Diretor: Ron Howard
Elenco: Tom Hanks, Felicity Jones, Ben Foster, Sidse Babett Knudsen, Irrfan Khan, Omar Sy, Ana Ularu, Kata Sarbó, Ida Darvish, Wolfgang Stegemann, Attila Árpa, Jon Donahue, Christian Stelluti, Björn Freiberg, Xavier Laurent, Francesca Inaudi, Mirjam Novak, Slim Khezri, Luca Fiorilli, Peter Linka, Martin Angerbauer, Simone Mariani, Fausto Maria Sciarappa, James Fred Harkins Jr., Peter Schueller, Alessandro Fabrizi, Paolo Antonio Simioni.
Ano: 2016
Sinopse: Robert Langdon, o famoso simbologista, é colocado em uma trilha de pistas inspiradas na obra-prima de Dante Alighieri. Quando Langdon acorda em um hospital italiano com amnésia, ele se une à médica Sienna Brooks, que o ajuda a recuperar suas memórias. Juntos, eles correm pela Europa e contra o relógio para impedir uma tragédia global. Baseado no livro homônimo de Dan Brown.
Crítica do CINEVITOR: Em 2003, quando O Código Da Vinci, escrito por Dan Brown, chegou às prateleiras das livrarias, o sucesso foi instantâneo. As aventuras de Robert Langdon no Museu do Louvre, em Paris, atraíram milhares de leitores, tornando o livro um sucesso mundial. Não demorou muito para que essa enigmática história chegasse ao cinemas. Em 2006, o cineasta Ron Howard, premiado com o Oscar de melhor diretor pelo drama Uma Mente Brilhante, foi o responsável por desvendar os mistérios da Opus Dei e do Santo Graal nas telonas. O filme fez sucesso nas bilheterias e Robert Langdon, interpretado por Tom Hanks, voltou aos cinemas em Anjos e Demônios, outro longa baseado em um livro de Brown. Agora, sete anos depois, a parceria se repete em Inferno, só que dessa vez, desvendando os mistérios sobre a obra do italiano Dante Alighieri. Como de costume da franquia, as cenas de ação marcam presença nessa nova aventura, porém, neste seu novo trabalho, Ron Howard perde a mão e exagera em vários momentos. A começar pela edição, tão frenética que chega a incomodar. Os inquietos movimentos de câmera, que no início se intercalam entre a realidade e aos frames de memória do protagonista, se embaralham na narrativa com cortes apressados e até certo ponto caóticos visualmente. Essa tentativa de agilidade logo se perde no meio do caminho e o roteiro passa rápido demais em diversas situações. Nem o elenco, composto por ótimos atores, consegue se destacar na trama, sendo ofuscados pelo ritmo acelerado de Inferno. Tom Hanks, por exemplo, premiado duas vezes pela Academia, entrega uma atuação satisfatória, mas nada além disso. Mesmo sem grandes surpresas e uma virada morna de roteiro nos momentos finais, o filme se mostra atraente pelo passeio cultural e misterioso ao redor de obras e locais mundialmente conhecidos que acabam se tornando elementos fundamentais para o desenrolar da história. Inferno é, sem dúvidas, o longa mais fraco da franquia, com menos fôlego. Dessa vez, Ron Howard se empolgou demais. Ou seria o contrário? (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR:
