 1993, com Life and Nothing More…; no ano seguinte por Através das Oliveiras; e em 2012, foi homenageado com o Prêmio Leon Cakoff, entregue para personalidades importantes do audiovisual.
Close-up (1990), Tickets (2005), que dividiu a direção com Ken Loach e Ermanno Olmi, Shirin (2008), o documentário ABC Africa (2001), O Balão Branco (1995), dirigido por Jafar Panahi e escrito por Abbas, entre outros, também são alguns dos destaques da filmografia de Kiarostami.
Foto: Laurent Thurin Nal.