Marina Willer em cena: primeiro longa como diretora.
Depois de fazer sua estreia mundial em uma mostra paralela do Festival de Cannes do ano passado, ser exibido no SXSW e lançado em cinemas selecionados de Nova York, Los Angeles e Miami, o documentário Árvores Vermelhas, primeiro longa-metragem da premiada designer Marina Willer, chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 29/04.
O longa revive a história de seu pai, Alfred Willer, e de seu avô, que fugiram do governo nazista em Praga, República Checa, durante a Segunda Guerra Mundial, e emigraram para o Brasil; eles foram uma das únicas doze famílias judaicas e checas a sobreviver ao Holocausto. Por meio da arquitetura, Marina conta a história de sua família com um olhar estético muito especial, encontrando sempre a poesia nas imagens e espaço para a reflexão.
O pai de Marina, Alfred Willer, em cena do filme.
César Charlone, responsável pela fotografia de Cidade de Deus e O Jardineiro Fiel, assina a direção de fotografia ao lado de Jonathan Clabburn e Fabio Burtin. A narração é do premiado ator britânico Tim Pigott-Smith, que morreu semanas depois do processo de finalização do documentário; e a edição é da pernambucana Karen Harley, ao lado de Avdhesh Mohla.
Antes de Árvores Vermelhas, Marina Willer dirigiu o curta-metragem Cartas da Mãe, uma crônica sobre o Brasil contada através das cartas que o cartunista Henfil enviava à mãe. O filme recebeu o prêmio de melhor curta pelo Júri Popular no Festival Internacional de Curtas de São Paulo, em 2003; Prêmio Aquisição Canal Brasil, no Festival de Brasília; e o Prêmio Especial do Júri, no Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira.
Marina, que vive em Londres, além de cineasta é designer de grande reputação internacional e sócia da consagrada agência de design Pentagram. Recentemente esteve no Brasil para participar da pré-estreia do filme, em São Paulo, e conversou com o CINEVITOR sobre o projeto, as pesquisas e a expectativa de lançá-lo no país.
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Fotos: Divulgação.