Direção: Guy Ritchie
Elenco: Mena Massoud, Naomi Scott, Will Smith, Marwan Kenzari, Navid Negahban, Nasim Pedrad, Billy Magnussen, Jordan A. Nash, Numan Acar, Taliyah Blair, Aubrey Lin, Amir Boutrous, Omari Bernard, Nathaniel Ellul, Sebastien Torkia, Buckso Dhillon-Woolley, Demii Lee Walker, Elena Zacharia, Nazerene Williams, Marisha Wallace, Maya Saroya, Amer Chadha-Patel, Omar Abidi, Stefan Kalipha, Firas Waleed Al-Taybeh, Nina Wadia, Elif Knight, Saikat Ahamed, Amed Hashimi, Jamal Sims, Alan Tudyk, Frank Welker, Fabio Abraham, Amar Adatia, Joey Ansah, Karamvir Athwal, Charlotte Barnes, Imran Yusuf.
Ano: 2019
Sinopse: Na cidade portuária de Agrabah, Aladdin, um morador de rua, se apaixona pela Princesa Jasmine, a filha do Sultão, que não aceita as ordens do pai. Acompanhados pelo divertido Gênio, que tem o poder de conceder três desejos a quem possuir sua lâmpada mágica, terão que enfrentar Jafar, um feiticeiro maligno que tem um plano nefasto para governar a cidade. Adaptação do clássico homônimo da Disney, que conta a história do adorável Aladdin, da corajosa e determinada Princesa Jasmine e do Gênio, que pode ser a chave para o futuro deles.
Crítica do CINEVITOR: Lançada em novembro de 1992, a animação Aladdin foi um sucesso de público e crítica e se tornou o filme mais bem sucedido daquele ano. Levou duas estatuetas douradas no Oscar: melhor canção e melhor trilha sonora; também foi premiado no Globo de Ouro e no Grammy Awards; ganhou uma sequência (lançada em vídeo); virou jogo eletrônico; e foi parar nos palcos da Broadway. Além disso, quando foi lançado em VHS, vendeu 25 milhões de cópias, recorde que só foi quebrado dois anos depois com O Rei Leão. Lançar uma versão em live-action, com atores e cenários reais de uma das animações mais aclamadas da Disney, seria uma boa ideia? Talvez não, a princípio. Porém, empolgada com outras novas versões que se deram bem (Cinderela, Malévola, A Bela e a Fera), a Disney resolveu arriscar. O resultado? Surpreendente. O novo Aladdin pode ser considerado uma bela homenagem ao clássico dos anos 90. Mas, vai além disso. No início, quando Guy Ritchie foi confirmado na direção, o anúncio dividiu opiniões. Conhecido por trabalhos eletrizantes como Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch: Porcos e Diamantes, esperava-se que o cineasta trouxesse um ritmo ainda mais efervescente e frenético para a trama. No entanto, não foi bem assim. E isso não quer dizer que tenha ficado ruim. Sua marca registrada até está presente, principalmente nas cenas de ação, mas a opção por segurar a mão e seguir o molde tradicional de contar histórias do fantasioso mundo Disney foi uma ótima escolha. Além disso, Ritchie também assina o roteiro ao lado de John August, de A Noiva Cadáver e Frankenweenie. Essa nova versão de Aladdin é fiel ao clássico, ainda que apresente algumas modificações narrativas. Talvez seja esse o grande mérito do filme: manter a essência e não esquecer o passado. Coube ao ator canadense Mena Massoud carregar a responsabilidade de interpretar o tão conhecido personagem-título que, por sinal, cumpre muito bem sua função. Além do carisma em cena, que cresce ao longo do filme, apresenta uma química perfeita com a atriz Naomi Scott, que vive a Princesa Jasmine. Se na animação a personagem já não concordava com certas atitudes machistas do pai e da sociedade, nesta versão vemos uma garota ainda mais segura e empoderada. Tanto que ganhou um número musical (merecido) só para chamar de seu, que traz um recado importante e necessário sobre o papel da mulher na sociedade. Para interpretar o divertido Gênio, dono da lâmpada mágica, Will Smith aparece todo pintado de azul e flutuando. Longe de apresentar o carisma do mesmo personagem na animação, que foi dublado por Robin Williams, consegue cativar com suas tiradas cômicas e descontraídas. Afora o elenco, Aladdin também se destaca em outros aspectos: as músicas surgem com naturalidade na trama, sem deixar que o ritmo desacelere; o impecável design de produção não apresenta exageros que desviam a atenção do espectador; a beleza do figurino aparece em pequenos detalhes; o colorido que vemos em cena combina com a ambientação proposta; e os efeitos visuais não se sobressaem em relação à trama e aos personagens. Guy Ritchie preocupou-se em respeitar o clássico e o fez muito bem. Alan Menken, que foi responsável pela trilha sonora do filme de 1992, volta nesta versão com novos (e ótimos) arranjos para as canções já consagradas. Outro acerto da produção, que causa no espectador uma deliciosa sensação de estar diante de algo já visto, porém repaginado. Mas qual será o público desse novo filme? Pode ser que o longa cative ainda mais o espectador nostálgico, mas chega com força suficiente para alcançar plateias de todas as idades. Além de ser uma agradável homenagem ao clássico, o novo Aladdin cativa por revisitar o passado sem medo, com diversão, fidelidade e novidades que se encaixam muito bem com as lembranças. (Vitor Búrigo)
Nota do CINEVITOR: